A segunda- feira chegou com um sol quente e sem nuvens no céu, limpo e azul. Como um bom dia agressivo. As pessoas se refugiavam nas sombras, se protegiam com chapéus, óculos escuros e protetor solar. Não ficavam mais do que o necessessario na rua. Céus, era o inferno!
As meninas estavam tomando o café da manhã em silêncio, o barulho dos talheres era quase irritante, numa clara demostração do clima ruim que pairava entre elas, os olhos se focavam no desejum escondendo o constrangimento da situação e a magoa se camuflava na fumaça do café quente. Maite pensava numa maneira de falar, em alguma coisa para falar, mas logo engolia um gole de café, levando junto as palavras. O medo da rejeição embrulhando-lhe o estomago. Enquanto Anahí mastigava a comida como se fosse a tarefa mais importante do mundo, as lagrimas nos olhos quase escorrendo, numa briga interna terrivel que lhe fechava a garganta. Os olhos baixos focados na dança da fumaça do café quente, escondiam a briga que estava a um fio por romper-se em lágrimas. Já Dulce espetava o mamão do prato tão agressiva que tiraria sangre da fruta, se pudesse, o conflito de sentimentos dentro de si lhe deixando raivosa, os dedos fechados em punhos no garfo era uma demonstração clara disso e ao mesmo tempo uma forma de aliviar a tensão interna.
Ninguém falou. Ninguém rompeu a tensão. Ninguém ouviu os gritos de agonia dos corações, que imploravam atenção. Nem se quer se olharam de verdade. Cada uma levantou com um suspiro e se retirou, em silêncio, do mesmo jeito que chegou.
Os meninos acordaram e tomaram o café da manhã mais tanquilos. Se zuando, comentando os acontecimentos. Rindo. Sendo cumplices. Não era que os acontecimentos não os magoassem, mas a magoa, o medo e a incerteza, moravam no apartamento de baixo.
- Hoje é dia de reunião com o Pedro, isso sim me da medo - comentou Cristian divertido.
- Amonos, nem quero ver a confusão que vai ser essa reunião. Se o Pedro sair vivo, com certeza saimos mortos - falou Christopher com uma leve preocupação na voz, mas ainda assim descontraido.
- Ele vai enlouquever, no minimo, ainda mais com essa decisão da May, ele vai pirar, por causa de contratos e compromissos. Vai ser uma loucura. - concluiu Alfonso, meio serio meio rindo.
- É muchachos, hoje é dia de luta, de circo - zombou Christian fazendo graça.
Os meninos riram acompanhando a graça do outro.
- Eu só espero que ele não solte os leões. Por que precisamos apoiar a May, por mais que não concordamos com ela. Acima da banda ela é nossa amiga. E ponto. - Disse Alfonso agora serio.
- Não se preocupe mi rei, ele vai soltar os leões em você, que assumiu um relacionamento com a Annie e vai ser pai do filho da Fabiola - brincou Christian cheio de onda, abraçando Alfonso pelos ombros de um lado só.
- Céus, ainda tem essa - Confessou Alfonso suspirando - Espero que ele entenda. No minimo.
- Mas não esqueça Chris, que é você que vai enfartar o pobre ao falar que está namorando a louca da Daniela. Ainda acho que ela vai colocar fogo no palco enquanto a gente faz o show. - Brincou Christopher rindo da careta do amigo.
Alfonso riu.
- É amigos, vamos que vamos, que o velho vai pirar. É hoje! - Concluiu Christian rindo e se retirando da mesa.
- E nós vamos morrer! - Comentou Alfonso numa mistura de preocupação e graça.
Logo os dois seguiram o amigo e foram os três para o apartamento das meninas.
- Minhas rainhas, cadê vocês? - Chegou gritando Christian na sala delas.
- Hoje tem reunião com o Pedro. Não podemos atrasar - Avisou aos berros Alfonso.
- Eu não me importo de atrasarmos - Gritou Christopher para ser ouvido também, os outros dois o olharam - O que? Já viram o Sol que está lá fora? Por Deus, quem tem coragem de sair nesse calor. - Disse Christopher já sofrendo com a alta temperatura.
Os meninos iam responder, mas foram cortados por um grito que ecoou no apartamento.
- Bom dia para vocês também. E não vamos nos atrasar - Gritou Dulce diminuindo o tom de acordo ia chegando a sala.
- Ora ora, olha a Chuck sendo pontual - Zombou Christian sorrindo.
- Sempre um fofo, né criatura? - Dulce respondeu sorrindo ao mesmo tempo que dava um leve tapa na cabeça dele.
- Sempre! - Respondeu ele rindo e esfregando a cabeça.
- O dia mal nasce e vocês já começaram né? - Disse Anahí, chegando na sala, fazendo graça.
Esta que foi direto pro namorado e lhe deu um selinho, o mesmo correspondeu e a aninhou nos braços.
- Duas prontas, bom sinal, talvez cheguemos a tempo - Brincou Christopher agora, puxando Dulce para um abraço.
Christian fez careta de enjoo. E berrou por Maite, fazendo os outros taparem os ouvidos. Maite estava na porta do seu quarto, a mesma se encontrava fechada, mas ela ouvia toda a algazarra da sala, pensava se conseguiria ficar, muito tempo, sem os amigos e a bagunça diaria. Pensava que sim, tinha que conseguir e ponto. Mas a determinação não era forte o suficiente para lhe dar coragem, não a tinha para sair do quarto e quebrar o clima descontraido, não queria que os risos cessam e as palavras morressem antes de ganharem voz. Céus, não suportaria o silêncio constrangedor mais uma vez.
Ao não obter respostas Christian berrou de novo. Enquanto o resto apenas aguardava em silêncio.
- Maizinha, meu Chuchu, cadê você? - Dramatizou ele com a mão no peito. Os outro seguraram o riso. - Oras meu amor, não queres que vá ai te buscar né? - Brincou de novo aos gritos. Um minuto de silêncio - Ok! Lá vai o principe de cavalo branco a galopar em buscar de sua princesa de cabelos negros e olhos amendoados - Gritou de novo, enquanto ia em direção aos quartos imitando um cavalo a galope e fazendo a dramatização de um principe de contos de fadas.
Dessa vez todo mundo riu.
Antes de chegar ao corredor ele deu de cara com Maite, que ria para disfarçar a aprensão.
- Oh! Principe, não se preocupe sou uma princesa moderna e vim de encontro a ti - Respondeu Maite numa encenação.
Christian fez uma careta contrariada, mas engraçada. E mais uma vez todos riram. Escondendo assim toda a tensão e clima ruim debaixo do tapete. E sem dizerem mais nada sairam do apartamento. O caminho até o local da reunião foi regado de gracinhas e risos. O Sol escaldante ignorado e apagado pelo ar-condicionado do carro.
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NOTA FINAL!
Mas um capítulo, eu tenho que dizer que ainda tenho bastante coisa escrita. Mas gostaria muito de comentários. Assim são de graça =) E é sempre bom ler o que estão achando, mesmo que seja negativo. Posso melhorar e nem mordo.
Beijinhos e até o próximo capitulo dessa família muito louca.
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RBD - La Família - A História Final
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