- Será que todos sentem o mesmo que eu? Tipo, as dores? Eu sinto dor, mas quando machuco outras pessoas, só ela sente, não eu. Será real? E quanto a fome? Por que sentimos fome? Não sei por que comemos, por que temos que comer para viver. - Falei as primeiras coisas que vieram e minha mente, ela concordou comigo.
- Sabe uma coisa sobre mim? Não suporto gente burra. Não que eu me ache muito esperta, mas odeio pessoas piores que eu, que nem palavras simples sabem escrever corretamente. - Falou minha sobrinha. Concordo com a cabeça. E realmente, temos pensamentos muito parecidos.
- Por que não consigo sair do planeta terra? Tipo, não saio do lugar que tô, tenho que ficar dentro do meu corpo.
- Aham, eu também penso nisso! É uma sensação estranha! - Falou rindo de leve e concordando comigo.
- Sabe o que eu sinto? E, é mas forte que eu? Que as pessoas vivem falando de mim, a todo momento, pelas costas.
- Sim, sim! Eu também, e parece que estão sendo falsas comigo. - Falou ela. Essa conversa está cada vez mas interessante.
- Como é ser homem? - Perguntei a ela.
- Como é ser gay? - Perguntou ela. É muita dúvida, muita pergunta sem respostas, mas pelo menos compartilhamos das mesmas.
- Por que os gays, são gays?
- Porque reclamo tanto que estou com fome?
Depois das duas últimas perguntas, ficamos um bom tempo pensativas, tentando decifrar a resposta. Algo que foi em vão. Não achamos resposta alguma.
Eu gostaria tanto de falar inglês e não português. Acho a língua portuguesa muito fácil, com palavras simples, acho chata, sem graça.
Nem percebemos a hora passar, quando olhamos para o relógio já eram 18:53h, minha irmã já havia ido embora. A minha sorte que minha sobrinha dormirá aqui comigo. Fizemos dois miojos, comemos e fomos para a cama, falando coisas aleatórias sobre nossos coreanos. Lembramos que não havíamos tomado banho, vish! Mas deixamos para amanhã, de manhã a gente já toma e lava os cabelos.
- Vamos dormir? E, tentar parar de pensar tanto nessas coisas? Se não, é capaz de ficarmos loucas de verdade. - Assim que terminei de falar ela concordou e foi ao banheiro, enquanto isso fui tomar meus remédios. Ao voltarmos para o quarto, apaguei a luz e fomos dormir.
Ainda fiquei um tempo pensando em tudo que dizemos hoje até pegar no sono, algo que até com o remédio demora a acontecer.
Mas ela não, minha sobrinha parece que põe a cabeça no travesseiro e vira a Bela adormecida, como dorme tão rápido?
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Free Minds (Mentes Livres)
SaggisticaO pensamento está no cerne da angústia Não dá sossego, está activo e pleno Consegue discernir o bem do mal É o gerador de tanto sofrimento Imputa culpas, pré concebe conceitos Confere tarefas, estabelece metas Jamais se dá por satisfeito Não há cont...