Aprendendo a amar

Capítulo 06

Bom hoje é sexta-feira dia em que marquei de sair com as minhas novas amigas Célia e Gláucia, esperei até o último minuto para falar com o Douglas sobre isso não sei como ele vai reagir, então achei melhor dizer só no último minuto. Estamos tomando café antes de irmos trabalhar, acho que não tenho mais como evitar essa conversa se eu quiser sair com elas hoje.

“ Querido hoje as meninas lá do trabalho vão a um bar, depois que sairmos do trabalho.” Neste momento acredito ter toda a sua atenção já que sua torrada está parada no ar, e ele me olha como quem diz ( e o que você
tem a ver com isso? ).

“ E elas me convidaram pra ir também. Como faz tempo que eu não saio, achei que essa seria uma boa oportunidade para me divertir um pouco e também conhecê-las melhor.”

“ Então você quer ir, é isso?”

“ Sim.”

“ Mas e as crianças?”

“ Já combinei tudo com a Natália, hoje ela fica até mais tarde, até eu voltar.”

“ Bom, isso significa que você não irá chegar tarde.”

“ Exatamente.”

“ Tudo bem.”

“ Muito obrigada, você é o melhor marido do mundo.” Eu digo enquanto dou um beijo apaixonado em seus lábios.

Caramba! Isso realmente me surpreendeu, estava preparada para travar uma batalha épica, é parece que o meu trabalho mudou mesmo o meu casamento, e eu estou amando isso, tenho de volta o homem por quem me apaixonei e arrisco dizer que estou novamente apaixonada por ele.

Termino de me arrumar para o trabalho, hoje não irei vestida com uma roupa tão formal, afinal não voltarei para casa pra me trocar, vou sair do trabalho e ir direto para o bar com as meninas, então resolvo por um jeans azul claro, botas de cano curto e salto alto e como hoje está um pouco frio uma blusa de lã que fica caída sobre um ombro, vou deixar para me maquiar no trabalho.

Como será que elas estarão vestidas? Estou um pouco insegura quanto a minha roupa, tem tanto tempo que não saio que não sei se estou vestida apropriadamente.

As meninas serão companhias muito agradáveis, Célia é muito bonita, tem 25 anos, estatura baixa, o corpo muito bem distribuído, olhos verdes e grandes, cabelos loiros cacheados na altura dos ombros, é muito simpática e engraçada tem sempre algo espirituoso para dizer sobre qualquer assunto, Gláucia também não fica atrás em beleza, tem 29 anos, é negra, alta, magra, cabelos lisos e pretos, bem compridos na altura da bunda, seus olhos parecem duas jabuticabas, seu temperamento é mais suave e tem sempre uma palavra para amenizar a acidez de Célia. Em resumo nossa noite tem tudo para ser ótima.

O dia se segue normalmente, esta semana minha colega de trabalho é a Mariana ela é muito tímida e reservada, então só conversamos o que é referente ao trabalho ela é uma boa dupla para se trabalhar, mas não acredito que faremos algum avanço em direção à uma amizade, ela é do tipo que não mistura relações pessoais e profissionais.

A ansiedade não cabe em mim, e acredito ser por isso que as horas se arrastam. No horário da nossa pausa pergunto as meninas em que bar nós vamos, elas me dizem que iremos a um bar chamado Violeta que dizem ter a melhor caipirinha de São Paulo, minha ansiedade e apreensão pela minha roupa só aumentou, espero não estar ridícula.

Voltamos ao trabalho, terminamos todo o nosso andar, mais cedo do que o normal, aproveito para ir me arrumar, preciso fazer uma boa maquiagem, escolho por caprichar no olhão e usar um nude nos lábios tendo em vista que minha boca chama atenção por si só, solto o cabelo e passo um pouco de ativador de cachos para dar um pouco mais de volume. Pronto!!! Dou uma olhada no espelho, cabelo e maquiagem estão perfeitos e agora toda produzida até a roupa me parece uma boa escolha.

Gláucia e Célia também estão prontas e estão lindas Gláucia com um vestido de mangas compridas verde musgo que vai até o meio das coxas e uma bota preta cano alto e Célia está com uma calça jeans escura e camisa de mangas compridas branca e um salto agulha.

Estamos todas lindas, poderosas e confiantes, quando entramos no bar os olhos logo se voltam para nós, o bar está um pouco vazio ainda é cedo são apenas 17 horas as pessoas estão começando a sair do trabalho agora.

Escolhemos uma mesa bem centralizada para que possamos ver tudo ao redor e logo de cara pedimos uma rodada de caipirinha para ver se realmente é tudo o que dizem. A conversa flui tão natural que parece que somos amigas a anos falamos sobre diversos assuntos, música, cinema, família, trabalho, as pessoas no trabalho, e esse último item faz surgir o humor acido da Célia nos fazendo rir bastante com suas imitações do senhor Alfredo que trabalha na recepção do hotel e é mais pomposo do que a rainha da Inglaterra.

As horas passam que nem nos damos conta, quando olhamos ao redor já anoiteceu e o bar está lotado, o garçom nos traz uma rodada de caipirinha de saque com os cumprimentos do homem da mesa ao lado, quando nos viramos para ver de quem se tratava damos de cara com dois homens sorrindo na nossa direção, eles são bem simpáticos e um é até bonito, as meninas agradecem de longe e ficam super animadas com a perspectiva de não acabar a noite sozinhas. Eles vem até a nossa mesa e perguntam se podem se juntar a nós, Célia logo diz que sim e eles puxam umas cadeiras e sentam entre nós, começam uma conversa animada e em seguida dizem que trabalham por ali e que sempre vão a esse bar. Eu trato de dizer logo que sou casada na primeira oportunidade, caso eles não tenham visto a minha aliança. Eles são muito comunicativos e a conversa segue animada, bebemos, comemos uns petiscos e damos muita risada, por volta das 21 horas eu me despeço de todos dizendo o prazer de tê-los conhecido e prometendo marcar uma próxima e trazer Douglas comigo para que eles conheçam, as meninas ficam no bar na companhia de nossos novos amigos.

Vou para o metrô que a essa hora está bem tranquilo e rapidamente estou em casa.

Chego em casa por volta das 22 horas, as crianças já estão na cama e Douglas e Natália estão na sala assistindo TV.

“ Oi amor.” Digo quando e dou um beijo nos seus lábios.

“ Oi.” Ai que resposta mais seca, ele está com raiva, mas raiva de que? Ele sabia que eu iria sair para beber com umas amigas. Bom vou fingir que não percebi, não quero uma cena na frente dos outros.

“ Oi Natália, correu tudo bem? As crianças comeram?”

“ Sim dona Alice, foi tudo bem. A senhora ainda vai precisar de mim?”

“ Não Natália, muito obrigada, até segunda.” Dou a ela o dinheiro para o táxi e ela vai embora.

Douglas continua frio comigo, vou tomar um banho, quem sabe é o cheiro de bebida que está irritando ele. Saio do banho coloco uma camisola longa, branca, com uma fenda que vem até o alto da minha coxa, vou até a sala na esperança de que o humor de Douglas esteja melhor, mas ele nem me olha é como se eu fosse invisível a ele. Só me resta fazer um chá, tomar e ir dormir para evitar uma discussão que eu nem ao menos sei o porquê.

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O que será que houve para uma mudança tão drástica no humor de Douglas?

Espero que gostem.

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