Capítulo 5

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Meg

Minha cabeça esta explodindo, é um turbilhão de sensações. Como ele pôde me beijar assim? E pior ainda, como eu pude retribuir?

Saio com a moto em disparada, deixando-o na frente do café sozinho. Não sabia para onde ir, então lembrei que disse a Marie que a veria depois do café.
Fico tão distraída em pensamentos que quase saio  da pista. Tomo um susto com as buzinas dos carros atrás de mim. Concentre -se Meg.

Chego na casa da Marie, e quem me atende é o Sam.

- Oi amore mio, Marie disse que viria. – Disse me abraçando. – Entra.

Entrei e coloquei meu capacete e chaves no balcão da cozinha.

- Ela está acordada?

- Não, ela tomou outro remédio para dor, e acabou dormindo. Mas nem pense em ir embora, vamos pedir uma pizza e conversar. – Deu aquele sorriso sapeca.

- Tudo bem.

Ele pegou o telefone e discou algum número.

- Qual sabor Meg?

- Tanto faz, nem sei se vou comer. Você escolhe.

Ele me olhou com uma cara preocupada, pediu a pizza, seu deu as informações e desligou.

- Tudo bem, oque aconteceu?

- Nada, porque?

-Nada? Olha sua cara, está distante. E nem adianta querer fugir, eu te conheço muito bem para saber quando mente.

Suspirei, vencida. E contei à ele tudo oque aconteceu. Ele prestava atenção, concentrado. Quando terminei ele apenas me encarava.

- Não vai dizer nada Sam?

- Primeiro, Wooow. Segundo, nossa.

- Para de brincadeira Sam! – Disse irritada. – Eu não sei oque dizer ou fazer.

- Meg, você nunca deixou ninguém te tocar direito, até para um abraço você as vezes trava. Lembra quanto tempo demorou para você deixar eu te dar um beijo no rosto? – Fiz que sim com a cabeça. – Então, isso era preocupante, já se passou sete anos desde que aquilo aconteceu. Você tem que estar feliz por conseguir beijar alguém sem começar a chorar de medo. Você ter conseguido beijar esse cara só pode significar duas coisas: A primeira é que o seu trauma tenha passado, e você agora percebeu que os homens não são iguais aquele homem que te machucou, e ai percebeu que pode se relacionar com alguém.

- E qual a segunda Dr. Sam? – Perguntei irônica

- A segunda é que a atração que você sentiu por esse cara, foi maior do que o seu medo. – Disse sorrindo.

- Impossível, eu não tenho atração por ele.

Meu celular vibrou, e no visor estava o número do Theo, que eu salvei mais cedo quando ele ligou. Abri a mensagem. Ele me perguntando se estava tudo bem, e que aquilo não iria se repetir. Não? Será que ele não gostou do meu beijo? Oque?. Resolvi responder, tentando não mostrar o quanto estava confusa com aquilo.

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