Prólogo

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Acordei bem cedo, aliás como todos os dias, mas hoje não ia ter aulas nem estudar para exames. Esses já tinham acabado e felizmente passei em todos, ou seja, tenho o meu curso quase completo. Quase? Sim, quase pois ainda me falta o estágio, e era disso que eu e todos os meus colegas íamos tratar hoje.

Acordei e repeti a minha rotina diária: vestir, comer, lavar os dentes, um pouco de base e pentear-me. Depois, saí do apartamento que dividia com os meus melhores amigos, a Micaela e o Jonh, e apanhei o autocarro para a universidade.

Mal cheguei dirigi me a auditório onde estão todos os alunos do terceiro ano do departamento de estudos agrícolas e pecuários, eramos uns 350, ou seja, enchíamos o auditório.

Passados alguns minutos e já estando a sala completamente lutada o diretor começou o seu discurso:

- Bom dia meus caros alunos, decerto já todos sabem porquê de aqui se encontrarem. Todos vocês concluíram o vosso curso com sucesso, quer dizer quase concluíram. Agora falta a parte mais importante a meu ver, aquela parte em utilizamos toda a teoria adsorvida durante os anos de estudo na prática daquilo que estudamos, ou seja, a parte técnica, aquela que avalia…. - « blá blá» vamos passar os discurso secante sff – muito bem, para terminar dirijam se todos ao gabinete dos vossos coordenadores de curso para obterem a informação sobre o vosso estágio. Continuação de uma boa carreira a todos.

Finalmente tinha acabado o seu infindável discurso e todos os alunos bateram palmas e dissiparam do auditório dirigindo- se ao gabinete dos respetivos coordenadores.

Quando cheguei ao gabinete do diretor apercebi-me que não valeu a pena vir à pressa pois íamos entrados por ordem de números na turma e eu era só o 38, numa turma de 50 podia ser pior. Passei 3 horas à espera e finalmente chegou a minha vez.

- Raquel Sousa- ouvi a voz possante do diretor a chamar. Apressei me logo a entrar.

- Posso senhor?- disse à porta.

- Claro, entre e sente-se.- Disse e sorriu me no fim. O coordenador apesar da sua voz possante, figura alta e barda que impunha respeito e algum medo era uma pessoa bastante simpática.- Bem, qual o sítio para onde gostaria de ir estagiar, diga-me.

- Não sei, preferi não criar grandes expetativas em relação a isso.

- Pois, uma rapariga sensata, no entanto acho que vai ficar bastante contente com o sítio onde ficou. Penso eu.- Fez uma pausa pegou nuns papeis e entregou-mos.

Li o início e fiquei estupefacta. A minha boca abriu-se num perfeito «O»

- Agrada-lhe?

- Claro, bastante!- disse sorrindo- nunca pensei de ter uma sorte tão grande! Meu Deus!- O coordenador gargalhou.

- Não foi sorte! Foi trabalho e empenho! Nós analisamos todos os alunos e adequamos os estágios consoante as suas notas, experiência, expetativas, etc.. e você merece é a nossa melhor aluna, não só parte da equitação mas também nas disciplinas teóricas. E sinceramente línguas foi aquilo que fez com que conseguisse esse estágio.

- Obrigada. – O senhor sorriu-me

- Bem, tem toda a informação que necessita está nessas folhas mas qualquer dúvida pode contactar me tem ai o meu correio eletrónico.

Agradeci e sai dando o meu lugar ao próximo aluno.

Fui para casa e sentei-me na cama a ler as folhas sobre o estágio. E, Oh meu Deus! Tinha de estar lá segunda de manhã para começar e hoje é sexta!

Apressei-me a ligar o computador, para comprar os bilhetes de avião e consegui comprar uns para domingo de manhã. Depois fiz as malas para ir para casa, tinhas que falar com o meu pai e explicar lhe tudo. Ia ser difícil ficar longe dele durante seis meses mas tem que ser…

Eram quase seis da tarde quando cheguei a casa do meu pai.

- Daddy?

- Bebé?- ri, ele sempre me chamou aquilo, mesmo que eu já não seja um bebé, quer dizer depende das situações.

- sim pai, sou eu!- disse indo ate à cozinha abraça-lo- o André?

- Está na casa do Pedro a brincar. Vieste cedo!

- Sim, tenho que falar contigo sobre o meu estágio…- disse com algum medo da sua reação.- é assim..ahm, hum..eu vou estagiar para Inglaterra..

-O quê?!- disse um pouco em choque.

- Sim pai.

- Parabéns filha! Estou tão orgulhoso.- Disse e abraçou-me.- Quando vais para lá?

- Domingo de manha.

- E vais mesmo para aonde?

- Vou para a sociedade Londrina de equitação, mais propriamente estagiar com o Carlos Feijão. Tu sabes aquele português que foi aos jogos olímpicos e depois mudou se para Londres porque tinha lá mais oportunidades.

Bem a conversa com o meu pai correu bem.

Já é domingo de manhã e eu estou no aeroporto a fazer o check-in para o meu voo.

- Tem cuidado contigo, liga-me todos os dias, não faças asneiras. Nada, repito N-A-D-A de drogas, rapazes ou bebidas Ok?

- Sim, Claro! Talvez um pouco de rapazes… só para não me sentir muito sozinha..

-Raquel Sousa!- ri-me coma sua cara de chocado.

Ouvi anunciar o meu voo e tive que me despedir, custou me muito despedir do meu pai e do meu maninho. Enchi-os de beijinhos e apertei-os tanto!

- Mana promete que me trazes um presente quando vieres!

- És um intersero!- ri-me.

- Não, simplesmente aproveito as oportunidades quando as tenho.

Finalmente embarquei. E agora aqui estou eu num avião a caminho de Londres.

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