Dilúvios

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Quando escrevo sobre o lixo
Que é a nossa sociedade
Eu não o faço, com leviandade
Muito menos com superioridade
Sei que sou ninguém, e também
Não faço pretenções de ser alguém
Apenas passo a visão
Daquilo que vê o meu coração
Penso, que é isso que falta as pessoas
Observar, não só as coisas boas
O mundo não é um programa de televisão
Temos que deixar de ser comandados
E alienados, sinceramente eu não percebo
Como em pleno século vinte um
No Brasil, exista favelas
E o porquê de em Portugal
Os idosos, serem deixados ao abandono
Só temos uma vida
E vivemos como se fossemos eternos
Nunca eu ia dar minha vida por uma guerra
Mesmo sendo justa, porque eu acho justo
Viver uma vida digna, em paz
Quando morrer, ninguém sabe para onde vai
Mas eles vendem o sonho
De que se viveres segundo as regras deles
Realmente vais ser feliz, quando tua alma partir
Para mim, esse é o maior dilúvio dos dilúvios
Já que com apenas uivos, esses lobos
Matam, a nossa liberdade

Elixir 3Onde histórias criam vida. Descubra agora