A mão masculina, firme na sua, que Renata jurava que era macia e aveludada de tanto apertar mãos, era calejada. Ela foi guiada em silêncio até a área reservada para a dança. Lentamente sua cintura foi circundada por uma mão, enquanto ele estendeu a outra mão e, lentamente, começaram a valsar. E olhando para aqueles olhos azuis, ela se permitiu afundar nessa nova sensação estranhamente familiar.
Velas, incensos. Conversa e músicos tocando seus instrumentos. Uma melodia leve, uma valsa para um casal de noivos.
Renata respirou fundo e piscou repetidamente. Ela não estava na Idade Média, diabos! Seu olhar voltou a focar na pessoa com quem dançava. Ela voltou a olhar para o Príncipe Harry. E ele também parecia levemente desnorteado. A dança deles parou por apenas dois segundos, fato que passou despercebido para qualquer pessoa que os observasse. Rapidamente Harry colocou um sorriso no rosto e voltou a dançar. Não foi o momento mais apropriado para Lady Renée aparecer em sua cabeça.
- Como... – começou Renata, respirando fundo e se lembrando do protocolo. – Perdão. Alteza, como sabe o meu nome?
- Ah, Renata Shaw, - ele comentou, com um sorriso brincando em seus lábios. – eu tenho as minhas formas de conseguir minhas informações.
Ela piscou algumas vezes, suas bochechas ficando levemente ruborizada com o tom de voz aveludado que ele usava.
- Obrigada. – ela disse, e complementou, quando viu a expressão confusa dele. – Por ter feito com que o senhor Tulson soltasse o meu braço e se afastasse de mim.
- Não fiz mais que a minha obrigação, protegendo meu povo. Protegendo você.
O rubor no rosto de Renata ficou mais acentuado ainda
- Obrigada.
Ao notar que Liz os observava no meio da multidão, Harry não conseguiu segurar a curiosidade.
- Me perdoe, mas como você conheceu Liz Thomas?
Os olhos dela se abriram levemente e seu coração, que já batia aceleradamente, ficou mais rápido. O que responderia para ele?
- Nós... estudamos no mesmo lugar. – bem... não deixava de ser verdade. Ela não seria presa por mentir para o Príncipe da Inglaterra, ou seria?
Harry apenas concordou com a cabeça, enquanto ainda a conduzia, o pensamento novamente voltando para Lady Renée.
- Alteza?
- Sim?
- Er... – Renata parecia encabulada. Harry a achou extremamente adorável nesse momento. – A música acabou.
- Oh!
Lentamente ele a conduziu de volta para a multidão, ignorando as pessoas que os encaravam, já que eram o último casal a se retirar da pista de dança. Arthur Landon, que estava no palanque onde a banda se encontrava, com um microfone na mão, deu um sorriso de lado, querendo brincar com Harry, mas sabendo que Rachel não apreciaria nada a atenção em sua irmã.
- Foi um prazer dançar com Sua Alteza. – Renata falou, se curvando mais profundamente e se preparando para se retirar.
- O prazer foi meu, Senhorita Shaw. – ele respondeu com um sorriso, ignorando o discurso que o amigo fazia, a vendo se retirar, inicialmente ainda voltada na direção dele, com a cabeça baixa, e levemente voltando o corpo em direção onde estava a família. – Eu só queria poder conhece-la um pouco mais. – Ele comentou para si mesmo, em tom baixo.
- Então deveria ter pego o número dela. – retrucou Skippy enquanto aparecia atrás dele, lhe estendendo um copo de whisky.
- O que você pensa que estava fazendo, Renata? – a Senhora Shaw perguntou, enquanto segurava firmemente o braço na filha, a olhando interrogativamente.
- Eu aceitei dançar com o Vossa Alteza Real, Príncipe Harry.
- Não seja insolente! Você esqueceu tudo o que gastamos para você...desapegar dele?
Renata suspirou e tentou fortemente não agir como uma adolescente birrenta.
- Não mãe. Porque fui eu quem passou por tudo aquilo. Agora você não esperava que eu o ignorasse e saísse correndo, sendo deselegante com um dos amigos do namorado da Rachel, que por acaso é o Príncipe da nossa nação, certo?
Rebecca Shaw odiava ficar sem resposta para sua filha.
- E por que não dançou com Christian?
Renata apenas piscou repetidamente, torcendo para ter ouvido errado.
- Peraí! – se intrometeu Matt. – Mamãe. Foi a senhora quem convidou o Tulson para o evento?
- Eu apenas fiz uma sugestão...quem convidou foi o Arthur.
- Mãe! Como a senhora pode ser tão cega?! Quer tanto assim casar a sua filha que não se importa com a felicidade dela? Apenas com o nome da pessoa?
- Não me descreva como uma pessoa fútil! Eu quero o bem da Renata! Nada mais que isso!
- E pelo bem dela, você esquece tudo o que ele a fez passar? Como ele a traiu? Porque eu sei que Rê te contou recentemente. – Matthew passou o braço pela cintura de Renata, que segurava as lágrimas e tentava respirar fundo. – Fizemos nosso papel aqui. Viemos ao evento do namorado da sua filha querida. Agora eu e Renata vamos embora. Boa noite mamãe.
Dando um pequeno aceno com a cabeça para o pai, que olhava bestificado para a esposa e se afastou, trazendo a irmã consigo. Viu Rachel ao longe, conversando com algumas mulheres.
- Temos que ir lá, nos despedirmos da Chel. Tudo bem? – ele perguntou, olhando cuidadosamente para a irmã.
- Tudo bem. Consigo lidar com uma despedida rápida. Eu só quero sair daqui e respirar.
- Ok!
E enquanto se encaminhavam em direção à irmã, Renata se esqueceu quase completamente de sua dança com o príncipe encantado de seus sonhos de adolescência.
O que ele mais queria era ir lá e colocar novamente seus braços ao redor dela. O que era essa vontade louca e repentina? Harry não sabia dizer. Só sabia que necessitava saber mais sobre ela. A observou ser encaminhada até a irmã pelo irmão caçula e...se despedirem dela? Por mais que quisesse ir conversar devidamente com ela, tinha a nítida sensação de que sua aproximação dela não seria aprovada pela família dela.
Observou avidamente enquanto os dois irmãos saiam do salão. Obviamente ele estava protegendo-a. De quem? Do ex dela? Dele? Sua vontade era segui-los, mas sabia que havia outras formas de conseguir informações. Seu olhar vagou entre Liz e Arthur. Precisava sentir novamente Renata Shaw em seus braços, precisava dançar com ela novamente. Pareceu tão...certo. Tão...familiar.
Matthew ajudou Renata a subir no banco traseiro do carro. Entrou logo em seguida e a abraçou fortemente depois de informar ao motorista que era para ir para a casa da irmã. Ela tremia levemente ao seu lado e percebeu que uma mancha avermelhada estava marcada em seu braço.
- Quem fez isso? – ele perguntou preocupado.
- Tulson. – foi a resposta fraca.
- Aquele bastardo encostou em você com essa força? – ele foi se irritando, mas sabia que teria que aguardar até ouvir a versão completa ou encontrar Christian Tulson em sua frente. Preferia a segunda opção. Melhor socar aquele canalha e garantir que ele se afastasse de sua irmã o mais rápido possível.
- Está tudo bem. Na verdade... – Renata forçou a memória, mas estava cansada e o que mais passava em sua mente era os passos de dança que compartilhou com Príncipe Harry na pista do salão. Sua mente estava enevoada e só a memória da dança parecia real. - ...eu não consigo me lembrar muito bem. Ele queria...conversar comigo. Queria... voltar comigo. – deu uma risada de descrença. – Mas não queria me soltar. Ele queria causar uma cena. Ele sabe que eu odeio chamar a atenção. – Encostou a cabeça no ombro de Matt. – Estou cansada.
- Já estamos chegando na sua casa. Se quiser, pode cochilar um pouco. – ele respondeu, fazendo carinho em sua cabeça.
- Tudo bem.
Passaram-se alguns minutos, mas era visível que Rê ainda não havia pegado no sono. Matthew olhava pela janela, observando Londres enquanto pensava no que faria para proteger a irmã.
- Matt. – a ouviu chama-lo levemente. Logo ela iria dormir.
- Sim, sis?
- Por que o Príncipe Harry me salvou do Christian?
Essa informação era novidade para Matthew. Ele não viu o que acontecera antes. Só viu sua irmã indo para a pista de dança com ele.
- Não sei, princesa.
- E como ele sabia meu nome?
- Ele é amigo do namorado da Rachel, Rê. Não se preocupe. Durma.
- Mas e se... – ela começou a dizer antes de dar um longo bocejo e sentir seus olhos se fecharem levemente, sua voz ficando mais leve e suave a cada palavra.
- E se...? – Matt estava curioso com o que ela falaria.
- E se ele descobrir que eu trabalho no Palácio Real? – ela perguntou, tão baixo, que se o carro não estivesse silencioso, ele duvidaria se tivesse escutado direito. Nesse momento agradeceu que a divisória entre eles e o motorista estivesse levantada e que o intercomunicador estivesse desligado. Não queria o motorista da família contando para a mãe sobre o local de trabalho de Renata.
Percebeu que ela já dormia quando a sua respiração ficou mais profunda e estável e a cabeça em seu ombro pesou um pouco mais.
- Palácio Real, hum? – se perguntou, passando a mão no rosto e pensando no que faria com a informação.
Logo chegaram até a casa dela. Entregou a chave para o motorista e pediu para que ele fosse abrindo a casa enquanto ele a carregava. O seguiu rapidamente para que pudesse colocar a senha do alarme antes que o mesmo apitasse. Colocou Renata em sua cama e logo voltou para a sala, onde o motorista da família ainda aguardava.
- Vou ficar aqui com ela hoje. Pode voltar para a festa para aguardar os meus pais. Muito obrigado Jose. – ele disse, enquanto o acompanhava até a porta da frente, onde a trancou e reativou o alarme de segurança antes de subir as escadas de volta ao apartamento.
Olhou para a irmã que dormia tranquilamente em sua cama. Com todo o cuidado, retirou o vestido que ela usava e colocou uma camiseta velha para que ela ficasse confortável. Os saltos dela já haviam sido removidos há muito tempo. Lentamente tirou as joias que ela estava usando e colocou no porta-joias que ficava no criado mudo. Liberou os cabelos do penteado e colocou o enfeite do cabelo na estante.
- Todo esse trabalho e ela nem bebeu. Capotou de cansaço mesmo. – conversou consigo mesmo, rindo da irmã e a olhando carinhosamente.
Tirou a própria roupa e colocou uma roupa sua antiga que achou no guarda-roupas de Rê. Sabia que era ela quem roubava suas camisetas velhas. Antes de sair do quarto e apagar as luzes, cobriu Renata, que se aconchegou mais ainda na cama e deu um sorriso, perdida em seus sonhos.
Andou até a sala. Sabia que iria dormir ao lado da irmã, mas ainda não estava cansado e sua mente estava à mil com as novas informações que a irmã havia entregue sem querer. Sentou-se no sofá e ligou a TV que ficava no meio da sala, abaixou o volume e se dedicou em deixar os pensamentos fluírem enquanto assistia qualquer besteira que estivesse passando nos canais. Sua meta ali era se distrair. Colocou em um canal qualquer de música enquanto se recostava melhor no sofá. Príncipe Harry ou Christian Tulson? O que faria primeiro?
- Porra Matthew. Pensa direito merda! É sua irmã! – Então ele pegou o celular, mandando uma mensagem para alguns amigos.
Decidiu que o melhor a fazer era se deitar e dormir. Desligou a televisão, que afinal, nem fizera questão de prestar atenção, e voltou para o quarto da irmã. Deitou-se na cama com outro cobertor para si e abraçou a mais velha enquanto fechava os olhos.
- Palácio Real, então... – disse levemente antes de finalmente dormir.
Foi com um saudável chute nas costas que Matthew Shaw acordou cedo naquela manhã de domingo. Resmungou levemente e olhou para trás. Ele estava no canto da cama enquanto Renata, aquela abusada, ocupava a cama inteira. E cada vez parecia que o empurrava mais ainda. Sem se importar com a irmã, a empurrou e voltou a se ajeitar melhor na cama. Como podia aquela criatura minúscula ocupar tanto espaço numa cama king size? Voltou a dormir.
Mas foi novamente acordado, três horas mais tarde com o interfone tocando.
"Céus! Quem é o louco para madrugar num domingo?"
Definitivamente esse louco não atendia pelo nome de Renata, que ao ouvir o interfone apenas se remexeu na cama e cobriu a cabeça com o travesseiro e voltou a dormir.
Rolando os olhos, Matthew se levantou para atender, sabendo que dali, Renata não sairia tão cedo.
- Espero que morra asfixiada. – ele reclamou baixo, saindo do quarto, se espreguiçando levemente e não dando a mínima para o fato de que estava apenas de boxer, depois de ter retirado a camisa enquanto dormia, devido ao calor. Alguém (ele mesmo) havia esquecido de arrumar o termostato antes de dormir, deixando o apartamento aquecer demais. Alcançou o interfone e atendeu, resmungando levemente. – Bom dia.
- Er...É a residência da Renata Shaw?
- Isso. – ele retrucou rolando os olhos, olhando pela janela da sala para o andar inferior, para ver quem estava ali em baixo. Conhecia aquela moça!
- Bom dia! Sou a Liz Thomas. Trabalho com a Renata...? Ela me chamou para vir aqui...?
- Ah! Senhorita Thomas! – Matthew constatou com um sorriso, se lembrando da moça. – Claro! – alcançou o controle remoto que desativava o alarme de segurança e liberou a porta da frente. – Pode subir. Vou chamar a minha irmã.
Ao ouvir a porta se abrindo e o interfone sendo desligado, Liz percebeu que estava encabulada. Aquela voz rouca era do irmão dela? E ele iria vê-la daquela forma? Não havia volta agora, ela pensou enquanto fechava a porta e se deparava com um lance de escadas que levava até outra porta. Subiu cada degrau lentamente enquanto arrumava o máximo possível o próprio cabelo, consciente da imagem que estava passando. E não era de uma mulher extremamente bem-sucedida. Respirou fundo enquanto batia levemente na porta com os nós dos dedos.
- Bom dia! – foi surpreendida com a beleza de Matthew Shaw em seu cabelo bagunçado de quem havia acabado de levantar e seu sorriso amplo.
Mas o que a fez dar alguns passos para trás, desconcertada, foi perceber que o via não apenas com bom humor, mas em toda sua glória de como veio ao mundo. Bem... quase toda glória, já que a cueca boxer preta impedia todo o esplendor nu.
- Uau! – ela piscou repetidamente. Bom dia, de fato. Era o que ela queria dizer.
- Ah! – ele pareceu perceber, finalmente, como estava. – Sinto muito... eu só lembrei agora. Vou... chamar a Renata.
Ele disse rapidamente, indo a caminho do quarto da irmã, com pressa, enquanto Liz entrava no apartamento e fechava a porta atrás de si.
- 8 gominhos... – sussurrou sonhadoramente para si.
Matthew deu um sorriso ao ouvir isso enquanto fechava a porta.
Quinze minutos depois Renata saia de seu quarto, com um vestido leve e um sorriso.
- Bom dia. Me desculpe a demora.
- Tudo bem. Me desculpe chegar cedo demais.
- Não! Está tudo bem. Eu quem dormi demais. – Renata contestou, notando que era quase meio dia. Havia anos que ela não dormia até tarde. Piscou, tentando se livrar do pensamento. – E nós também não combinamos um horário, então qualquer horário era o horário.
- Isso não faz muito sentido. – Liz disse com um sorriso.
Renata a olhou, estranhando. Ela parecia mais... leve.
- O que na vida faz? – perguntou, dando de ombros. Um pouco desconfortável, se lembrando que aquela mulher era sua superior, de certa forma.
Como se lendo os pensamentos dela, Liz deu um sorriso.
- Por favor, Renata. – Disse, testando o primeiro nome da outra. – Eu só sou um carrasco em trabalho. Aqui fora sou comum e normal. Então pode me chamar de Liz, tranquilamente.
- Tudo bem... Liz. – pigarreou envergonhada. – Já tomou café da manhã?
- Na verdade... vim salivando, pensando no Coffee que você comentou.
Renata piscou repetidamente. Aquela mulher à sua frente realmente era Liz Thomas? Ela era tão... amável.
- Então podemos ir tomar um café da manhã lá. O que acha?
- Maravilha! – Liz deu um sorriso de contentamento, que foi retribuído totalmente por Renata.
- E espero – começou uma voz atrás de Renata. – que eu esteja incluso nesse convite de café da manhã.
Matthew saía do quarto de Renata, trajando uma bermuda e uma camiseta. Era visível que eram roupas velhas e gastas, mas ele não dava a mínima. Em sua mão estava uma sacola de lavanderia, e era fácil adivinhar que o terno que ele usara na noite anterior estava ali.
- Claro que não, Matt. – Renata retrucou, cruzando os braços.
- E eu aqui, sendo um bom samaritano e levando o seu vestido para lavar. Por conta da mamãe.
- Não obrigada.
- Nem mesmo como agradecimento por ter cuidado de você essa noite?
- Não.
- E como um pagamento por me manter calado sobre onde vocês duas trabalharem para a família Real?
- Oi? – elas perguntaram juntas.
Liz estava surpresa porque não era exatamente um segredo, mas precisavam ser discretas quanto ao local de trabalho, e principalmente, porque ela sabia como Renata não queria que ninguém soubesse onde ela trabalhava.
- Sis, você fica uma gracinha conversando e dormindo. – ele disse com um sorriso caminhando até a porta, deixando a sacola em cima do sofá. – Vamos? Estou morrendo de fome.
- Mas... – Renata reclamou, o seguindo.
Liz apenas deu de ombros e decidiu seguir os irmãos.
Menos de cinco minutos depois e eles estavam em uma das mesas externas do Coffee, olhando o cardápio em silêncio enquanto analisavam o que cada um iria pedir. Quando Jully saiu, depois de anotar o que cada um iria pedir, Matt se recostou na cadeira e olhou para as duas mulheres.
- Então...
- Então que você vai ficar quieto sobre meu local de trabalho.
- Mas...
- Sem mas. Isso é pela minha segurança e pela segurança da Família Real. – Renata foi incisiva. Geralmente Matthew assumia uma postura de irmão mais velho, apesar de ser o caçula. Então quando Renata agia assim, era preocupante.
- Ok ok ok. Não falo mais nada.
- Ótimo! Vamos nos alimentar, conversar trivialidades e depois você vai embora para que eu e a Liz possamos conversar tranquilamente sem um estorvo como você...
- Eu vou me lembrar do estorvo da próxima vez que você dormir no carro. – ele deu de ombros ao ver suas panquecas chegando, acompanhadas de um prato de bacon e uma xícara gigante de cappuccino. – Isso que é vida! Obrigado Jully! – agradeceu com um sorriso para a moça, que sorriu revirando os olhos.
- Tente não engasgar dessa vez, Matt.
- Pode engasgar à vontade, Matt.
- Respeito morreu cedo hoje. – ele retrucou para a irmã.
- Morreu asfixiado. Me salvou. – ela deu um sorriso, mostrando que estava acordada na hora que o interfone tocava.
- Maldita.
Liz observava essa interação entre os irmãos com um sorriso, cortando pequenos pedaços de sua omelete.
Conversaram trivialidades sobre o tempo, as Olimpíadas que haviam sido na cidade, naquele ano, economia...Até que Matthew terminou de comer e se levantou.
- E agora eu as deixo, com lágrimas nos olhos, livres para terem sua conversa de menininha. – se abaixou e deu um rápido beijo na mão de Liz. – Foi um prazer te rever, senhorita Thomas. – deu um beijo na testa de Renata. – Até mais, maninha. Vou passar no seu apartamento e pegar as roupas. Jose já está chegando para me buscar.
- Precisava mesmo ligar para o motorista da mamãe para te buscar?
- Claro! E o pagamento da hora extra vai sair do bolso dela. A velha Becky Shaw tá precisando gastar um pouco do dinheiro dela com os filhos.
Renata rolou os olhos e abanou a mão para o irmão que saia do Coffee e entrava em sua casa.
Liz franziu o cenho. Até motorista da família à disposição eles tinham. Até que ela não se aguentou mais.
- Quem é Renata Shaw?----
N/A: Mil desculpas pela demora. A verdade é que eu não estava bem, então atrasei com a escrita. O que atrasou a postagem.
De qualquer forma, estou de volta e semana que vem eu posto o capítulo 8!
Qualquer coisa, vocês podem entrar no grupo do Facebook de Efeito Morphail. Lá eu estou sempre postando curiosidades e spoilers. O link está no meu perfil!
Até a próxima semana!
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Efeito Morphail
RomanceO Efeito Morphail é o princípio descrito por Michael Moorcock como a viagem no tempo limitada, de modo que paradoxos não sejam possíveis. A Viagem no Tempo pode ser interessante, mas complexa quando acontece em momentos em que se torna difícil para...