Hoje faz exatamente uma semana da morte de mamãe. E eu estou ainda muito abalada, não saio mais de casa, não tenho ânimo para nada. Carla sempre que pode fica aqui em casa comigo, ela não é minha irmã de sangue mais para mim é muito mais que isso. Agatha veio algumas vezes também, sempre mim incorajava com palavras de conforto. Recebia muitas mensagem de carinho de pessoas próximas. Agora não sei o que fazer, não quero trabalhar na empresa e também não vou voltar para a loja.
- Denise você precisa comer, desde de ontem você não come nada desse jeito você vai ficar doente. - Berenice fala.
- Não estou com fome " Bere ". - Eu falo.
- Eu fiz uma torta de frango, tá quentinha anda vai comer. - Ela insiti.
- Não quero, por favor.
O interfone tocou e Bere foi atender.
- Ok pode deixar entrar. - Escuto ela falar.- Quem era? - Pergunto.
- Manuel o porteiro, avisou que seu amigo um tal de Gustavo está subindo para te vê.
O Gustavo aqui em casa? Fico surpresa, nunca imaginaria ele aqui. Agatha e algumas das meninas já vieram mim visitar, mais é a primeira vez depois do Shopping que eu ouço falar sobre ele.
- O Gustavo? - Pergunto meio surpresa.
- É esse o nome, bom você quer que eu arrume uma mesa para vocês almoçar? - Ela pergunta ainda insistindo para mim comer.
- Acho melhor não, talvez seja rápido a visita dele. - Falo.
- Tá bom. - Ela fala saindo para a cozinha.
A campanhinha toca, é ele, levanto do sofá e vou atendê-lo. Abro a porta e o vejo lindo como sempre, não mim canso de falar assim. Ele estava bem vestido em um sapato social com uma calça jeans, com uma jaqueta marrom escura por cima de uma camisa rosa claro, em seu ombro direito carregava uma mochila preta. Quando ele mim vê solta um pequeno sorriso.
- Oi. - Ele fala.
- Oi, entre. - Falo dando passagem.
Ele adentra olhando toda a sala, fecho a porta e vou até ele. Paro alguns metros dele, ele novamente mim olha deixando sua mochila em cima do sofá. Então se aproxima mais é sinto um nó se formar em minha garganta. Ele mim olha terno e mim surpreende com um abraço aconchegante. Mim desmorono em seus braços choro bastante, ele acaricia meus cabelos levemente.
- Desculpa não pude ir vê-la no velório de sua mãe. - Ele fala ainda abraçado a mim.
- Tudo bem... como você soube onde eu morava? - Pergunto levantando minha cabeça para olha-lo nos olhos.
- Agatha...- Ele levanta uma mão e enxuga minhas lágrimas. - Ela mim avisou quando soube do ocorrido, eu estava muito ocupado e não tinha como vim.
- Obrigado. - Falo o encarando.
Quando ele mim abraçou senti uma paz, uma segurança.... seu cheiro era maravilhoso mim senti bem. Ele ficou mim encarando com uma de suas mãos acariciando meu rosto. Por que essa vontade de ficar junto dele? Nem quando namorava com o Wesley meu ex eu mim sentia bem assim.
Meu caso com o Wesley durou apenas três meses, namoro de adolescência, eu tinha dezessete e ele dezenove. Motivo? Traição, sim o peguei no maior amasso com uma menina da classe dele. Desde então nunca mais quis mim relacionar, agarrei em meus estudos e sonhos.Seu olhar não desgrudava do meu, não sabia o que tava acontecendo, mais senti uma vontade enorme de beija-lo. Uma vontade de ficar em seus braços para sempre. Não podia.
- Desculpa, - Falo mim afastando um pouco. - Éee... Você aceita tomar alguma coisa? -Pergunto.
- Não obrigado, só vim vê como você estava.
- Menina você tem que comer. - Bere entra na sala falando alto.
- Já disse que estou sem fome. - Falo fazendo careta.
- Mais não pode ficar sem comer, você vai ficar doente... olha como você tá, até ta mais magra. - Fala fazendo drama.
- Desculpe acho melhor eu ir, depois eu te ligo. - Ele fala pegando sua mochila do sofá.
- Ok - Falo meio desanimada.
- Então até mais. - Ele fala indo rumo a porta.
- Eu te acompanho.
Bere sai para a cozinha e eu vou até a porta com ele.
- Bom até mais então. - Digo á ele.
- Denise, - Ele segurando minha mão. - Vai se alimentar tá bom. - Ele dá aquele sorriso maravilhoso.
- Tá bom. - Falo
Ele então aperta minha mão e chega mais perto depositando um beijo em minha bochecha, mim fazendo ficar surpresa com a atitude. Então sai rumo ao elevador, e eu fico com a sensação de seus lábios em minha face.
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Amor não consigo te Esquecer
EspiritualA vida sempre tem seus altos e baixos, e pra dizer a verdade eu me encontro nessa linha do meio, onde não estou no alto e nem no baixo, mas sim fixada nesse ponto. Nesse ponto onde aprendi a conviver dolorosamente com a vida. Onde ela se tornou minh...