capítulo 11

8 0 0
                                    

Passaram-se 3 dias após o ocorrido, não vi Jake, oque era bom. A distância vai ser melhor, preciso focar nos meus estudos e no meu trabalho.

Eu moro em uma casa que era da minha mãe, ela faleceu quando eu tinha lá pra os 14 anos de idade.
Desde então, meu pai sempre cuidou de mim, mas ele anda muito ocupado com o seu trabalho como engenheiro, e nos nus vemos poucas vezes.

Meu pai sempre batalhou para conseguir pagar meus estudos e pôr comida em casa, mas eu criei coragem e saí de casa aos 19 e vim parar aqui em São Francisco.

Comecei a trabalhar em um bar como garçonete, logo após descobriram meu talento como cantora, e todos os domingos eu canto no bar mais cheio e famoso daqui.

(...)

-Oque tem para fazer hoje?- perguntou a Vanessa mordiscando a ponta do bocal de uma caneta.

-Nada- respondi me virando para ela esperando um possível lugar para irmos essa noite.

-O Louis vai dar uma festa hoje em uma de suas casas de festas- ela me falou.

Louis é um amigo nosso, um tanto bonito que tira o fôlego, mas infelizmente ele joga para o outro time.

-Que horas? -perguntei.

-Começa às 22, aposto que se a gente chegar lá esse horário podemos conseguir camarote VIP.- ela me falou entusiasmada.

-Então vamos.

(...)

Já eram 21h, então fui tomar o meu delicioso banho.

Fiquei um tempo precioso em frente ao meu armário decidindo qual roupa eu iria usar.

Coloquei um vestido vermelho acima dos meus joelhos, e que por sinal marcava minhas curvas e valorizava o meu bumbum.
Calcei um salto preto bem alto e fiz uma maquiagem básica.

Coloquei o meu legítimo batom vermelho e deixei minhas madeixas soltas com leves cachos feitos com babyliss.

A Vanessa vai me dar carona já que ela mora perto da minha casa.

Eu estava perdida em meus pensamentos até que ouço um barulho de uma buzina descontrolada na porta da minha casa.
Olhei pela janela e avistei a dona Mariquinha gritando o meu nome feito louca implorando para que eu descesse logo.

-Que demora em dona moça, adianta que eu quero camarote VIP. -ela me apressou.

-Boa noite Vanessa, eu já estou aqui vamos logo.

Assim que entrei no carro ela deu partida, demorou vinte minutos e chegamos.

O lugar estava extremamente cheio. Tinha várias pessoas na fila esperando a sua vez. Assim que chegamos avistamos Louis, e ele liberou nossa entrada.

-Nossa, aqui realmente é coisa de outro mundo.- comentou a Vanessa.

Luzes piscavam e o cheiro de cigarro e bebidas exalavam o lugar.

Puxei a Vanessa pela mão até o bar. Pegamos duas doses de whisky com gelo e degustamos do ardor dessa maravilha.

Sentei-me em uma cadeira próxima e vasculhei todo o local.
As pessoas dançavam bêbadas em sincronia com a música, eu estava na onda, me divertindo com efeito do álcool.

E de repente... meu coração gelou, minhas mãos soaram e me senti fraca como da primeira vez.

Seus olhos estavam grudados aos meus. Sua expressão era fria e sem nenhuma emoção.

Seus dedos estavam ocupados pelo cigarro, e sua boca sugava lentamente e soltava a fumaça no ar.

Em seu lado havia uma loira de peitos fartos, falando algo em seu ouvido e enrolando seus cachos em seus dedos.

Seus olhos não saiam dos meus, e eu estava completamente agoniada com o efeito que seu olhar me causava.

Era o Jake, e como de costume ele não acenou, nem sorriu. Ele apenas me olhava com frieza e possessão.

Fiquei segundos tentando decifrar sua expressão, até que seus olhos saíram dos meus e foram parar nos peitos da loira ao seu lado.

Fui ao bar e pedi uma dose de whisky e me distanciei.

Até que um homem alto, cabelos negros, olhos azuis e muito bonito se aproximou.

-Oi, qual seu nome? -ele perguntou me olhando.

Simpático, seus olhos eram muito bonitos.

-Eliza. E o seu?- perguntei.

-Jason; muito lindo o seu nome, assim como você também.-ele me disse sorrindo.

Sorri de volta.

-Você quer dançar?-perguntei.

-Vamos.-me puxou

Entramos em meio a multidão e dançamos.

As músicas eram alegres e divertidas.

Pelo que parecia Jason era um cara legal e divertido.

Dançamos bastante, até que eu me cansei e fui sentar em um banco próximo ao bar.
Pedi mais uma dose de whisky e bebi.

-Você está muito linda.

Ouvi uma voz conhecida. Me virei, e encontrei os seus olhos.
Ele sorria, e segurava um copo cheio.
Jake apoia seus cotovelos no balcão no bar enquanto se encostava em mim.

-Você está bêbado?-perguntei.

-Eu não bebo.-ele respondeu.

Me calei, olhei para a multidão dançando e bebi mais um gole do meu whisky.

Ele se aproximou e se sentou.
Senti seu olhar pesar sobre mim, eu estava encomodada, não consigo lidar com a presença de Jake.

Virei o copo de whisky e cruzei minhas pernas.

Seus olhos percorriam por todo o meu corpo, eu estava em estado de euforia.

-Você realmente está muito linda.-ele disse tocando meus cabelos.

Senti arrepios na nuca. Com toda certeza ele sabia como eu ficava afetada com a sua presença.

Então me virei pra ti, percorri meus olhos por todo o seu corpo.

Ele usava uma calça jeans, e uma blusa polo azul escuro. Seus cabelos estavam bagunçados porém bonitos.

Fixei meus olhos em sua boca, e pensei como eu queria beija-la.

Eu só queria agarra-lo ali, beijar sua boca e me envolver em seus braços fortes.

-Eu sei que me quer, não precisa se prender.-ele me disse convencido.

-Como pode ter tanta certeza? -perguntei.

-Eu vejo como você me olha.-ele disse se aproximando.

Eu ri

-Conheço caras muito mais interessantes que você.-eu disse.

Assim que as palavras saíram da minha boca, seu sorriso se desfez e seu olhar voltou a ser frio.

Então ele se aproximou e sussurrou.

-Eu aposto que não.

Eu sorri, então fui ao bar e pedi uma dose de tequila.

Peguei o meu copo e me meti entre a multidão.

Querido JakeOnde histórias criam vida. Descubra agora