VII. Emoções noticiadas

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ATLÂNTICO SUL
BRISTOL, INGLATERRA

VII. Quem nasceu pra ser verão, vai ser verão, não importa quantos invernos tenha enfrentado.

Um liquidificador de emoções. Já se sentiu assim alguma vez? Como se existisse um misto de sentimentos inundando o seu interior, lhe causando uma sensação de empachamento, onde tudo o que existe dentro de você quer sair, mas ainda sim nada sai. Já sentiu isso?

A petulância do seu coração em te jogar sem aviso a sobrecarga emocional, não te deixando tomar tempo nem para se preparar para o momento. O que termina por ocasionar a paralisia, o congelamento do seu corpo por receber um nível elevado de adrenalina sem conseguir usá-lo por estar sentindo demais. Já passou por isso? Era dessa maneira que a menina das sombras encontrava-se agora. Totalmente paralisada, congelada no tempo como se a própria Camila tivesse feito aquilo, mas ela não fizera. Estava tão emocionada quanto sua amiga estava e tão paralisada quanto.

As lágrimas aparecerem sem aviso prévio e encharcaram os olhos de Bea, ela sentiu a garganta fechar e queimar. Estava sentada, com o olhar estacionado na direção onde estava Ariana. O pouco juízo que lhe funcionava aquele momento agradecia por ter um apoio para seu corpo, caso contrário, estaria no chão. Sem dúvidas suas pernas não aguentariam aquela carga. A menina das sombras estava tão sedada que mal conseguia sentir o alvoroço que Dominic fazia em seu colo, tentando entender o que acontecia. Era como se o mundo tivesse acabado ali, no recomeço, era como se Bea não precisasse mais de nada agora porque tudo o que ela mais necessitava estava em pé, metros à sua frente e acordada. Ela precisava de Ariana. Somente dela. Da sua Ariana.

Bea tirou a criança de seu colo usando o cuidado que a sua pouca sanidade a permitiu. A menina se ergueu da cadeira ainda sem tirar a visão da garota com empatia, e desvencilhou-se da mesa e seus obstáculos. Ela não ouvia o barulho ao seu redor, não conseguia, mesmo com tamanha balbúrdia. E foi notando a importância do momento que Simon mandou os mutantes se calarem. A menina das sombras precisava daquilo, dentre todos Bea fora a que mais sentiu a ausência da menina com empatia.

Já Ariana estava confusa. Não conseguia entender o que estava acontecendo. Não conseguia reconhecer o lugar ou alguns rostos presentes naquela grande mesa. Ela apenas se lembrava que estava prestes a pular a grande cratera e... escuro. Ela se lembrava que o escuro ruim havia a alcançado. Sua cabeça doía um pouco e a claridade importunava seus olhos. Ela sentia o frio do chão em seus pés. Ela não gostava daquele vestido sem cor que usava. Ariana encolheu-se e abraçou a si por culpa da tamanha vergonha.

― Eu acho que eu não devo achar, mas eu quase acho que não devo estar vestida como estou vestida ― sua frase saiu ainda mais confusa do que o normal. O cérebro de Ariana ainda estava se estabilizando. ― Por que estão me olhando assim? E por que estão chorando? Eu não estou entendendo nada. Era pra eu entender alguma coisa? ― Ariana levou seu olhar para a menina das sombras e sorriu. Bea se aproximava lentamente, incrédula e mantinha seu olhar preso na garota da empatia ― Oi, bebea!

Bea nada respondeu. Nem se quisesse conseguiria. Estava engasgada, emocionada demais para conseguir fazer alguma coisa. Era um misto de emoções indescritível.

A última legião - IncontrolávelOnde histórias criam vida. Descubra agora