Henry não sabia se a fúria era direcionada a ele, mas se lembrou da surra que seu time deu no time de Tyler, e se a situação fosse outra, Henry riria. Henry olhou para o lado, e viu a silhueta de Amélia saindo da porta, e não percebeu que o punho de Tyler estava a centímetros de sua face, e foi então que a mão se chocou contra a maça do rosto do garoto. Ele sentia uma dor alucinante em sua bochecha, Tyler o socava repetidamente na barriga, henry conseguiu dar-lhe um soco na boca da qual sangrava agora, mas isso não o impediu de continuar golpeando Henry.
Foi então que o garoto fechou os olhos, pronto para desviar dos socos de Tyler, mas isso não foi necessário, quando henry abriu os olhos viu Amélia correndo em direção a Tyler com um olhar furioso em seu rosto, e em um piscar de olhos, os pés de Amélia afundaram no rosto de Tyler, fazendo com que ele fosse ao chão. Amélia gritou para a multidão que jazia a volta do garoto :
- Vão embora, já presenciaram demais hoje, vamos, se retirem!
E assim os demais a obedeceram e se dispensaram, junto a eles Tyler também foi, com o rosto encharcado de sangue. Então Henry parou para olhar Amélia, seu cabelo havia bagunçado um pouco, mas ela estava mais linda do que da primeira vez que henry a havia visto, sentiu vontade de beija-la naquele instante, mas suas divagações se dispersaram rapidamente, quando viu a garota se ajoelhar na sua frente, tocar-lhe e acariciar a bochecha ferida, Henry sentiu seu coração se contrair ao ver o sorriso que a garota lhe deu, um sorriso somente para ele.
***
Amélia se enfureceu quando viu aquela cena e não conseguiu se segurar. Ela não se importou com o que as pessoas iriam pensar dela, e por mais que talvez em algum momento ele fosse negar, Henry precisava de sua ajuda. Depois da briga terminar e Amélia ter dito para aquelas pessoas se retirarem, ela olhou para o rosto do garoto da qual já avia conquistado boa parte de seu coração. Amélia foi ao encontro de Henry, e acariciando sua bochecha, que estava escorrendo sangue, ela, sem saber o porquê, lhe deu um sorriso.
- Venha, vamos para a enfermaria. - ela disse. Fazendo Henry dar lhe um sorriso.
- Obrigada Amélia por me ajudar,sério mesmo. Mas agora vá para a sua sala, por favor, não quero que você se meta em encrenca por minha causa. - ele disse, abaixando a cabeça.
- Não mesmo. Seja um bom garoto e venha. - ela disse, estendendo-lhe a mão. Ele, sem retrucar, segurou na mão de Amelia e se levantou.
Os dois caminhavam juntos em direção á enfermaria, que não ficava muito longe do local da briga, Amélia não percebeu, mas ainda estava de mãos dadas com Henry, e não queria soltá-las, de maneira alguma deixaria que a mão de henry se desprendesse da sua, mas era preciso, não poderia deixá-lo domar seu coração, não agora, então lentamente foi soltando a mão do garoto, e percebeu alegremente que já tinham chegado a enfermaria.
Ao passar pela porta, Amélia logo percebeu que não havia ninguém la, então ela pegou o kit de primeiros socorros e começou a limpar as feridas de Henry. Ela não era melhor naquilo, mas estava fazendo os movimentos como se já tivesse feito isso milhares de vezes. Amelia se perguntou o que estava passando na cabeça do garoto naquele momento, pois ele não falava nada, apenas a observa.
***
Não havia ninguém na enfermaria, então Amélia foi quem tratou de suas feridas, ele apenas a observava, cada movimento, aquela garota mexia em suas feridas tão delicadamente, que Henry estava fascinado. Ele então achou melhor dizer algo logo, antes que ela achasse estranho:
- Então, onde você aprendeu a fazer isso? - No instante em que ele perguntou isso, ela terminou de passar o pano cuidadosamente nas bochechas rosadas do garoto que já estavam completamente isentas de sangue.
- Ah, eu me machucava um pouco nas aulas de luta que faço, aí eu fiz uma pesquisa, e pronto.
- Eu estou impressionado.
E ele realmente estava, aquela garota era incrível, totalmente independente.
- Obrigada! - ela agradeceu tímida.
Ele a tocou na bochecha, e a garota teve que olhar em seus olhos, aqueles lindos olhos azuis-violetas.
- Não, eu que agradeço.
Como Henry queria saber o que se passava na cabeça de Amélia. Queria saber se ela o queria como ele queria ela.
Ele iria beija-la, não poderia se segurar, ele foi se aproximando, sua respiração se encontrava quente o ofegante no rosto de Amélia e já estava a centímetros dos lábios da garota, quando a porta da enfermaria se abriu.
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Além das barreiras do coração
RomanceAmélia é uma garota comum, mas não igual as outras. Já sofreu com o amor, não era verdadeiro, Amélia supunha, porque se fosse, bom, não teria acabado. Mas o verdadeiro amor está á caminho do coração da garota, e fará com que ela experimente coisas q...