CENA 03

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A televisão estava ligada passando uma animação, um par de olhos castanhos não desgrudava da telinha por nada, mal piscavam, nem mesmo quando uma certa criatura loira lhe incomodava com cutucões provocativos e um risinho soava, toda vez que as provocações causavam caretas.

- May, lindinha, olha para mim – disse Christian rindo da atenção que a morena dava a TV.

- Quieto Chris, eu quero ver o filme. – respondeu sem olhar para ele.

Christian a olhou rindo e depois voltou à atenção para a TV. Mas não demorou muito e já estava cutucando Maite de novo, não conseguia ficar quieto e Maite estava do seu lado, o que a colocava em posição de vitima. Já Maite ignorava o máximo que conseguia Christian, estava realmente gostando do filme, não queria perder nada.

Já no outro canto da sala, Dulce roubava selinhos de Christopher, ora ou outra. O mais discreto que conseguia. Afinal não tinha bem um posicionamento da relação dos dois. Mas ela sabia que Christopher estava gostando, já que a cada selinho roubado ele a apertava mais no abraço, afinal foi com segundas intenções que deitaram juntos.

E o filme passou assim, Christian provocando Maite, que o ignorava e via o filme concentrada. Dulce roubando selinhos de Christopher que a apertava cada vez mais no abraço.

Quando o Filme acabou Christian logo levantou e desligou a TV.

- Na boa Chris, você tem algum problema, não consegue ver um filme quieto, por Deus! – reclamou Maite aborrecida

- Ah Mayzinha, eu te amo, você sabe né? – respondeu Christian a abraçando e rindo.

Dulce e Christopher riram dos dois. Maite os olhou brava e soltou:

- Vocês nem riem viu, por que eu vi muito bem os beijinhos que a Dul roubou de você Ucker e o senhor apertando ela cada vez mais, juro pensei que iam se fundir. – brigou Maite - Uuuuuuuuuhhhhhhh lero lero uuuuuuuuuh!!! – cantarolou no final.

Logo Christian a acompanhou na musiquinha e os dois começaram a rodar em volta de Christopher e Dulce, esta que ficava cada vez mais vermelha, mas não demorou muito e já recuperada tascou um beijão em Christopher que surpreso apenas correspondeu.

A musiquinha dos outros dois aumentou e eles permaneceram dançando envolta dos outros dois, que não se incomodavam e continuavam no beijo, que agora era rápido e as mãos apertavam um ao outro.

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Alfonso acordou, mas permaneceu de olhos fechados, não queria abri-los por que sabia que teria que encarar a realidade e a realidade podia lhe atingir tão fortemente e dolorosamente que talvez nunca mais levantasse.

Às vezes achava que estava fazendo drama, mas é que ninguém sabe como foi difícil segurar aquele sentimento depois de descoberto, ele tentou evitar ele dentro de si, tentou apaga-lo e não funcionou, muito pelo contrário ele transbordou, tanto que acabou por declara-se. Como queria que ela tivesse ouvido naquele dia, como queria ter tido coragem de repetir, talvez, talvez não estivessem ali a minutos de uma conversa que podia colocar tudo a perder, não estaria com o medo apertando-lhe o peito tão forte e talvez estivessem felizes curtindo um cinema ou namorando escondido por ai. Talvez.

Talvez.

Ele abriu os olhos e mirou ela dormindo agarrada a si, sorriu, não podia perdê-la. Olhou o relógio e viu que já eram 14:30, tinha dormido quase duas horas, era melhor acorda-la para conversarem. Então ele começou a fazer carinho nos cabelos dela, passando os dedos entre os fios da cabeça até as pontas, depois essa mesma mão acariciou o braço parando na mão que apertou. Anahí se mexeu, mas não acordou, apenas se acomodou melhor. Alfonso sorriu. Logo depois já estava com os lábios grudados na testa dela e depois na bochecha, na outra e por último nos lábios, onde ficou por segundos. Anahí nem se mexia, já acordada permanecia de olhos fechados curtindo. Alfonso ainda de lábios colados sorriu sabendo que ela tinha acordado, dando-lhe uma mordida fraca nos lábios e logo depois um selinho para então se separar.

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