Very Innocent

Call

— Eu... Eu não sei, Jungkook, homens não se casam na Coreia, não pode. — Falo.

Por que essa ideia repentina? Por que ele veio me perguntar de casamento?

Eu particularmente nunca pensei em casamento e não penso em ter um.

Casamentos fazem com que o casal se sinta preso, e se algo acontecer?

Quanto mais as pessoas se casam, mais pessoas se divorciam, depois de casados elas mudam a forma de se tratarem.

Se eu me casar um dia tudo vai mudar e eu não vou mais ser o mesmo.

— Mas em vários outros países é permitido o casamento gay, inclusive nos Estados Unidos. — Ele arrebate.

Eu estou começando a ficar nervoso com a atitude de Jungkook, eu realmente não entendo, por que falar de casamento uma hora dessas? Isso foge totalmente do que estávamos fazendo.

— Mas por que está falando de casamentos tão de repente? — Pergunto.

Ele pensa um pouco antes de responder.

— Jimin, nós vamos nos casar um dia? — Ele pergunta.

Puta que pariu.

Por que diabos ele tá falando disso agora? Não entendo.

— Eu... Eu não sei, Jeon, casamentos são complicados.

— Você não pensa em casar comigo, Jimin?

Porra, como assim?

— Jeon, nós começamos a namorar hoje.

— Você precisa pelo menos cogitar a ideia, Jimin... Um dia eu quero me casar e ter filhos. — Ele fala, e olhando intensamente em meus olhos ele vai embora do quarto.

Que porra acabou de acontecer aqui?

Ele deixou claro que quer se casar comigo um dia e quer que tenhamos filhos.

Filhos? Meu deus, mas eu nem gosto de crianças.

Uma semana.

Eu estou com Jeon Jungkook em minha casa já tem uma semana.

E nada mais do que beijos rápidos aconteceram.

Sempre que estamos esquentando, chegando em outro ponto, ele foge, ele simplesmente me deixa lá, sozinho.

Puta que pariu.

Eu não entendo a razão dessa mudança repentina, estava tudo bem antes dele falar de casamento e crianças.

Jeon Jungkook algum dia ainda vai acabar me matando.

— Jimin, nós estamos perdendo muito a escola! Será que próxima semana você já estará disposto a ir? — Ele pergunta, trazendo esses malditos curativos.

— Sim, e tem razão, eu vou acabar reprovando, não sei de bosta alguma. — Falo.

— Você não pode reprovar, eu quero estudar contigo ano que vem!

— Ai, essa porra arde demais! — Exclamo quando ele encosta a lã nos ferimentos de minha cabeça

Pelo menos minha cara está com uma aparência melhor.

— Jimin, eu vou te ajudar a estudar mais uma vez, mas não ouse tentar me expulsar de sua casa novamente! — Ele fala, fazendo com que eu me lembre da porra que eu fiz alguns dias atrás.