Meg
Oque deu na minha cabeça de passar meu número para ele? Eu nem o conheço. Talvez, se não fosse a pressa em socorrer a Marie isso não teria acontecido.
Mas oque mais me intriga é saber, oque ele quer comigo?
Chego rápido na casa da Marie, e entro, subindo as escadas. Ela me ligou por que caiu no banho com a perna engessada e estava sentindo muita dor sem conseguir levantar.
Entro no banheiro, e encontro ela deitada no fundo da banheira, com os olhos lacrimejados.
- Ei, pronto. Cheguei, desculpe a demora.
-Tudo bem Meg, eu liguei pro Sam, mas ele não atendeu, ainda bem, por que seria constrangedor ele me encontrar pelada numa situação dessa – Disse ela rindo
- Como você pode rir numa situação dessa?
- Estou tentando ignorar a dor. Vem, me ajuda a sair daqui.
- Claro.Depois de tirar Marie da banheira, ajudar ela a se trocar, chamamos uma ambulância.
Chegando no hospital, ela foi rapidamente atendida. Como quebrou a perna a pouco tempo, era perigoso machucar ainda mais.
Entrei no quarto onde ela estava, sentada numa cama.
- E ai, tudo bem? Passou a dor?
- Sim, na verdade está um pouco dormente. – Diz rindo – Agora, me diz, oque aconteceu?
- Como assim?
- Você está bem aérea hoje, na ambulância eu falava com você e parecia que estava em outra galáxia.
- Foi impressão sua, eu estou normal.
Quando eu termino de falar, Carly aparece na porta do quarto.
- Como você esta? Desculpe não ter vindo antes, tive que ficar na biblioteca procurando uns livros para a prova.
- Tudo bem! Eu acho que estou bem, me deram uma injeção e eu não estou sentindo nada. Mas e ai, como anda você e aquele carinha gostosão?
- Que carinha? – Pergunto confusa.
- Um carinha que eu conheci numa festa, tem 26 anos e é um gato, – Disse, pegando o celular e mostrando uma foto dele. – a gente saiu esses dias. E nem vem me xingar, dizendo que eu não contei, porque você andava com a cara enterrada nos livros dentro do quarto. – Diz bufando.
- Tudo bem. Eu ando muito estressada com isso.
- Falando em carinha gostosão, eu ouvi na biblioteca que o tal do Theo e você estavam conversando no estacionamento. Oque ele queria?
- Eu não sei, ele ficou de me ligar. Não pude falar aquela hora, porque estava preocupada com a Marie.
Olhei para as duas que me encaram chocadas, como se eu fosse um monstro de duas cabeças.
- Oque foi?
- Como assim te ligar? Não me diga que vocês vão sair? – Pergunta Carly.
- Não, lógico que não. Eu só passei o número porque me pareceu que ele queria falar sobre algo sério, mas eu estava com muita pressa. Eu não teria a passado meu número para um desconhecido se não achasse importante.
- Um desconhecido não é? Oque será que ele quer com você? – Pergunta Marie.
- Bom, só vou saber quando ele ligar.
E por ironia, meu celular toca. Levanto para pega- lo, mas Carly é mais rápida que eu.
- Oque você está fazendo, me dá ele aqui?
- Eu vou colocar no viva voz, nem pense em tirar mocinha.
- Mas é claro eu que eu vou ti...
E ela atende o celular.
- Alô, Srta. Lancaster? Aqui é Theo Geller. Você disse que poderia ligar esse horário. Então, bem... Eu liguei.
Vi Carly e Marie dando uma risadinha, e peguei o celular.
- Olá Sr. Geller. Pode falar. Oque gostaria de conversar comigo?
- É sobre uma proposta de emprego, mas não gostaria de falar pelo telefone. Gostaria de jantar comigo hoje para conversamos sobre o assunto?
Jantar? Mas eu mal o conheço, mesmo que seja sobre trabalho, não acho uma boa idéia. Mas por outro lado, ele disse que era sobre emprego, e no momento isso me interessa muito.
- Desculpe Sr. Geller, já tenho compromisso para hoje a noite. – Minto.
- Entendo, então tudo bem. Quando estiver livre me ligue, e marcamos. – Ele disse, e eu senti um pouco de raiva na voz dele.
Olhei para Carly e ela disse bem baixinho para eu chama-lo para um café.
- Ahn... Mas estou livre o resto da tarde, podemos nos encontrar e tomar um café. – Disse tentando não demonstrar ansiedade.
- Claro, seria ótimo! Onde prefere que nos encontremos?
- Pode ser no café da rua doze com a nove. Às 17h00 tudo bem?
- Ótimo, nos vemos as 17h00 então Srta. Lancaster, até mais!
- Até!
Desligo e encaro as duas, que me olham de um jeito estranho.
- Vocês duas estão bem? Porque me olham assim?
- Meg, está na cara que não é só por causa do tal emprego que ele quer te ver. – Carly diz. – Eu vi o jeito que ele te olhava na escola.
- Que jeito? – Pergunta Marie.
Escuto as duas falando mas começo a vagar, pensando que proposta de emprego seria essa. Olho no relógio, e vejo que já são 16h15.
- Ok, chega vocês duas. É só um encontro profissional. Carly você leva a Marie para casa, eu tenho que ir embora. – Olho para a Marie, que está sentada na cama ainda. – Eu passo mais tarde na sua casa para te ver ok?!
- Tudo bem amiga, Sam vai gostar de ver você lá. A gente pede uma pizza.
Me despeço das duas, e saio.
Chegando em casa, vou direto para o banho. No chuveiro fico pensando naquele olhar, oque será que o atormenta?
Saio do banho, e sinto muito frio, vou até a janela e vejo que o tempo mudou radicalmente, terei sorte se não tomar chuva no caminho. Vou ao closet, pego uma calça jeans clara, uma blusa de manga longa preta, um pouco decorada na frente, que a Carly me deu, ela diz que realça meu colo. Pego um casaco preto lindo que fica realça minhas curvas, que foi presente dela também, uma bota longa preta com um salto.
Me estranho, normalmente essas roupas ficam guardadas no fundo do closet, não costumo usar. Mas hoje tive vontade.
Me visto, vou ao espelho passar um creme no rosto, seco o cabelo deixando ele mais liso, passo um batom vermelho matte. Estou pronta. Olho no relógio e faltam apenas dez minutos. Droga, vou chegar atrasada.
Pego as chaves da moto, capacete e saio.
20 minutos depois eu chego no café, e vejo ele sentado numa mesa perto da janela, de repente ele me olha e sorri. Sinto um frio na barriga. Céus, oque está acontecendo comigo?
Mais um capítulo
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Beijos
- Nayara
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Tempo de Recomeço
ChickLitEla tem medo de ser feliz, e o desejo de se vingar de quem a deixou assim a tortura dia após dia. Será que algo ou alguém, vai poder mudar isso?