The pieces don't fit here anymore...

Chapter XIV

Mark continuou caminhando olhando para o chão, até parar em frente à porta de do consultório de Addison, bateu rapidamente e abriu-a com a mesma mão, já que a outra estava ocupada segurando um copo de café expresso.

- Bom dia _ ele disse colocando o copo sobre a mesa dela.

- Obrigada, meu amor _ ela agradeceu abrindo um sorriso cansado.

Na noite anterior havia recebido uma ligação do hospital avisando que uma de suas pacientes havia entrado em trabalho de parto, então ela teve que atender e estava lá até aquele momento, esperando que o bebê descesse e a moça ficasse dilatada o suficiente para dar a luz.

- E então? _ perguntou Mark _ A sua paciente já deu a luz?

- Ainda não. Ela se recusa a tomar os remédios para as contrações. Eu sinceramente não entendo essas mulheres que escolhem ter um parto natural depois de tanto avanço da medicina. Eu estou morta de cansada _ disse a ruiva _ Imagina ela...

- Eu sei bem que você não tem paciência nenhuma para trabalho de parto.

- Não é que eu não tenha paciência, eu tenho que ter paciência, trabalho com isso... Mas eu prefiro ir lá, abrir, tirar, fechar e pronto.

- Lembra quando chegou a hora de a Ella nascer? Você queria que ela saísse em 20 minutos porque estava preocupada com a Katie, que estava lá no apartamento sozinha com a babá...

- Imagino que eu devo ter ficado.

- Estava estressadíssima com tudo e disse na cara da obstetra do hospital que não suportava mais nem o sotaque dela _ Mark contou aos risos.

Addison imaginou a cena e também riu.

- Eu fiquei super sem graça, porque ela foi a melhor que eu encontrei na cidade e você fala aquilo na cara dela?!

Ela deu um gole no copo de café e fez uma negativa com a cabeça.

- Me diz uma coisa: quando você saiu de casa, as meninas já estavam acordadas? _ perguntou

- Sim. Eu tomei café da manhã com elas e deixei a Katie na escola.

- E como é que ela estava?

- Com aquela mesma carinha que ela estava no jantar _ disse Mark _ Eu tentei conversar com ela sobre o assunto enquanto a gente estava no carro, mas ela não quis falar.

Addison contraiu os lábios.

- Você acha que ela vai ficar com raiva de mim pra sempre?

- Imagina, Addie! Ela não está com raiva de você.

- Mas ela também não está como antes.

- É... Isso é verdade, mas com raiva de você ela não está.

Eles ouviram duas batidas na porta e alguém abriu.

- Com licença, dra. Montgomery _ disse uma das internas adentrando a sala.

- Ela já está dilatada o suficiente? _ Addison perguntou de imediato.

- Não. Ela dormiu um pouco, cansada. Tem uma pessoa que quer falar com a senhora e disse que é um assunto urgente.

- Urgente?

- Bom, eu vou procurar o que fazer, porque eu já vi que você tem bastante _ disse Mark levantando-se.

Ele andou até a esposa e deu um beijo leve nos lábios dela.

- Bom trabalho.

Ela sorriu.