Capítulo 18

21.7K 1.3K 285
                                    

CAPÍTULO 18 - OLHOS VOLTADOS PARA MIM

– Você, além de um grande idiota, também toma com frequência alguma bebida alcoólica ? - eu disse.

Eu não gostava de William, mais do que ele gostava de mim.Isso era impossível, sem chance, nunca iria acontecer.

Sabe o tipo de coisa que você olha é pensa ''Eu não sou tão idiota para cair nessa''?William era esse tipo de coisa, e eu não era tão idiota.

Eu já tinha tantos problemas, isso seria apenas mais um.Então, não, Felipe estava errado.

Completamente.

– Estou limpo, Alexis - Felipe levantou as mãos em sinal de redenção - Se quiser pode vir aqui e conferir.Boca á boca.Fique á vontade.O que acha? - Que convencido!

– Que você precisa de um soco - falei - E eu queria poder dar.

– Uau!- seu sorriso aumentou - Garota difícil.Imaginei.

– Eu vou embora, sabe por quê?

– Por que não está mais conseguindo resistir á mim?

– Porque você é um idiota e eu não preciso ouvir suas idiotices. - me virei e sai andando em direção ao refeitório.Decidi que não iria as aulas até o intervalo.Não queria ficar perto de Felipe por enquanto e temos muitas aulas todos os dias - Até nunca.

–Corra, Alexis, pode correr - ele gritou atrás de mim, mas eu continuei andando sem me virar - Você pode correr de mim, mas está presa dentro de você mesma.Por isso corra mais rápido, corra como uma garotinha assustada que é.Não vai adiantar.Ouviu?Não vai.

Eu apresei meus passos e dobrei em alguns corredores.

Felipe estava blefando, certo?

Ele era um babaca, e babacas fazem isso.Ele estava brincando comigo, é claro.Mas por quê eu dava tanta importância á isso?

Esbarrei em alguém.

E por um momento eu achei que estava com sorte.''Achei alguém para me levar ao refeitório, uhu !!''

Mas quando eu segurei minha respiração por ver seus olhos serem de um azul único, contemplei seus cabelos negros e, finalmente, fixei meus olhos em seu sorriso, percebi que sorte não existia para Owens, sorte não existia para mim.

William.

– Estava indo em algum lugar? - perguntou o garoto.

– Não, na verdade, eu adoro andar por essa escola, sem rumo algum.Não acha divertido? - ajeitei minha mochila em meus ombros, enquanto falava.

– Sim, eu acho - ele sorriu - A melhor coisa do mundo.

– Eu estava brincando - revelei

– Eu também.A melhor coisado mundo é tacos de sorvete.Ou alguma banda de rock antigo, ou até mesmo aquele filme...

– Entendi - cortei - Você usou ironia, com ironia.

– Não é que Owens está te fazendo uma garotinha mais esperta - William bagunçou meus cabelos e eu ajeitei logo em seguida - Que bom, não é?

– William eu estou sem paciência para você e seus joguinhos.

– Na verdade, eu odeio jogos, sempre perco, quer dizer perdia - aprecia uma piada interna, quado ele sorriu - Agora roubo nos jogos de Brad e ganho todas, e o coitado acha que é horrível.Você acha que antes de morrer, eu poderia escrever uma carta confessando?Acho que é uma boa ideia.Eu já estaria morto, ele não poderia me matar.

O Garoto Da Última CasaOnde histórias criam vida. Descubra agora