Capitulo 7- dezesseis anos-O primeiro motivo para desistir

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  Voces tem ideia do quanto é bom passar tres longos anos com a pessoa que voce ama? Pois eu vivi isso! Viver com Will durante esses tres anos me proporcionaram mais do que fragmentos de felicidade, eu agora tinha um espelho ao qual olhava meu sorriso todos os dias. Alguns dias foram dificeis, eu confesso. Minha mãe, Lydia e seus suditos piadistas, sociedade... Mas nada disso importava! Ver e conversar com o Will, mesmo que por um unico momento do dia, ja me dava forças para sobreviver em qualquer que fosse a batalha da vez. Naqueles tres anos vivemos um dia de cada vez, e por mais que ansiedade ainda estivesse firme, sempre lutavamos com ela juntos! Queria eu que esse juntos durasse para sempre...

Faltavam duas semanas para a volta as aulas. Will ia viajar com seus pais para praia por cinco dias, e eu iria sentir saudades por mais do que cinco dias. Dois dias antes dele viajar, decidimos sair para aproveitar a noite quente e estrelada. Fomos para um parque que ficava no centro da cidade, onde iamos sempre que queriamos aproveitar uma noite bonita ao ar livre. O lugar era belo e calmo. Arvores se estendiam pela grama verde por varios metros, por dentre elas dava para escutar os passaros cantando. Ao inves de sentar no banco de madeira, como na maioria das vezes, nós deitamos na grama verdes e nos abraçamos. Ficamos um bom tempo calados, apenas olhandos a lua e as estrelas, até que ele se virou para mim. Seus olhos negros estavam fixos nos meus e seu sorriso se prendia a uma sinceridade sobre humana.

-Eu vou sentir muito sua falta nesses cinco dias.-Eu sorri e passei a mão de leve em seu rosto.

-São apenas cinco dias, em breve eu voltarei a ver seus brilhantes e meigos olhos.-Ele sorriu e me beijou.

-Eu te amo!-Will ja havia me dito muitas vezes que gostava de mim, mas de fato, aquela foi a primeira vez que ele disse que me amava. Eu sorri para ele e olhei para o ceu.-Não vai me responder?

-Voce consegue contar quantas estrelas existem no ceu?-Perguntei, sem olhar para ele.

-Não!-Eu gargalhei de leve e olhei para ele.

-Assim como voce não pode contar as estrelas do ceu, eu não posso descrever em palavras o que eu sinto por voce.-Ele sorriu e me deu um beijo intenso e ardente.

Nós passamos a noite deitados na grama, abraçados olhando as estrelas. Quando decidimos ir embora, ele me acompanhou até a minha casa. Eu parei na minha porta e olhei fundo em seus olhos.

-Boa noite!-Disse ele, me dando um abraço apertado.

-Até breve, meu amor!-Eu me afastei e entrei em casa, indo direto para minha cama.

No dia seguinte, ele me enviou uma mensagem as tres da tarde. Uma foto das malas arrumadas com a legenda "Te vejo em cinco dias", eu sequer respondi até chegar a uma da manhã.

-Estamos indo!

-Só voces para viajarem em plena uma da manhã.

-Meu pai quer ver o nascer do sol, então temos que sair de madrugada.

-Tudo bem! Te vejo em breve, meu amor.

-Te vejo em breve... Te amo!

-Tambem te amo!

Eu desliguei meu celular e fui dormir.

No dia seguinte eu me levantei e peguei meu celular, mas não havia mais nenhuma mensagem de Will. Eu estranhei, mas acabei deixando para la. Eu desci as escadas e fui para a sala, onde encontrei minha mãe e meu pai cochichando baixinho.

-Bom dia.-Eles olharam para mim com um olhar vidrado, o que me deixou desconfortavel.-Aconteceu algo?

-Senta aqui, meu bem!-Eu sentei no sofa e olhei para os olhos do meu pai. Eles estavam vermelhos, e naquele momento eu percebi que ele havia chorado.

Finalmente livreOnde histórias criam vida. Descubra agora