Max e Sophia brigavam feito... irmãos. Sophia o rasgava com suas novas ''garras'', porém Max estava tão enfurecido que parecia não sentir dor. O homem acabara de descobrir que teve sua vida roubada e manipulada, foi feito de fantoche pela sua própria irmã. Estava disposto a devolver toda a dor que ela havia lhe causado.
Com a mão de 3 dedos Max segurava a garganta de Sophia e a outra se transformou em uma metralhadora de socos no abdômem e cotoveladas no rosto.
Sophia dava risada. Faziam anos que seu irmão não expressava qualquer tipo de emoção. Lá no fundo se sentia culpada, mas não teve opção. Ele ia estragar seu plano. Inclusive se lembrou de quando eram crianças e em como o irmão mais novo procurava motivos para brigar. Era como viver parte de sua infância novamente.
Suas risadas acabaram quando ele mordeu seu lábio e o rasgou. Foi a gota d'água. Sophia segurou Max pelos braços e o mordeu de volta no queixo para depois furar seu estômago com o osso que saltava de seu joelho.
Max perdeu as forças nas pernas e desabou no chão. Seus braços falhavam em estancar o sangue que fugia para fora de seu corpo.
Bianca estava com o rosto jogado no irmão, enquanto Bernardo via a cor sumir do rosto de Max. Só havia restado ele e a irmã.
- Amém. - disse Sophia, com o rosto coberto em sangue. Suas roupas estavam rasgadas e sua pele também. Era possível dizer que se parecia com uma prima do Freddy Kruger.
A Irmã olhava diretamente para Bernardo, imaginando a presa fácil que ele seria. E sua imaginação acabou por aí.
A velha sentiu uma pontada no coração. Sophia se ajoelhou devagar e então desabou para o lado. Atrás dela estava Maria com o mesmo osso atravessado pela palma da mão usado para tirar Álvaro do chão, agora havia colocado Irmã Sophia no mesmo.
Bernardo se levantou devagar, pedindo silêncio para Bianca, que permaneceu deitada.
- Ei, é Maria né? - Bernado chamou, com medo na voz.
A garotinha começou a andar em sua direção.
- Eu sei o que aconteceu. Pelo o que tu passou. Sei sobre as merdas que essa filha da puta fez contigo. Mas agora acabou. Ela ta morta.
Bernardo andou em direção á Maria, devagar.
- Vai ficar tudo bem. Juro.
Terminou de andar até a menina que chorava sem expressão e a abraçou.
O abraçou durou por valiosos segundos de silêncio, que foram quebrados por um estrondo arrebatador.
Bernardo sentiu o peso da garota se soltar em seus braços. Soltou Maria, que desabou no chão com um buraco na cabeça.
Atrás dele Bianca segurava o revólver de Max. Os irmãos se olharam e se abraçaram, um chorando no ombro do outro.
