Capítulo 12

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Eu estava eufórica rindo à toa na rua enquanto me dirigia até o metrô, pensando em como pode alguém que eu mal conheço me deixar assim, em total estado de graça com uma simples frase, só pelo fato dele ter me reconhecido, ter lembrado de mim, do meu nome. Toda a angústia que eu havia experimentado mais cedo desapareceu, como um passe de mágica, somente com o meu nome saindo de seus lábios.

Eu revi está pequena cena em minha mente por todo o caminho, isso só poderia significar alguma coisa, aquele homem perfeito me notou.

Nosso esbarrão na cafeteria, não foi algo banal para ele também, eu também teria despertado algo nele.

Mal havia saído do trabalho e já pensava em voltar, queria que o dia voasse para que eu pudesse estar mais uma vez perto dele, Marcos......meu Marcos.

Não Alice, ele não é seu. Meu subconsciente me lembrava, não tinha problema por que eu estava determinada, ele seria meu, só meu e de mais ninguém.

Abri a bolsa e peguei seu lenço, e o trouxe para perto do meu rosto inalando seu perfume outra vez, e mais outra durante todo o caminho para casa.

Chegando em casa, eu percebi que não queria estar ali, não queria olhar para Douglas com aquele olhar de indiferença que ele estava destinando para mim, nos últimos dias, eu queria continuar sonhando com o meu homem perfeito, com a visão que tive dele hoje pela manhã em sua suíte, com todos os músculos aparentes, aquelas costas perfeitas, e quando ele se virou, e me deparei com a imensidão azul de seus olhos que contrastava com a sua barba escura, depois seu abdômen perfeito como se tivesse sido esculpido, ele era uma obra de arte.

Tudo o que eu menos queria hoje era o Douglas interrompendo os meus sonhos com o meu amor.

Resolvi que não ficaria em casa hoje, vou dar uma volta, vou ao shopping, sei lá, vou sonhar acordada com o meu futuro.

Mas eu precisava que a Natália aceitasse ficar em casa hoje, espero que ela não tenha nenhum compromisso.

" Natália, você poderia ficar até mais tarde hoje?"

" Não sei senhora, eu tinha marcado de ir ao cinema com uma amiga."

" Ai Natália, por favor. Eu e o senhor Douglas não estamos nos falando e eu realmente não queria ficar em casa hoje com esse clima tenso. Preciso de um tempo sozinha, para pensar um pouco."

" Tudo bem, vou falar com a minha amiga, a gente marca pra outro dia."

" Muito obrigada." Disse dando um grande sorriso para ela.

A Natália é a minha salvação, ela é sempre tão dedicada sem ela não sei o que eu faria, tenho certeza que dificilmente eu encontraria outra pessoa tão disponível assim, e não é só isso, o fato de que tem um carinho genuíno pelas crianças também me agrada muito.

Vou para o quarto trocar de roupa, coloco um vestido de mangas compridas, meia calça e bota. E saio caminhando em direção ao ponto de táxi.

Ainda está claro são 17:20 da tarde, as pessoas estão caminhado apressadas na rua, querendo fugir do vento gelado que sopra em seus rostos.

Já estou no taxi a caminho do shopping, queria caminhar um pouco mais está muito frio e uma garoa fina começava a cair sobre a cidade.

Era a minha estação do ano predileta o inverno, amo o frio, a sensação que ele causa na pele, a forma como as pessoas se vestem, a maquiagem que não derrete como no verão, estamos sempre mais elegantes, comemos melhor, bebemos mais vinho, e sempre procuramos ficar próximo um do outro, buscando o calor de outros corpos. A estação perfeita. Perfeita também para o amor, para amar.

Aprendendo a amarOnde histórias criam vida. Descubra agora