Sobre os ossos (Parada)

6-Adeus

Ela grita, chora e implora que pare,  Primeira está sendo torturada por uma mulher que pergunta se ela sabe algo sobre o enigma da cura ela diz que não sabe, de algum jeito ela descobriu que a Primeira desvendou o enigma,a questão é como ela soube? , estão assim a horas com o mesmo interrogatório,  grito mandando que parem de machucar minha amiga, passaram se horas, não tenho mais voz,  eu não sei ao certo, os gritos dela foram substituídos por gemidos, a mulher grita irada

-já chega ela nunca dirá nada!!-me arrepiei com o tom de voz dela,  vai matá-la, esmurro a porta gritando com o pouco de voz que me resta pra que não faça isso, antes de partir, escuto a voz de Primeira abafada  sussurrar

-Adeus-não, não se despeça pensei...

 Não ouvi mais nada, até que abriram a porta onde a minutos atras eu esmurrava, correndo e me encolhendo num canto, entre os ossos, entrou um homem forte e muito alto, ele estava segurando algo, jogou seja o que for em uma pilha de ossos e trancou a porta de novo, fui ver o que era,  uma garota, não respirava, juntei os pontos a unica que poderia ser,  ha não Primeira, chorei por ser a primeira vez em que vi o rosto dela foce e assim pois em todo esse tempo eu só ouvi a voz dela, chorei por perder minha unica amiga, chorei por saber que em breve ela seria apenas mais um daqueles ossos que me rodeavam, e agora sem ela eu estava perdida, eu não sou a pessoa certa pra guardar todas as informações que ela me deu remédio, cura, isso é muita coisa para mim, muita responsabilidade, chorei tanto que dormi, mas nem nos sonhos eu tinha descanso pesadelos me assombraram durante a noite, sobre a morte de Primeira e que eu séria a próxima ou pior eu ficar aqui a vida toda sozinha,  foi uma das piores noites que eu tive.