Segredo Irresistível (CONCLUÍDO)

Capítulo 20

Acordo na cama do Sebastian e lembro de todos os momentos da noite anterior.Me levanto atrás das minhas roupas, mas lembro que está tudo lá em baixo. Vejo um roupão branco sobre uma poltrona no fundo do quarto, vou até lá, pego e visto. Desço as escadas, sinto cheiro de café fresco e vou até a cozinha, lá encontro com o Sebastian que já está de terno e impecavelmente arrumado e cheiroso, enquanto eu estou com os cabelos desgrenhados e descalça. Ele parece nem se importar com minha aparência.

- Café? - ele pergunta pegando uma xícara no armário.

- Humrum - falo passando as mãos em meus cabelos.

Ele coloca café na xícara e em seguida me estende-a. Pego e bebo o café. Passamos alguns minutos nos olhando. Corto nosso contato visual me levantando e caminhando até a sala quando chego lá não encontro minhas roupas no chão.

- Sebastian, onde estão minhas roupas? - pergunto voltando a cozinha.

- Na lavadora. - fala tranquilamente.

- E como você acha que eu vou sair daqui? De roupão? - pergunto com ironia.

- Não. Tem roupas pra você no banheiro do meu quarto. Se você tivesse entrado lá iria saber. - ele diz, e fico com raiva de seu tom autoritário, mas não faço nenhum comentário.

Subo as escadas e caminho de volta ao quarto do Sebastian. Entro no quarto e vou em direção ao banheiro, lá vejo uma roupa que estava na minha casa. Um terninho branco com saia rendada. E um conjunto de lingerie e sapatos pretos. Como o Sebastian conseguiu essa roupa? Lembro pra depois perguntar a ele. Vejo uma escova de dentes e um pente de cabelo no armário do banheiro. Escovo os dentes e tomo um banho rápido.
Me enrolo no roupão e me seco. Visto a lingerie e logo em seguida o terninho e os saltos. Penteio os cabelos e faço um coque. Quando termino desço as escadas e encontro Sebastian na sala de estar, quando ele me vê se levanta.

- Vamos? - pergunta e concordo.

Saímos do apê e Sebastian tranca a porta de entrada.
Caminhamos até o elevador. Entramos e Sebastian aperta o botão do primeiro andar. Quando o elevador se fecha ele me beija me pegando desprevinida, em seguida retribuo o beijo, ele aperta minha bunda com as duas mãos. Quando a porta do elevador se abre o Sebastian me solta e sorri, sai do elevador me deixando sem fôlego ele olha para trás e me vê ainda ofegante dentro do elevador.

- Vamos Parker. - ele fala dando um sorriso malicioso.

Saio do elevador tentando acompanhar os passos rápidos do Sebastian. Seguimos para o estacionamento do prédio chegando lá ele entra no carro dele e eu entro no da Marina.
Ligo o carro e dou partida, saindo do prédio, logo vejo Sebastian fazer o mesmo.

Fico imaginando se aquela foi a coisa certa a se fazer quando aceitei a proposta do Sebastian. Esse lance sempre acaba sobrando pra o lado mais frágil, nesse caso caso sempre é a mulher, mas eu não vou me apaixonar pelo Sebastian, até porque ele já deixou bem claro que não quer nenhum tipo de compromisso, nem eu.

10 minutos depois estaciono o carro em frente a Parker Enterprise. Nossa, como da casa do Sebastian pra cá é rapidinho.

Desço do carro e entro na recepção da empresa, até porque alguém pode desconfiar se ver o Sebastian e eu chegando juntos.
Pego o elevador e vou para a cobertura. Quando chego lá a Maria já chegou e me cumprimenta. Peço pra ela vir na minha sala me passar os compromissos da manhã.
Ela me diz que eu e o o Sr Jones, temos uma reunião com todos os diretores da empresa as 10:00.
Peço para ela imprimir os documentos pra reunião. Fico lendo algumas propostas que meu irmão me enviou por email. Alguma coisa está acontecendo com ele, ele está distante de mim, nós éramos inseparáveis. O que será que está acontecendo com meu irmão? Só daqui a três semanas pra mim descobrir.
O telefone da minha sala toca e atendo.

- Srta Parker, o sr Carter está aqui na recepção querendo falar com a srta. - ela diz.

O que o Paul quer?

- Pode mandar entrar, Maria, obrigada. - falo e desligo.

Logo em seguida o Paul entra com uns papéis nas mãos e me cumprimenta.

- Bom dia Paul, está tudo bem? - pergunto.

- Tudo sim, Lizzie, eu só queria te deixar por dentro de tudo que vem acontecendo na sucursal de Nova Iorque, durante esse tempo que você esteve fora. - ele diz.

- Ok, mas está tudo bem com a administração da empresa certo? - pergunto.

- Bom, esses últimos meses, depois de você vir pra cá, eu voltei pra Nova Iorque, você sabe disto, andei reparando no comportamento do Robert, mas de uma forma profissional, Lizzie, seu irmão ta muito deslocado. Tem dias que ele falta na empresa deixando tudo nas mãos de sua secretária, uma pessoa totalmente desqualificada para conseguir administrar uma sucursal do tamanho da que temos em Nova Iorque, esse trabalho não é dela e nem deveria, eu recomendo que você volte imediatamente pra Nova Iorque, pra saber o que está acontecendo, e tomar as rédeas. A venda dos produtos é grande, você sabe, porque o sobrenome de vocês já se vende sozinho, vocês estão muito longe de chegar a ir a falência, mas se o Robert continuar assim, vocês vão chegar lá. Até porque lá é a grande sede da Parker Enterprise. - ele diz.

Estou chocada. Não faço a mínima ideia do que está acontecendo, mas eu não posso pegar o primeiro voo pra Nova Iorque, porque o meu irmão resolveu, brincar de ser irresponsável.

- Paul, eu não sei nem o te dizer, porque o Robert nunca foi assim, mas ele está com o comportamento muito estranho mesmo, até por telefone eu percebi isso, eu não sei nem o que fazer, eu não posso ligar pra ele pra mandar ele tomar um choque de realidade, pois não vai adiantar nada eu fazer isso por telefone. - falo.

- Como eu disse, pegue um voo pra Nova Iorque, e vá tomar as rédeas da empresa, as conferências são daqui a menos de três semanas e é capaz dos representantes das outras sucursais chegarem lá e o Robert não tiver preparando nada. - ele fala.

- Você tem alguma ideia do que possa atribuir essa mudança de comportamento? - ele fala mas já faço ideia do que seja essa resposta.

- Corinne. - ele diz.