South Carolina • l.s

❥ chapter 7

bomdia ♥ como vocês estão? espero que estejam bem. galerita, esse capítulo tá gigante porque eu, burra, não selecionei o capítulo 6 inteiro e acabou faltando uma parte, daí tive que incluir nesse ksslslk espero que gostem, amamos vocês, beijos szszs ah, e perdoem os errinhos, não revisei ainda.

(...)

"Você pode esperar um pouquinho? O almoço está quase saindo." Ele perguntou um pouco receoso e eu apenas dei de ombros, assentindo. Lou ficou de costas para mim, com a mão na enorme colher de madeira, uma vez ou outra na pontinha do pé para ter uma visão mais amplificada da panela, me fazendo sorrir maravilhado. Caminhei de volta à sala, sendo atraído pelas ondas distantes que eu via pela porta da varanda e não me neguei a marchar até o local e colocar meus braços na madeira, suportando todo o meu peso no pé esquerdo enquanto admirava, com o olhar perdido, as ondas do mar intensamente azulado em um ato selvagem, onde a água se chocava contra as rochas um pouco distante dali.

Comecei a pensar e repensar naquela semana, que estava quase chegando ao fim: primeiro em minha irmã, que deveria estar super preocupada, porém eu tinha esperanças de que Niall a acalmaria de alguma forma até eu retornar. De qualquer modo, era inevitável sentir certa culpa em minhas costas por deixá-la sem notícias alguma, embora eu não tivesse planejado parar na casa de Louis no meio do nada.

Depois, pensei em Louis automaticamente, sendo que uma dor interna surgiu em meu peito no momento em que recordei que teria que deixá-lo em poucos dias, e eu me recusava a pensar no quanto ele faria falta em minha vida ¾ tanto da sua comida deliciosa e suas bochechas coradas por natureza, quanto do fato de eu conseguir deixá-lo ainda mais corado, algo que me agradava muitíssimo.

Sorri ao lembrar mais uma vez quando nos conhecemos: ele aparentava estar com medo, mas, como sempre, a curiosidade em seu olhar vencia, querendo saber como eu havia parado ali e não se incomodando em me abordar em seu casebre.  A inocência de Louis era como a de uma criança, algo raro de se encontrar em nós, adultos, mas que não deixava de ser fatal para alguns: eu tinha certeza de que ele poderia ter o que quisesse se usasse sua inocência à seu favor, mas a simplicidade parecia estar em seu sangue e ele não se deixaria ser assim nem em mil anos.

Em minha mente, quando nós nos despedíssemos, eu não evitaria os pensamentos constantes com seus olhos toda vez que eu olhasse para o mar, pois aquilo parecia-me a mesma coisa que encará-lo; cada alteração climática que afetava o mar poderia se encaixar na mudança de humor de Louis. Bem, para mim, não havia muita diferença entre os dois, embora eu preferisse mesmo admirar os olhos do pequeno, tarefa que eu acreditava poder fazer por um dia inteiro ou até mais.

Escutei sua voz doce me chamando para almoçar e quebrei aqueles pensamentos que eu insistia em  adiantar, algo que sempre fora uma má característica minha: pensar no futuro e quase me esquecer de aproveitar o momento. Se Gemma estivesse lá, sabendo o que eu estava a fazer, ela não hesitaria em me dar um tapa na testa e me advertir.

"Está tudo bem?" Lou perguntou, aparentando preocupação e eu não contive um sorriso - assim como eu era capaz de deixar Louis corado quando eu quisesse, ele dominava a arte de me fazer sorrir com qualquer coisa que falava.

"Claro, por que não estaria?" Perguntei ainda admirado com a sua preocupação, observando-o colocar com incerteza a quantidade de comida em meu prato. "Está ótimo, obrigado Lou."

Comemos com certa pressa, sem pronunciar muitas coisas, já que estávamos cientes de que a cidade enchia após o almoço e não queríamos perder tanto tempo ali, visto que seria só uma passagem rápida para comprar algumas coisas necessárias de verdade.

Fiquei mais tranquilo quando saímos do casebre: o clima estava nublado, mas eu acreditava que não choveria tão cedo e que, quando isso acontecesse, provavelmente só seria uma chuva rápida. Suspirei aliviado ao realizar que a nossa trajetória até a cidade não seria calorosa por conta do enorme sol após o meio-dia, o que me alegrava muito, visto que eu não gostava nem um pouco de sol em excesso.