Capítulo 5

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Olá leitores! Esse é mais um capítulo de nossa linda história! A história ainda está em uma fase muito mais expositiva, tendo em vista que precisa ainda de muitos detalhezinhos esclarecidos para ela fluir da melhor maneira possível! Mas como sempre, espero que vocês gostem!

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Com muito amor,

Banda Peratto

XX

Os feixes de luz já atravessavam a enorme janela no quarto de hospedes, esta não fora bem coberta pelas cortinas vermelhas espessas que também protegiam o quarto da iluminação provinda da pequena varanda. Os olhos claros da menino percorriam preguiçosamente todo o lugar, desejando que ainda estivesse dormindo. Sentia falta dos pássaros coloridos de seu reino piando alegremente de forma quase ensaiada no parapeito da janela do cômodo que poderia chamar de seu.

Além da preguiça que atingia seu corpo de forma esplêndida, a confusão retomava todas as partes de seu corpo. Na noite anterior, mal pôde aproveitar o baile dado pelos Tomlinsons depois da conversa que teve com os reis e os herdeiros. A angústia que sentira ontem ainda estava imaculada, até mesmo o sono não pôde ajudá-lo.

Tudo pareceu parar por um instante quando o rei de Vita lhes deu a notícia que Charlotte, Niall e ele iriam participar da guerra contra os rebeldes que estavam invadindo Zradca. Apesar de não ser rei, mantinha-se o mais atualizado possível, por isso sabia muito bem porquê aquelas pessoas resolveram armar-se e lutar.

O reino em questão não dava representatividade nenhuma para o povo. Era apenas uma questão de servir e obedecer.

Portanto, derramar o sangue daqueles inocentes era um absurdo para o príncipe, que sempre tivera uma educação e criara princípios tão diferentes daquele. Ainda tentava compreender por que seu irmão aceitara tal barbaridade, mesmo que tivesse uma ideia do que o levou a fazer isso.

Um suspiro longo e cansado escapou dos lábios rosados do homem, o olhar que compartilhara com seu irmão quando a noticia irrompeu pelo baile... Suplicava para que ele desmentisse tudo, mas aquilo não ocorreu e, provavelmente nem ocorreria. Conseguia, contudo, ver a dor que Henry sentia através dos olhos esmeraldas que estavam pálidos e cheios de não só infelicidade, mas também desgosto e preocupação. Sua postura normalmente calma e tranquilizadora, estava rígida; as mãos sempre passavam pelos fios castanhos curtos, demonstrando o quão nervoso estava. Tudo ajudava a compor a imagem de um homem melancólico, era quase como se estivesse sendo morto pouco a pouco por dentro por causa daquilo.

Às vezes as milhões de responsabilidades de Henry faziam com que o irmão aparentasse ser anos e anos mais velho. Todos os sorrisos e os momentos brincalhões provindos de apenas um adolescente, foram perdidos há muito tempo. Carregar um reino em crise nas costas com apenas 24 anos era cruel, uma tortura praticamente.

Finalmente Harry se levantou, sentiu a textura do tecido macio do tapete contra seu pé, caminhando com lentidão até a fresta da janela, a luz solar tocando sua pele morna e a deixando ainda mais quente. Podia ver o vasto campo de treinamento, a grama verde perfeitamente cuidada. Tudo naquele reino exalava a guerra, mas o sofrimento que ela trazia consigo era mascarado pela família real, que não demonstrava qualquer sentimento ou afeição por terceiros. Um choque de realidade, diria o menino que ainda não se acostumara com tal cultura que venerava a morte dos inimigos ao invés da diplomacia.

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