Capítulo 2

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Theo

Mais um dia cansativo na empresa, chego em casa e a tristeza bate forte no peito, as lembranças vem a mente, do jantar, da bebida, da dança, do acidente, hospital, o barulho do monitor cardíaco, anunciando que ela partiu, meu desespero, meu choro, o enterro. E principalmente a culpa que me assola a cada dia que passa.
Meu nome é Theo Geller, tenho 26 anos, sou dono da Geller Publish, uma empresa de publicidade, que trata de assuntos sociais. Sou um homem realizado em tudo menos no amor, a mulher que amava, por uma irresponsabilidade de um bêbado, foi morta, e hoje em dia eu não tenho vontade de ter mais ninguém na minha vida, ninguém vai substituir minha Alice.


Acordo com o despertador, 6h40, hoje saio mais cedo, tenho uma palestra na universidade de um amigo dos meus pais, a Seattle University. Tomo um banho, coloco uma roupa, não muito social, afinal, não é nenhuma reunião de negócios. Vou na cozinha, tomo uma xícara de café, pego minha bolsa, não achem estranho eu usar uma bolsa, e não sair engravatado, uso oque é confortável, apesar de ser é um CEO, o meu foco não é o dinheiro, poder, ou fama, pra falar a verdade, não saio em revistas, ou dou entrevistas, odeio isso. O foco da minha empresa, é ajudar as pessoas, dar voz ao povo. Quando saio na rua, ninguém me reconhece, a não ser quem é fã do meu jornal, fora isso, posso passar despercebido por onde quer que seja.

Pego o elevador, e saio na garagem, vou direto na minha Land Rover preta, que é um dos poucos luxos que me permito ter. Entro, coloco uma música e vou em direção a Universidade.
Chegando lá, estaciono o carro, e vários rapazes olham admirados pra ele, e pra mim. Isso acontece muito, as pessoas se perguntam como alguém tão novo pode ser rico e ter tudo. Eu sempre digo que dei sorte.

O reitor da Universidade já me espera, conversamos um pouco, e entramos no corredor. Dentre todos aqueles alunos, aqueles olhos verdes não passaram despercebidos por mim, não sei porque, mas não consegui escutar mais nada que o Sr. Adam estava falando, so conseguia prestar atenção naquela menina, linda. Parecia um anjo. Tentei não olhar, não sei oque deu em mim, mas foi mais forte que eu. E aí ela me olhou, e não consegui evitar a surpresa quando ela desviou o olhar, e corou ao perceber que eu ainda a observava. Perguntei ao Sr. Adam quem era ela.

- Vamos lá, vou apresentá- los.

Ela pareceu surpresa ao saber quem eu era. E após o reitor dizer que ela era um escritora ótima, ela corou, e foi uma das coisas mais lindas que eu já vi. Não consegui evitar de pensar como seria beija- la. E sorri.

Quando nos despedimos, queria ir atrás dela, mas eu só podia estar louco, devia estar confundindo as coisas, “desculpe Alice, não tem ninguém que vá ocupar seu lugar, eu só posso estar fora do meu juízo”. Voltei ao meu estado normal, e segui o reitor. Ele me mostrou umas escritas de Meg, e realmente ela tinha um talento nato pra escrever. Seria ótimo ter ela trabalhando na minha empresa, seria uma boa profissional.

- Sr. Adam, você acha que a Meg se interessaria em trabalhar comigo? Estou precisando de alguém pra trabalhar temporariamente na diretoria do jornal.

- Mas que maravilha Theodore, ela adoraria, acredito eu, ela já disse várias vezes que é fã da Geller. Seria uma ótima oportunidade. Ela merece.

- O senhor a conhece bem?

-Sim, Meg já sofreu muito no passado, perdeu o pai. É uma menina de ouro. Se você soubesse tudo oque ela passou, meu filho.
Fiquei curioso em saber oque havia acontecido com uma mulher linda como ela.

E pensei em conversar com ela, e lhe dar uma oportunidade na empresa que está um caos sem uma diretora, vai ser temporário se ela aceitar, depois eu coloco ela num cargo mais baixo, assim que conseguir um profissional.

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