E agora, o que fazer?

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Tikki on

Aquela salada estava muito boa, sério, depois tomamos banho, fomos nos deitar. Não que estivéssemos com sono, mas não tinhamos muito o que fazer ali, não conheciamos nada nem ninguém.

Alya: Gostei muito do dia, mesmo tendo sido curto.- Concordamos, ela se ajeita na cama e larga o celular para se espreguiçar.

Marinette: Sei que vocês estão animadas, mas Alya me responda...- Marinette se virou para Alya que ligou a luz novamente. Eu já sentia o que vinha a seguir e precisava me prepara para apaziguar alguma briga.-... Se você puder, você vai pegar um, não é?- Alya apaga a luz sem responder.- Diz pra gente, vai, somos suas melhores amigas.- Ainda sem responder Alya dorme logo, ou talvez só estivesse fingindo para não responder, eu não sou muita boa em investigar as coisas, então abafei o caso e fiquei pensando na pergunta de Marinette. Sempre fomos melhores amigas, só que quando se trata de pegar pessoas Alya não gosta de falar, mesmo ela pegando mais gente do que as nossas idades juntas, ou seja...calma, que eu sou devagar contando mais ou menos 57 pessoas, eu sei, muita gente. Fui a última a dormir, escutava o ronco leve da Alya, e o som do fone da Marinette, que deve ter esquecido ligado, do jeito que é esquecida, na verdade, nem sei se ela estava dormindo. O domingo passou e foi bem chato, nós fomos no balanço, comemos e dormimos, nós literalmente só fizemos. Acordei no outro dia bem cedo para ser a primeira a usar o banheiro, então fui correndo para lá, tomei um banho e me arrumei quando voltei para o quarto vi que elas já estavam prontas.

Tikki: Como vocês se arrumaram tão rápido e sem o banheiro?- Joguei a toalha na cama e Alya riu de mim, tudo bem que a minha cara foi de surpresa, mas não era pra tanto.

Alya: Não existe só um banheiro na casa e você ficou quase uma hora lá dentro.- Ela pegou a toalha que eu joguei na cama e estendeu no cabideiro que ficava em um dos cantos do quarto. Marinette estava de fone então não escutou nada, e dona Ana bate na porta.- Entra! Bom dia dona Ana!- Alya tirou o fone de ouvido de Marinette que, só assim, percebeu a presença de dona Ana no quarto.

Ana: Bom dia meninas, dormiram bem?- Assentimos.- Ótimo, os meninos já estão trabalhando, acordaram um pouco tarde, mas não tem problema, eu me resolvo com o Thomas. Se quiserem tomem café e depois vão atrás deles, já está tudo na mesa.- Descemos até a mesa e tomamos café com bolachas e sanduíches feitos por Alya, que é a melhor sanduicheira do mundo...As bolachas também estavam boas, não vamos desmerecer o trabalho da dona Ana.

Marinette: Bom, eu tô indo.- Ela e Alya se levantam me deixando sozinha na cozinha. Sabe, eu já estou meio acostumada a isso, ela sempre foram mais grudadas, mas ta tudo bem de verdade, eu sei que ela me amam.

Alya: Tchau Tikki.- As duas saíram conversando e rindo.

Tikki: Vamos procurar a horta.- Dona Ana aparece atrás de mim, não sei se me escutou ou foi intuição.

Ana: Tikki, querida, a horta fica nos fundos, depois das macieiras.- Sorri e sai saltitando. Cheguei nas macieiras e vi um rapaz com uma cesta na mão, me aproximei dele bem devagar para lhe dar um susto.

Tikki: Você deve ser o Patrick.- Ele se vira para mim se levantando, e pelo jeito não levou um susto. Ele era um pouco mais alto do que eu, com cabelos pretos e olhos verdes, ele tinha a expressão de tristeza, sabe quando algo ruim acontece e você não consegue superar? Era essa expressão. Até fiquei meio reciosa de falar com ele, então ficamos nos encarando por um tempo.

Plagg: Prefiro que me chamem de Plagg. Você é a Marinette?- Neguei.

Tikki: Sou a Tikki, a Marinette está cuidando dos animais.

Plagg: Então você é minha assistente?- Levantei as sobrancelhas, depois disso ele me entrega uma galocha e um cesto.

Tikki: O que devo fazer com isso?