Races - Livro 1: Vampiros (Concluído)

Prólogo

No começo, haviam duas raças de imortais: Os Ninphs e os Ghouls. Essas duas raças dividiam o planeta entre si, convivendo tão pacificamente o quanto podiam.

Os Ninphs eram seres de grande inteligência e providos de magia; Não era raro vê-los criando novas coisas a partir do que eles tinham ao redor. Já os Ghouls eram seres etéreos, desprovidos de forma física e de uma organização social como a dos Ninphs. Criar novas plantas, novos animais e novos objetos era o passatempo favorito dos Ninphs. Destruir suas criações, o passatempo favorito dos Ghouls. As duas raças viviam em uma espécie de trégua forçada, já que nenhuma das duas podia, de fato, matar a outra. Os Ninphs podiam, com sua magia, paralisar um Ghoul, transformando-o em um ser de matéria, o que impedia os Ghouls de se moverem já que eles não sabiam se mover com um corpo material. Os Ghouls, por sua vez, não tinham nenhum tipo de poder sobre os Ninphs, já que seus corpos eram feitos de energia e, mesmo que conseguissem ferir os Ninphs de alguma maneira, eles voltavam a se regenerar.

Um dia, os Ninphs conseguiram usar de sua inteligência e magia para criar um novo ser imortal. Os Vampiros: seres sem alma, assim como os próprios Ninphs, que se alimentavam de sangue de animais. Eles tinham a inteligência de um predador, feitos para caçar, mas, ao mesmo tempo, a mentalidade de um Ninph, capazes de viver em uma sociedade organizada e com hierarquias, com um líder, o primeiro vampiro, Azriel. Mesmo odiados pelos Ghouls, pois o veneno deles poderia afetá-los, os vampiros foram permitidos viver.

Com o passar dos séculos, as três raças já tinham seus próprios territórios, seus próprios meios de governo e seus próprios povos. Até que um dia, um feito considerado uma atrocidade pelas três raças aconteceu; Um pequeno grupo de Ghouls e vampiros, cansados de sua imortalidade, se juntaram, formando uma nova raça: os humanos, uma aberração formada por aquelas duas raças, fundidas como uma só. Vampiros e Ninphs se juntaram para discutir sobre o futuro daquela nova raça, debatendo se matar os poucos humanos que haviam sido feitos seria sensato, mas, com a descoberta de que o sangue daquela nova raça dava mais força que o de animais para os vampiros, os humanos foram permitidos viver.

Os humanos se proliferaram, tomando terras das três raças imortais para eles. Os Ninphs e os vampiros mantiveram seu tratado de deixar que a nova raça se proliferasse, mas os Ghouls se viram insatisfeitos com a perda de terras e começaram a atacar os humanos, tirando suas almas - resquícios dos primeiros Ghouls a darem suas formas para se tornarem mortais. Apenas os vampiros eram capazes de transformar os humanos em suas formas originais, já que o veneno que eles tinham afetava apenas a alma, não o corpo. Mas os Ghouls as puxavam de seus receptáculos de forma desleixada, não se preocupando com os resultados e não permitindo o corpo se manter vivo.

Com a matança dos humanos, vampiros e Ninphs se juntaram em uma guerra contra os Ghouls, que levou à morte de muitos de todas as três raças. Mas os Ninphs e os vampiros tinham uma vantagem; Juntos, derrotar os Ghouls era fácil. Tudo que era preciso era um Ninph transformar o corpo de um Ghoul em matéria e o vampiro dar-lhe uma mordida, espalhando o veneno por todo o corpo dele antes que ele voltasse a sua forma original. Quando o líder dos Ghouls, Khoz, foi morto, a guerra foi vencida e, quando chegou ao seu final, os Ninphs haviam achado um jeito de manter os Ghouls longe, o que permitiria o desenvolvimento das outras raças. Com sua magia, os Ninphs puseram os Ghouls num sono profundo abaixo da terra, aonde não iriam incomodar ninguém.

Por séculos, as três raças remanescentes viveram em paz, e novas raças foram surgindo - os Lobisomens, os Daemones, e os Animorfos - todas criados pelos Ninphs. Todas as raças viviam tão pacificamente quanto podiam. Mas as coisas estavam para mudar. Traidores se levantavam e os adormecidos estavam prestes a acordar.