Na sala do apartamento das meninas estavam os seis reunidos. No sofá rosa estavam, nessa ordem, Dulce, Christopher, Maite e Christian. Em frente a eles estavam Anahí e Alfonso sentados no tapete. Eles se encaravam, em silêncio, procurando uma forma de começar a conversa.
- Gente, como vocês já sabem eu vou ser pai – falou Alfonso, serio, quebrando aquele silêncio que só trazia mais tensão. Anahí abaixou a cabeça.
- Eu vou assumir e ajudar a criar esse bebê que está vindo – continuou ele.
- Mas como vai fazer isso com tantos compromissos? – questionou Dulce.
- Eu não sei – respondeu ele perdido – Mas peço a ajuda de todos vocês, vocês são como uma família pra mim – se calou por um momento olhando todos e segurou com força à mão de Anahí – Eu não faço a menor ideia de como vou fazer para dá conta do meu filho e da banda, mas vou dar um jeito. Eu sei que ele veio na hora errada e com a pessoa errada – ele falou olhando para Anahí, que abaixou mais uma vez a cabeça – mas é meu filho e vou assumir meu papel e quero que vocês estejam do meu lado – pediu ele no fim.
- A gente está do seu lado Poncho – falou Maite segura, olhando todos que confirmaram com a cabeça – Sabemos que vai ser difícil e que você não planejou isso, mas o bebê não tem culpa e vamos te apoiar sempre. – sorriu ela no fim.
- E a Fabíola? – perguntou Dulce, numa careta.
-Ela achava que eu ia voltar para ela e que cuidaríamos juntos do bebê – começou ele e Anahí olhou para ele assustada – Mas eu já disse que não, que assumiria meu filho, mas que a mulher com quem eu vou ficar é a Annie – ele olhou Anahí e lhe sorriu, esta apenas correspondeu num sorriso inseguro – Ela ainda insistiu, mas a única coisa que me liga a ela agora é o bebê – concluiu ele.
- E quando pretende contar ao Pedro? – perguntou Christopher.
- Não sei, mas logo, não vai adiantar ficar adiando. O bebê ta ai e quanto antes a gente resolver esse assunto melhor. – concluiu Alfonso – Se tudo der certo falo com ele na próxima reunião ou quando eu falar de novo com a Fabiola.
- E por falar em Fabíola, ela já marcou consultas? Vocês já decidiram como vão fazer enquanto ela estiver grávida? – perguntou Maite.
Alfonso suspirou antes de responder.
- Não, ela não marcou nenhuma consulta e não decidimos nada - respirou de novo – simplesmente deixei claro que queria acompanhar tudo e hoje ela viajou – concluiu suspirando – Acho que isso é tudo né?
Todos assentiram. Anahí estava insegura, mas tentava passar força, mesmo sabendo que estava falhando.
Christian levantou e se jogou em cima de Alfonso. O derrubando no chão e quase levando Anahí junto, já que esta tinha a mão segurada na de Alfonso.
- Caraca, tô até vendo as revistas. "Alfonso o Pai do ano" – gritou Christian ainda em cima de Poncho – Vai ser tipo, "O escândalo".
Anahí se afastou um pouco e Christopher se jogou por cima dos dois, rindo da gracinha de Christian. As meninas notaram que Anahí estava incomodada, mas preferiram não falar nada.
Os meninos ficaram disputando quem ficava por cima, então era um rolo, de pernas pra um lado e mãos pro outro. Às vezes até saia uns socos e chutes. Mas nada muito forte.
Anahí se afastou logo e se sentou junto às meninas no sofá, estas sorriram pra ela passando segurança e ela devolveu o sorriso, triste.
- Amonos! – gritou Christian se separando dos meninos – Já pensou quando souberem que você não está mais com a Fabiola e sim com a Annie? – perguntou afobado. – Isso sim vai ser um escândalo. – concluiu ele preocupado.
Os outros pararam na hora. Alfonso olhou para Anahí, que abaixou a cabeça.
"Céus! Vai ser um pesadelo" – pensou ela.
Alfonso não sabia o que fazer, apenas levantou e puxou Anahí para seu colo e a abraçou, voltando a sentar no chão.
- Não importa o que digam – começou Dulce – nos sabemos a verdade e estamos do lado de vocês. Isso é o que importa! – concluiu Dulce decidida.
- Isso! – concordou Alfonso – Eu vou deixar bem claro que eu e a Fabiola já não estávamos mais juntos há algum tempo e que quando eu me declarei pra Annie, eu não sabia do bebê. Não tem por que ter medo! – concluiu ele decidido e claro.
Anahí apenas se apertou mais no abraço. Aquilo seria um inferno.
O clima caiu tanto, que nem Christian e nem Maite tiveram coragem de fazer gracinhas. As coisas não seriam fáceis dali para frente.
O silêncio não durou muito, com o tempo a tensão foi se dissipando, Alfonso acariciava os braços de Anahí com as duas mãos, fazendo com que a segurança a invadisse e a mesma já se encontrava relaxada nos braços dele.
Christian deu um pulo e se anunciou:
- Já que estamos em clima de romance – começou ele sorrindo e abrindo os braços e rodando em torno de si, mostrando os dois casais que se encontravam abraçados.
Todos os olhos o focaram curiosos. Lá vem!
- O amor estar no ar. Musica, por favor, May – disse ele fazendo graça, Maite logo começou com a sua musiquinha "uuuuuuuuuuuuuuh lero lero iiiiih", fazendo todos revirarem os olhos e rirem – Eu estou namorando – concluiu satisfeito.
Maite parou de cantar na hora, os outros quatro se soltaram, todos olhando Christian assustados.
- Você ta namorando? – perguntou Alfonso incerto.
- Sim, sim! – respondeu ele se divertindo com o assombro dos amigos
- Amonos! Quem? – perguntou Dulce, insegura.
- Daniela – respondeu ele orgulhoso.
- A louca? – perguntou Christopher
Christian apenas confirmou com a cabeça. Para desespero de todos.
- A May eu já sabia que era louquinha, mas Chris você acabou de superar qualquer um, ela é louca de pedra. Amonos! Isso não vai dar certo – comentou Dulce achando tudo uma loucura.
- Ah! Eu não sei nem o que dizer. Parabéns? – perguntou meio incerta Anahí, numa careta.
- É esse ano vai ser bem divertido. – comentou Maite, prevendo todas as loucuras que estão por vir.
Todos concordaram e logo todos estavam em cima de Christian tirando sarro. Zoando. Brincando.
Se esse namoro daria certo, ninguém sabia, nem poderiam saber. Como dizem dois loucos namorando é um namoro imprevisível. Mas na verdade, onde está a loucura? Se ser feliz é ser louco, prazer eu sou louco de pedra!
Mas louco é quem me diz e não é feliz, não é feliz!
Logo já estavam todos sentados, fazendo comentários sobre o namoro de todos. A loucura que viraria a vida deles. Maite estava meio quieta, falava uma ou outra hora, sua cabeça estava a mil, pensava se contava ou se não contava, se era hora certa se não o era. Se valia a pena estragar aquele momento com a noticia. Qual seria a reação dos amigos. A banda? Pedro? Céus, tão pouco poderia ficar calada, tinha que contar, afinal eles mereciam saber antes de todo o mundo. E foi respirando fundo diversas vezes, até os pensamentos se organizarem e se calarem dentro da cabeça.
- Gente! – chamou a atenção em um tom mais alto, mas não o suficiente para silenciar o tom de nervosismo.
Maite esperou que todos ficassem quietos e lhe dessem atenção. Quando todos a olhavam em silêncio, ela respirou fundo olhando cada um. E num tom baixo, quase sussurro, disse:
- Eu vou para um convento.
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RBD - La Família - A História Final
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