Caixa de Pandora

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Notas iniciais: Oeeee.. Turubom? Mores tenho uma noticia não tão agradável pra passar.. Preciso estudar pro enem 😭 e a frequência das postagens será menor, avisando pra que vocês não desistam da Fic, ahhh.. Desculpa pela pequena trolagem no capitulo passado, hihi.. Bem, deleitem-se e ótima leitura. ♡

Sua mente fervilhava, que dia mais intenso e louco era aquele. Ela se sentia completamente insana, agindo como uma adolescente boba se entregando ao seu sentimento barato, mas será que era tão barato como ela imaginava ser? Ou melhor, como ela esperava ser?! Ela não tinha pressa, encontrar as paredes mudas e frias, alguém que ela já não conhecia mais e a única razão do seu dia, Bernie. No carro uma música descrevia tudo o que ela estava sentindo naquele momento.

- Irônico! __ Um riso amargo escapou da sua garganta, era impressão ou as pessoas só percebiam o valor e a riqueza da letra ao caminho da guilhotina com lâmina cega?!

Uma das mãos adentraram a cabeleira ruiva, no semáforo ela fechou os olhos acariciando com carinho o couro cabeludo, sentia a cabeça dar leves latejadas como se pudesse explodir a qualquer momento, e assim era com todo aquele peso dentro do seu estômago. Nunca havia  lidado com as famosas borboletas, e não era tão boa a sensação como descreviam, talvez por elas estarem tão inchadas e sufocadas daquilo que ela tentava negar. Um carro buzinou abrupto lhe assustando, ela voltou os olhos abespinhado para o motorista do cupê branco.  Acelerou virando a esquina, olhou pelo retrovisor e percebeu que o metido havia seguido num impulso mortal exibindo a potência da sua máquina.

- Babaca! __ Mais umas três quadras e ela já parava na frente do seu prédio, se perguntava porque simplesmente não colocava na sua vaga ao lado da parede da garagem, aquela idéia da vaga lhe desagradava mas não ao ponto de ainda permanecer no "meio da rua", desceu sem se importar de levar uma multa, seria a primeira, já que Katherine era sempre tão certinha com tudo, nunca furara nem mesmo a fila do banco, acreditava que o mundo só teria chances se começasse pelas próprias atitudes e ela sempre fazia o possível pra não quebrar o circulo das boas maneiras.

Cumprimentou Jake o porteiro entrando corpulenta no elevador, o velho elevador que sempre faltava óleo, uma hora alguém teria uma queda alucinante e não seria nada agradável como em um Bungee Jumping, e ela esperava que isso não acontecesse nem com ela e ninguém. Tinha um pouco de fobia de lugares fechados, e aquela ideia lhe acelerara ainda mais a ansiedade aflorada, respirou em alívio ao ver a porta vermelha a sua frente denunciando longevidade, saltou em desespero de dentro do mesmo. Escutou as patinhas do seu pequeno em desespero na porta, e seu sorriso se desmanchou ao vê-lo pular contra ela. Seus olhos seguiram ligeiros por todo apartamento, e não o viu. "No quarto, talvez". Colocou Bernie no chão indo a passos leves até o mesmo, ele terminava de organizar a mala.

- Hey! __ Ela encostou na batente da porta encarando com o semblante cansado.

- Hey baby.. __ Ele não deu tanta importância continuando o que fazia.

- Queria conversar com você. __ Exclamou quase num sussurro.

- Não pode ser outra hora? __ Os olhos ligeiros encararam os seus sem muito interesse no que ela tinha pra dizer, a verdade era que há tempos ele já não escutava mais nada, nem sobre seu dia, nem como ela estava se sentindo e nem mesmo sobre o casamento que ele tanto queria, talvez aquela seria a melhor atitude que ela tomaria.

- Não Ray, você sempre está com pressa, sempre deixando o que eu preciso ou contar algo tolo que vi na rua e achei engraçado, sempre tudo pra depois e eu ignoro porque acabo esquecendo. __ A voz pesou num tom grave e ríspido e os olhos que antes ignoravam percebeu a veracidade da situação.

- Tudo bem! __ Respondeu calmamente, de início hesitou, talvez ela simplesmente precisasse dar umas chacoalhadas para que ele a notasse, mas o relacionamento não tinha que ser uma divisão mista e sincera de fatos e desejos divididos? Lembrou-se dos sonhos que estavam recentes com a pequena Dominique, e talvez enxergar tanto desejo naqueles olhos lhe fazia ferver novamente, como a tempos não se sentia.

Simplesmente Acontece- BrovostOnde histórias criam vida. Descubra agora