Capítulo 16

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Chegamos em casa, Natália fica surpresa em nos ver em casa tão cedo, as crianças estão terminando de almoçar para ir para a escola. Eles também estranham o fato de estarmos em casa.

Douglas explica tudo a eles, dizendo que eu estou bem, que foi apenas um mal estar.

Eu dou um beijo em cada um e vou para o quarto. Preciso de um banho, lá eu posso chorar em paz, colocar para fora toda essa tristeza e angústia que estou sentindo. Só assim irei conseguir equilibrar dentro de mim as emoções e colocar minha cabeça em ordem.

Quando estou tirando a roupa para entrar no banho Douglas aparece no quarto.

“ Vou tomar um banho para relaxar e depois quero me deitar um pouco. Não quero almoçar. Pede pra Natália fazer um suco de laranja para mim por favor.”

“ Tudo bem meu amor. Eu vou almoçar e estarei na sala se precisar de mim.”

“ Você não irá voltar para o trabalho? “

“ Claro que não, você pode precisar de mim meu amor.”

Ele beija a mimha testa e sai, e eu vou para o banheiro.

Abro o chuveiro deixo a água quente correr pela minha cabeça, meu rosto, meu corpo. E as emoções vem a tona novamente, explodindo em um choro de desespero, escorrego no chão do boxe, fico lá caída chorando, arfando em posição fetal, por quase uma hora.

Choro desesperadamente até que não haja mais nenhuma gota, nenhuma lágrima, até que eu esteja seca, e que meus pensamentos românticos, meus sonhos quentes com Marcos estejam bem enterrados dentro de mim, só assim irei conseguir equilibrar minhas emoções e minha vida entrará nos eixos novamente.

Saio do banho, enrolo uma toalha na cabeça e visto o meu roupão.

No quarto, em cima do criado mudo que fica ao meu lado da cama tem um copo com suco de laranja e um comprimido para dor de cabeça.

Tomo o comprimido, e bebo o suco, me deito na cama e fico repassando em minha mente como tudo aconteceu, como eu pude entregar meu coração assim para um estranho, para alguém que eu não conheço, que também não me conhece e não tem a mínima ideia dos meus sentimentos.

Creio que se ele soubesse talvez tivesse um pouco de medo de mim, até eu teria, estou parecendo uma louca obcecada, sei que preciso enterrar esses sentimentos dentro de mim, porém são tão fortes que tenho medo de não conseguir.

Em meio a todos esses pensamentos e emoções confusas e desgastantes adormeço, caio em um sono profundo que me leva diretamente para onde eu quero evitar.

Estou na suíte do hotel, deitada na cama, estou vestindo uma camisola transparente branca muito bonita, meus cabelos espalhados pelo travesseiro.

Estou dormindo tranquila.

Sinto uma mão afagar meus cabelos, uma sensação tão boa.

Abro os olhos e  vejo aqueles olhos azuis me encarando, sinto que posso até me perder nessa imensidão azul que é o seu olhar, ainda assim tão próximo de mim é como se me enfeitiçasse.

Seu rosto se aproxima mais e seus lábios tocam os meus suavemente, e de forma tão delicada distribui beijos por todo o meu rosto, seu cheiro me inebria, seus olhos me enfeitiça e seus lábios me enlouquecem, mesmo assim de forma tão suave e casta, faz meu sangue ferver.

Ele para e distância um pouco do meu rosto e fica me encarando sério, olhando cada pedacinho do meu rosto como se estivesse decorando para não esquecer. Suas mãos que antes afagava meu cabelo delicadamente desliza por eles até a minha nuca e os segura firme quase puxando.

Aprendendo a amarOnde histórias criam vida. Descubra agora