Elixir 3

Desculpa esse poema

Não estou aqui para quebrar paradigmas
Ou dogmas, talvez seja um hipócrita
Mas a vida é caótica, e eu procuro lógica
Pois não vejo sentido, e isso me deixa sentido
Pensando no dia que não houver batimento
Queria parar o tempo, e viver eternamente todos os momentos
Mas eu ignoro as estrelas, preocupado com meu mundo interno
Desenho no meu caderno, enquanto espero um tsunami, que me dê anime
Vivo nessa pseudo ilusão, que um dia vou ter salvação
Mas para o barqueiro ofereço poemas, ele deseja moedas
Até aí, eu tenho que suprimir, quem mandou só saber escrever
Meu medo sempre foi ficar sem ver, e eu nunca vi
Apenas observei e sempre me enganei
Amei o abstracto e quis viver em concreto
E se a vida for um loop ou um post no facebook?
Vais curtir e repetir ou se queixar e reclamar
Sinceramente não sei a resposta, já vivi a cem
Hoje sou ninguém, apenas uma falsa promessa
Mas cumpro minha palavra, até ser um cadáver
Desculpa esse poema, sei que não vais entender
O conteúdo não quis subentender, ele sai como a água da nascente
Fria e pura, as pessoas estão acostumadas
A ser enganadas, e eu falo a minha verdade
Aquilo que acho realidade, sem saber nada na realidade