Capítulo 01

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Mais um dia, acordo com os primeiros raios de sol invadindo o quarto através das frestas da janela, preciso saber que horas são isso é quase um vício, não consigo levantar da cama sem olhar as horas, justamente por isso durmo com o celular embaixo do travesseiro. Ai que bom está cedo 7:30 da manhã tenho tempo pra tomar meu café da manhã em paz, em silêncio antes de acordar as crianças.

Essa é uma das necessidades mais básicas para que o meu dia corra bem e o meu humor não afunde, tomar café em silêncio, tranquilamente, em paz, eu só acordo bem após o meu café, que por sinal gosto bem forte pra espantar o sono. Tomo meu café sem interrupções, isso é quase um milagre, são quase 8 da manhã, hora de acordar as crianças.

Bem essa é a minha vida, minha rotina, igual todos os dias, mas não tenho do que reclamar, afinal tenho tudo o que alguém poderia sonhar, dois filhos lindos e saudáveis, um marido que aos olhos da sociedade não deixa desejar, na realidade ele é um bom homem e toda a minha família morre de amores por ele, mas como se diz, só se conhece alguém de verdade quando se está debaixo do mesmo teto.

E agora a paz dará lugar ao caos, hora de acordar meus lindos anjos, tenho um casal, a menina é mais velha tem 12 anos minha Laura e o menino tem 7 anos Vitor meu homenzinho, são a razão da minha vida, não enxergo a vida sem eles e ao mesmo tempo tiram a minha paz, filhos só eles podem confundir nossas mentes dessa forma.

"Laura meu amor acorde está na hora."

"Ai mãe!!! Tá ok já vou"

"Levanta logo senão não dará tempo de fazer as obrigações antes de ir pra aula."

"Vitor meu anjo, deixa de preguiça. Vamos hora de levantar. Levanta e vai tomar café da manhã."

"Tá ok mãe, já estou indo."

Bom primeiro passo concluído, crianças de pé tomando café da manhã, vamos para o passo dois organizar a casa e posteriormente arrumar o almoço. As crianças brigam o tempo todo essa é parte mais irritante, eles são ótimos o que mata são essas brigas e brigam por tudo.

O período da manhã é sempre corrido, só depois que as crianças vão para a escola que consigo dar uma relaxada, viu é tão corrido que até esqueci de me apresentar, eu sou Alice tenho 27 anos, sou mãe, esposa e dona de casa em tempo integral, teve uma época da minha vida em que era exatamente este o meu objetivo, ter uma família de verdade sabe, tudo certinho pai, mãe, filhos e viver feliz para sempre, mas hoje me pergunto se isso realmente existiu um dia, ou quem foi a criatura que inventou esse ideal e infundiu isso nas cabeças românticas das mulheres.

Esses ideais românticos me trouxeram até aqui, casada com Douglas meu primeiro namorado, nos conhecemos eu tinha 14 anos e ele 17, ele era o máximo não só por ser mais velho, mas pela atitude dele, despreocupado com o que as pessoas tinham pra dizer sobre ele, demonstrava tanta confiança e isso me fascinou e ele também era muito bonito, alto, magro, cabelos lisos bem pretos, olhos castanhos, boca bem desenhada e dentes lindos, formando um sorriso encantador. Eu também era bonita e pra falar a verdade era até um pouco narcisista eu tinha um corpo perfeito, ninguém dizia que eu tinha apenas 14 anos, sempre fui alta tinha seios grandes cintura bem marcada, morena, de cabelos cacheados, muito compridos na altura da bunda, lábios carnudos muito bem desenhados e olhos castanhos e pequenos, então não foi difícil ele se encantar por mim também, afinal de contas para os homens o amor chega através dos olhos. Pouco tempo depois de nos conhecer estávamos namorando e apaixonados, e o resultado de dois jovens com hormônios em fúria foi a minha inesperada gravidez aos 15 anos e então a saída mais plausível para dois jovens que se amavam era o casamento, não que isso fosse um sacrifício ou fosse acabar com algum sonho meu de ter uma carreira, porque afinal tudo o que eu realmente queria era ter uma família e um lar pra chamar de meu, um lugar onde eu me sentisse segura e dona do meu próprio destino.

Aprendendo a amarOnde histórias criam vida. Descubra agora