Eu não me sinto bem. É como se gritasse no vaco. Parece com o silêncio que é tão frágil quanto meus pensamentos nesse momento. Eu me sinto como em uma infinidade de cores eu não fosse capaz de decidir uma. Tenho a impressão de que nada mais vai me fazer sentir viva de novo. Tenho em mente que o silêncio que me assombra também me consola, me olha de canto e diz que vai passar.
Sinto como se o vento tivesse congelado meus ouvidos e que o cheiro das coisas perderam o sabor em dizer que são reais. Tenho dúvidas que nunca serão respondidas, nem pelos maiores sábios do mundo. Me vejo dançando no escuro, sozinho, errando os passos e caindo.
Vejo as lágrimas de mim saindo, mas não as sinto. Consigo ouvir as folhas das árvores caindo sobre mim, mas quando tento pega-las no ar não consigo. Me sinto no vazio do mundo em meio a um abismo que some, quando eu abro os olhos e, me encontro sentada a mesa olhando para o mundo sem direção alguma. Vejo uma mão me tocar, mas não consigo a encontrar. Sei que posso estar apenas jogando palavras no tempo, mas afinal, o que me faz não sentir nada e ao mesmo tempo sentir tudo?
Ver a cor do sol e não poder sentir seu calor. Ouvir minhas lágrimas caindo mas não poder sentir seu gosto. Sorrir e não me sentir assim. Apenas tentar esconder de mim o vazio que eu me encontro.
Mas tudo isso que foi dito não se aplica quando algo me machuca. Quando dizem coisas sobre mim sem nem saber quem sou. Nas horas em que olham em meus olhos e vêem sua cor e, acreditam que sabem tudo. Que ouvem uma mensagem divina dizendo que eu sou demais pra tudo isso. Por conta da cor do meu cabelo, o estilo da minha roupa, do som que é produzido por esse maldito grito abafado, pelo tom que se encontra meus olhos, por alguns sentidos mal formulados em mim que me fazem sentir como um mundo inteiro partido em pedaços extremamente pequenos. Isso é tudo sobre a cor dos meus olhos, não sobre a cor que vocês enxergam. Esse tipo de coisa grita feito louco em sussurros estridentes que você não sabe quem eu sou. Isto não quer saber meu nome, meu endereço ou tudo que já vivi, isso só quer dizer ao senhor que é melhor que eu. E eu só quero dizer a você que eu me lembro de suas palavras, e quero falar que elas podem machucar.
Mas tudo bem, porque no final sabemos quem você vai culpar. Eu sinto muito por você não poder olhar. Eu sinto muito por eu não poder sentir. Tenho medo de me lembrar, porque as pessoas simplesmente conseguem piorar a sensação de estar em meio ao silêncio. Elas sentem e dizem, ouvem e o conteúdo sai pelo outro lado. Não absorvem nada mais do que a nossa a felicidade.
E o problema real disso tudo é saber, que o que me incomoda mesmo não é você, sou eu. Sou o que não sinto. As coisas que apenas imagino. A vida que tenho em minha mente e, meus sonhos tão frequentes que podem ser ditos descrentes. Eu não me importo com o que você acha que é o meu vazio. Eu me importo com o que eu sei que é o meu vazio.
Nota da autora:
Olá mundo, como vai você?! Bom, esse texto com certeza é um dos mais loucos que eu já escrevi em toda minha vida. Algumas partes não fazem sentido nem pra mim no primeiro instante, mas depois é como se as letras mostrassem o que querem dizer. Então, se vocês gostaram disso aqui não esqueçam de votar no capítulo e mandar pra ser amiga!
Beijo e até a próxima vez que eu não conseguir dormir a noite e uma coisa assim sair!
Beatriz.
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Coisas Estranhas Da Minha Mente.
Документальная прозаJá parou pra pensar que as vezes dizemos coisas que não estavam em nossos planos, pensamos em atitudes cruéis e nós nos importamos com coisas não importantes. Já parou pra observar como perdemos tempo, como perdermos a nós mesmos. Já pensou na pos...