Vários empresários, jornalista e amigos compareceram à cerimônia. Já estava mim sentindo incomodada naquele ambiente. Nunca gostei de velório isso mim causava desconforto. Não cheguei perto do caixão nem um minuto, não queria vê-la ali não tinha coragem de chegar perto. Fiquei o tempo todo sentada em um canto.
- Denise daqui alguns minutos eles vão levá-la. - Carla me avisa.
- Eu tô com medo, vou ficar sozinha. - Falei em soluços chamando um pouco da atenção dos demais que se encontrava na sala.
- Eu já disse que eu não vou te deixar. - Ela mim abraça forte.
- Denise... - Escuto alguém me chamar.
Era a Agatha, acompanhada da Renata e do Josué. Ela mim da um abraço bem apertado mim fazendo chorar mais ainda. Meus olhos estão inchados e meu nariz arde muito, na realidade eu estava um verdadeiro trapo.
- Eu sinto muito pelo o que aconteceu com sua mãe, não cheguei a conhecê-la mais creio que era uma boa pessoa. - Ela fala ainda abraçada a mim.
- Obrigado por está aqui. - Digo.
Renata é Josué também mim abraçam, eles ficaram até a hora de levá-la ao túmulo. Muitos aplausos foram dados quando o caixão descia a cova dela, flores eram lançadas em cima dela, e eu, bem eu mim desmoronei ao lado da cova. Tive outra crise.
- Mãeeee, mamãe eu te amo não mim deixe por favor. - Eu gritava suplicando.
- Calma Denise. - Carla tentava mim acalma.
- Nãooo... eu quero ela, eu preciso dela.
- Denise por favor se acalme. - Ouvi Agatha falar.
Eu estava fora de mim, algo que eu nunca senti pude sentir, não conseguia raciocinar direito minha cabeça doia bastante minhas mãos começaram a tremer desenfreadamente, começo ouvir vozes e gritos. Olho em redor todos estão assustado mim encarando, olho para Carla que tenta mim acalmar.
- Denise olha para mim, mim escuta.
- Eu to comedo, eu estou ouvindo vozes. - Falo com as mãos na cabeça.
- Denise não escute elas, olha para mim... - Agatha se abaixa para mim olhar nos olhos. - Você é forte o pouco que eu te conheço já é o bastante para saber que você sabe lidar com o que acontece na sua vida. Anda, se levanta...- Ela mim levanta do chão. - Você agora vai para casa descansar.
- Não posso deixar ela aqui. - Digo.
- Pode e vai, Carla... - Ela a chama. - Mim ajude a levá-la para casa, eu não sei o endereço. - Ela fala.
- Tudo bem vamos. - Carla responde.
- Josué leva Renata até em casa eu pego um táxi depois. - Agatha Fala.
Elas mim levaram até em casa, Carla mim ajudou a tomar um banho enquanto Agatha foi preparar um chá para mim. As duas cuidaram de mim até que eu dormirsse.
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- Mãe.- Filha eu te amo.
- Mamãe não mim deixe, por favor.
- Você não está sozinha.
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Acordo chorando muito, vejo Carla dormindo em um colchão no chão ao lado da minha cama. Ela acorda meia assustada com o meu choro.
- Calma, calma volta a dormir. - Ela fala.
- Não consigo.
- Consegue sim vou ficar aqui com você.
- Cadê a Agatha? - Pergunto.
- Ela foi embora logo depois que você dormiu, disse que depois vem ti vê de novo. Agora volta a dormir ainda é madrugada.
- Eu sonhei com ela, ela disse que mim amava e que eu não estava sozinha - Digo.
- Viu se no sonho ela disse isso, não se preocupe vai ficar tudo bem. - Ela fala.
Ela deitou ao meu lado na minha cama, não consegui dormir. Depois de logos minutos Carla dormia profundamente. Levantei e fui até a janela do meu quarto, olhei para o céu e chorei silenciosamente. Pedi para Deus acolher ela ao seu lado. Minha mãe era uma pessoa maravilhosa então creio que Deus tinha um lugar reservado para ela lá no céu. Resolvo então voltar para cama, mas quando estava passando pela mesinha de canto vi a Bíblia que Gustavo havia mim dado. Parei e fiquei observando-a, fui até ela e a peguei.
Abrir na contra capa e vi uma dedicatória." Sei que não é uma coisa que se ganhe sempre mais... Pensei em você quando à vi."
" Porque a maior prova de amor foi feita lá na Cruz. "
" Nunca se esqueça disso."
Com carinho Gustavo.Tento sorrir mais falho. Mesmo assim. Meu coração se alegra um pouco com isso.
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Amor não consigo te Esquecer
SpiritualitéA vida sempre tem seus altos e baixos, e pra dizer a verdade eu me encontro nessa linha do meio, onde não estou no alto e nem no baixo, mas sim fixada nesse ponto. Nesse ponto onde aprendi a conviver dolorosamente com a vida. Onde ela se tornou minh...