CONTO 3 - O DIA DOS NAMORADOS EM OWENS: TERRIVELMENTE ROMÂNTICO

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Olá, pessoas, eu demorei para postar esse conto, porque ele é o maior conto e é meio complicado revisar tudo isso. Então, se tiver algum erro, me digam. E espero que gostem. Esse Dia dos Namorados está baseado totalmente nas coisas que eu vejo geralmente, não tenho a mínima experiência com isso - o que torna mais difícil a escrita, de certa forma. Mas, se eu vivesse algo assim, provavelmente seria como William. Bem, espero que gostem e comentem e sejam maravilhosos como sempre.

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CONTO 3 - O DIA DOS NAMORADOS EM OWENS: TERRIVELMENTE ROMÂNTICO - POR WILLIAM HÃNSEL.

Caminhei mais devagar, porque era realmente um momento crítico. O silêncio da rua quase deserta, em uma madrugada fria, não era assustadora, mas poderia vir a ser se eu permitisse. E eu nunca permitiria.

-Não acho que ela esteja aqui, Will querido - Brad falou, ao meu lado - Não há barulho algum.

-Você é realmente um bruxo? - resmunguei - Porque sabe tão bem quanto eu que se não há barulho, há bruxo.

-Sempre generalizando...

Algo bateu nas latas de lixo e eu estanquei.

-Ouviu isso?

-Claro que ouvi. Foi a minha barriga.

-Ou você tem um monstro dentro de você ou há algo perto das lixeiras.

-Eu voto na primeira opção.

-Brad, se concentre.

-William, você sempre acredita em tudo que pessoas chorando e desesperadas, que vão até nós, dizem.

-Por que será, não é?

-Só estou dizendo que aquela mulher pode ter mentido.

-Sobre uma bruxa quase matar seu marido? - o encarei com os olhos cerrados - As pessoas são bem estranhas então.

-Não seria a primeira pessoa estranha em Owens e muito menos a última.

-Quer voltar?

-Na verdade, é o que eu mais quero.

-Então volta.

-Mas você é um idiota mesmo. Isso é jeito de tratar seu melhor e mais legal amigo, seu babaca? Isso feriu meus sentimentos...

-Ai, minha nossa, vou...

Mais barulho. E agora esse tinha sido tão alto que até Brad parou de falar e encarou a moita - que era de onde ele tinha vindo dessa vez.

Não desgrudei meus olhos de lá, analisando cada movimento das folhas. Pelo canto do olho, vi Brad virar em um minha direção, com as sobrancelhas arqueadas e perguntar:

-Um gato, talvez?

Revirei os olhos e fiz sinal para que ele me acompanhasse. Era engraçado andar na rua de madrugada em Owens, ainda mais caçando uma bruxa rebelde que queria apenas chamar atenção. O ar era frio demais, o vento batia contra meu rosto incerto e eu quase poderia ouvir as respirações cansadas de pessoas igualmente cansadas. Miller riria desse pensamento. Provavelmente eu também se não estivesse querendo expulsar uma bruxa intrusa e encrenqueira que tinha grande chance de cortar minha garganta.

-Sei que está ai! - gritei - Para que se esconder, amor? Não é você que gosta de diversão?

-Devo relatar essas palavras á Alexis? - Brad murmurou para mim - Isso causaria um grande problema para você...

-Qual seu problema? Porque, seja qual for, o resolva. E, depois, por favor, se concentre em acabar com essa bruxa idiota que...

-Sinceramente, amaldiçoado, o único idiota que estou vendo aqui é você com essa faca na mão achando que pode alguma coisa comigo - uma mulher, de cabelos loiros e longos, saiu de trás de uma árvore e caminhou até o meio da rua. Ela, com seus olhos avermelhados visíveis a distância, parecia jovem demais para o meu gosto. Nossos olhares se cruzaram. Vermelho contra azul.

O Garoto Da Última CasaOnde histórias criam vida. Descubra agora