Nietzsche tem sempre razão

68 30 23
                                    

A vida é uma procura
E a filosofia foi a cura
Da minha loucura
Tales e o Taoísmo
São a base do meu liricismo
Pitágoras deu-me a matemática
Enquanto os ensinamentos de Buda coloco em prática
Confesso que fiquei confuso
Mas Confúcio, me ensinou tudo
Ser fiel aos meus princípios
Mas então Sócrates, diz que nada sei
E durante anos chorei
Preso numa caverna mental
Com medo até das sombras
Só que Platão me ajudou
Até que chegou o dia que Aristóteles me libertou
Queria ser livre como Diógenes
Mas não fui suficiente grande
Para dizer não, a Alexandre
Então de Agostinho fui atrás
Até conheci Moisés
Mas só a Averróis, fui fiel
E foi em Roterdão
Comendo um bocado de Bacon
Que tive conhecimento de Maquiavel
E vi, como o mundo era cruel
Montaigne, me disse para não ir atrás da fama
Essas palavras nunca descartei
E como Descartes, eu sei
Que o homem é uma máquina
Que só existe, porque pensa
Então como Pascal imaginei
Que conheci o rei
E nas palavras de Espinosa me encontrei
Tive mais experiências que Jonh Locke
E mais dúvidas que Voltaire
Esse hábito foi meu guia
Mas ainda me sentia acorrentado
Até minha alma negociei
Perdido no meu mundo interior
Kant me puxou, a mente não tem género
E sobre a filosofia, eu filosofei
E a única realidade que encontrei
Foi que neste poema, nenhuma mulher citei
Isso me deixa mais pessimista que Schopenhauer
Eu queria que a humanidade fosse como Marx
E abrasar-se todas as classes
Mas Nietzsche, tem sempre razão...

Elixir 3Onde histórias criam vida. Descubra agora