Louis ficou inquieto em todo o nosso trajeto até Columbia por diversos motivos: um deles era porque ele havia deixado Trinity na fazenda de um senhor bem conhecido da pequena cidade de Georgetown, onde ele costumava fazer suas compras. O dono de diversos estabelecimentos na cidade, o mesmo que vendeu o casebre para Lou há muito tempo, teve uma amizade de longa data com a avó dele, portanto resolveu fazer o favor de cuidar de Trinity enquanto estávamos fora. Outro incômodo, ele estava super nervoso por estar prestes a conhecer meus amigos e minha família na cerimônia de casamento de Gemma — ou quem sabe até antes dela —, roendo as unhas de dez em dez minutos, e tudo piorou quando as praias e o calor foram substituídos por prédios e trânsito.
Ele alternava o olhar entre a janela do carro e eu, parecia surpreso com o que via, eu não duvidava que o menor estava com essa reação, de acordo com o mesmo, não tinha ido mais a Columbia desde que se mudou, e acabou se acostumando com a natureza por tanto tempo que chegava a ser engraçado o modo que ele encarava as coisas por ali.
Como eu havia vendido meu apartamento, optamos por ficar em algum hotel na cidade, visto que a casa de Gemma estava uma bagunça por conta dos preparativos para o casamento. Quando a liguei no meio da estrada, avisando que Lou havia aceitado ir para Columbia assistir a cerimônia, ela até ofereceu sua casa, mas presumi que ele ficaria incomodado por achar que estava atrapalhando algo. Zayn também havia nos convidado, mas só de pensar na possibilidade de dormir no meio de gatos e miados insuportáveis, eu já ficava louco.
"Ugh, eu estou com um pouco de frio." Louis comentou baixinho, agarrando os próprios braços na tentativa de se esquentar. Estacionei na vaga do hotel escolhido e procurei no banco de trás pelo suéter que eu havia deixado ali, sabendo que ele reclamaria de frio; a mudança climática entre Pawley's e Columbia era notável, por mais que nem estivesse tão frio assim, mas eu sabia que para ele seria estranho.
"Está melhor, babe?" Perguntei ao observar meu garoto vestir o suéter cinza. Suas mãos pequenas agarravam o tecido, eu tinha a impressão de que ele havia diminuído vestindo a peça.
"Um pouquinho grande, não acha?" Ele riu. "Está ótimo, obrigado."
"Certo, vamos entrar." Deixei um selinho rápido em seus lábios e ele concordou, saindo do carro junto comigo. Lou pareceu surpreso ao olhar ao redor e ver carros dos mais variados modelos e cores, porém em sua maioria importados, e eu achei graça de sua adoração. Pedi para ele pegar um carrinho para colocarmos nossas malas e ele parecia uma criança correndo pelo estacionamento, o empurrando com entusiasmo, e eu fiquei feliz por notar que ele já havia recuperado sua energia. Ele ainda reclamava da queimadura em sua mão vez ou outra, mas eu estava tomando as precauções necessárias e garanti que em pouco tempo ela não seria mais um problema.
Enquanto um braço dava conta de guiar o carrinho até a recepção do hotel, o outro estava envolvido em sua cintura, o mantendo perto de mim, e ele parecia apreciar o contato. Ele ficou quietinho assistindo e tomando conta do carrinho com as malas conforme eu reservava nosso quarto; a recepcionista foi muito gentil e prestativa durante todo o processo, deu todas as instruções com clareza e deu um resumo básico das normas do hotel. Explicou que eles serviam café da manhã todos os dias até as dez horas e que qualquer refeição do cardápio poderia ser solicitada pelo telefone do quarto em qualquer período do dia; disse também que o serviço de quarto faria a limpeza toda vez que saíssemos ou pedíssemos e que era preferível, por questão de prevenção, guardar todos os pertences de valor dentro do cofre dentro do guarda-roupa.
Feita a reserva, expliquei para Louis tudo que a recepcionista havia me passado conforme aguardávamos o elevador chegar ao andar do quarto, mas ele nem parecia prestar muita atenção — estava concentrado demais raspando os dedos pelos botões metálicos e observando a câmera instalada no teto da cabine. Sorri com a sua adorável curiosidade e não falei mais nada até a nossa chegada ao quarto.
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South Carolina • l.s
FanfictionDiretor comercial de uma empresa em constante crescimento na cidade de Columbia, na Carolina do Sul, Harry levava uma vida pacata e sem muitas histórias para contar. Tinha a interessante capacidade, herdada de seu avô, de construir coisas e era assi...