4-A primeira

42 16 3
                                    

Olhando melhor para o espelho percebi que eu não sabia nada sobre mim mesma, eu odeio não ter certeza de nada, me sinto sempre tão confusa.
Ouso um barulho ele vem da sela ao lado pelo pequeno cano que eu havia encontrado tentei olhar, mas não conseguia ver nada,me abaixei e coloquei minha boca perto do cano e então gritei
-Ei tem alguem ai?!!-não ouve nenhuma resposta de imediato,  mas logo uma voz fraca disse
-estou aqui...ainda estou aqui- fiquei  confusa, pois até então eu estava sozinha
-Quem é você? -perguntei querendo saber mais sobre minha nova "companheira" 

-Eu não me lembro, mas você pode me chamar de primeira-afinal de contas eu não era a unica que não se lembrava de onde vim.

-An...Você sabe que lugar é esse?-eu perguntei

-Mas é claro -ela disse com uma risada amargurada e continuou
-Estamos no andar de tortura,da Sociedade  de Porcelana.-isso explicava os gritos agonizantes que eu sempre ouvia,então eu perguntei
-O que é a Sociedade de Porcelana?-esperei que um pouco, ela suspirou e por fim me explicou o que era e o que faziam, senti muita pena dos
Banbolos, mas eu não entendo por que eu estou aqui em baixo

 -por que você esta aqui? -perguntei, eu ainda tenho milhares de pergunta a fazer, ela respondeu

-Eu sou um ingrediente para os remédios que fazem os bambolos. Eu sou uma parente direta da primeira bambola a que começou tudo e meu sangue é preciso para fazer o remédios ou seja sem mim a Sociedade de Porcelana acaba- fiquei surpresa.                                                                             -pelo menos acabaria até descobrirem como substituir meu sangue por algo mas produtivo, agora eu sou descártavel, não importa morrerei em breve sem dúvidas- ela terminou dizendo,ela diz com tanta frieza a situação dela

-Não entendo, como diz isso assim?e quem é a primeira?-eu questionei ela
-Eu só disse a verdade não a nada que posso fazer pra mudar isso. A primeira ela tem uma historia longa, talvez depois eu te conte- ela murmurou
-Você não deveria aceitar seu destino assim. Esse lugar é horrível.-Eu disse 

-Então acabe com ele.- ela murmurou  

-Como eu faria isso?-sussurrei de volta, é impossível eu não consigo sequer sair daqui, entretanto ela falou confiante 

-Ai está a pergunta de ouro, como eu disse sou um dos ingredientes se eu te disser todos eles você terá a receita das pilulas e saberá como acabar com ela -nas horas seguintes ela me fez decorar a composição do remédio, era complicado mas eu aprendi, só por eu ter essa informação eles poderiam me matar e matariam se soubessem...


Desculpem tive que substituir o capítulo, porque acidentalmente postei o rascunho errado.

Sobre os ossos (Parada)Onde histórias criam vida. Descubra agora