Capítulo 9

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Vi o seu rosto a aproximar-se do meu, ele olhava nos meus olhos.

Será que me vai beijar?

Ele aproximava o seu rosto cada vez mais do meu, até que foi interrompido pelo toque do seu telemóvel.

“sim? (...) está melhor? (...) desligar as máquinas? (...) mas ainda á tão cedo, vocês tem de esperar (...) ok, sim, vou já para ai”

Desligar as máquinas? Mas, o que é que se estava a passar? Que máquinas?

Vi o Harry soltar um lágrima, seguida de muitas outras, não sabia se o devia abraçar, não sabia qual seria a sua reação ao meu abraço, ele podia ficar irritado, e o que lhe devo dizer?

Estou realmente preocupada com ele, ele está tão embaixo, tão frágil.

“Harry?”

Ele não respondeu, apenas soluçava, cada vez de uma forma mais forte.

“Harry, o que aconteceu?”

Ele continuo sem responder, abracei-o, um abraço logo correspondido, senti-me bem por sentir os seus braços em volta da minha cintura, era bom, fazia-me sentir protegida.

“vais ver que vai ficar tudo bem...”

“Sophie, eu tenho de ir”

“mas o que se passa?”

Ele parou o abraço.

“eu tenho de ir ao hospital”

“mas, diz-me o que tens, eu estou preocupada”

“a Chloe”

“a tua irmã?”

“sim”

Ele não parava de chorar, dei-lhe outro abraço.

“Harry, o que tem a tua irmã?”

“ela...” não conseguir falar, não tinha força na voz.

“ei, calma, não precisas de dizer” ele estava tão mal, e eu sentia-me tão incapacitada “queres que vá contigo?”

“farias isso por mim?”

“claro Harry, não gosto de te ver assim”

“porquê? Afinal, eu sou só um rapaz arrogante”

“não Harry, tu és simpático quando queres, e dá para perceber que és bastante sensível”

“vens comigo?”

“claro que sim”

“mas eu não sei a que horas volto, e amanha temos aulas”

“não faz mal, eu vou contigo”

Saímos da residência, estava a chover, ele pegou no meu chapéu de chuva, e meteu um braço em volta do meu ombro para que nenhum de nós apanhasse chuva.

Até chegarmos ao hospital demoramos cerca de 15 minutos.

Vi-o olhar para o grande edifício, não sabia se devia entrar já ou não.

Ele entrou e dirigiu-se ao andar onde estava a sua irmã.

Via tristeza nele, tudo nele agora transmitia tristeza, os seus olhos, o seu respirar, a sua forma de andar, tudo.

Na verdade, não sei bem porque vim com ele, ele nem sequer gosta de mim, nem amigos somos, é arrogante para mim, se bem que ultimamente, tem sido bastante simpático.

Um médico veio ter com ele.

“és o irmão da Chloe?” o médico perguntou.

“sim” o Harry respondeu.

“os teus pais não vem cá?”

“sou o único responsável pela minha irmã”

“acompanha-me”

Ele seguiu o médico, ficou no quarto da irmã durante umas horas, eu estava preocupada, não sabia de nada, estaria tudo bem?

Fiquei com fome, dirigi-me a uma máquina e tirei uma barrinha de cereias.

Era 1.16h, vi o Harry sair do quarto onde a irmã estava, vinha a chorar.

Queria saber o que tinha acontecido, o que o deixava assim tão frágil. Eu estava com pena dele, pena daquele rapaz que no primeiro dia era arrogante, e hoje chorava nos meus braços.

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está bastante pequeno, mas hoje ainda devo meter outro novo. 

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