Ao centro do salão a presença mais esperada da noite, a antiga rainha e agora considerada a regente suprema do Globo, Eloá, cumprimentando um a um todos os seus filhos e seus netos.
Com sua aparência única e imutável, há séculos parecia que o tempo tinha parado de passar para si.
Sua pele preta, seus cabelos escuros e encaracolados lhe desciam sobre os ombros. Seus olhos eram firmes, refletiam seus longos anos de poder, mas de certo meigos como os de uma mãe para com seus filhos.
Eloá tinha em sua cabeça um magnífico turbante de diversas cores, um símbolo da poderosa mulher. Suas poucas marcas no rosto evidenciavam as batalhas, guerras e todos os maus momentos já passados. Ela, junto ao rei Gustavo lutaram muito, antes de seu glorioso reinado houve muito derramamento de sangue, muita morte, até, infelizmente lembrava ela, genocídios. O poder veio às custas de muita dor, lágrimas, sofrimento e perdas.
Suas vestes se caracterizavam por um longo vestido preto com alguns detalhes em branco, e a mulher convidava todos alegremente para a o banquete.
Eloá sabia manter uma boa conversação, mesmo falando com quase todos de uma vez naquele salão, conseguia de forma elegante não decepcionar ninguém, e responder inteligentemente a todos.
Os reis e seus filhos se encaminham ao salão secundário, onde uma enorme mesa repleta das mais diversas iguarias a compunha. Todos se acomodam perto de seus filhos, Eloá se acomoda na cadeira do anfitrião e propõe um brinde, os reis levantam as taças de vinho em respeito à sua mãe. Aquele movimento os arrancaram alguns sorrisos, mesmo que momentâneos.
- Queridos. - Começa Eloá. - É um prazer imensurável estar junto a vocês depois de tantas adversidades. Estamos juntos novamente e assim permanecerá como uma família até o findar desta reunião.
Joana, no entanto, não entrava no mesmo clima animado que sua mãe lhe propunha, então para se sentir melhor, sussurrou algumas palavras.
- "Não estamos aqui para jogar conversa fora, estamos aqui porque fomos obrigados".
Nicolas pisa no pé de sua mãe, um pouco mais alto e todos ali teriam ouvido a reclamação.
Eloá sorria no assento principal, propõe mais um brinde. Seu semblante de felicidade era iminente, e contagiava o clima, pena que não era bem aceito pelo clima interno de cada um ali.
A primeira vez ainda foi, mas a segunda, Joana e Lilian relutam com olhar de infelicidade.
Todos começam a comer, enquanto confraternizam, mas principalmente apreciavam o bom banquete.
Justificando, apenas aqueles que melhor se entendiam continuavam a falar.
Durante o jantar Nicolas se descuida. O garoto era um pouco desastrado em tentar mostrar elegância enquanto degustava bons alimentos, e em um momento oportuno acaba deixando seu copo cair, derrubando o líquido vermelho em suas vestes. O garoto se desespera, aquilo lhe tinha assustado e quase feito ele engasgar com a comida, nesse momento acaba derrubando seu prato e os talheres, piorando ainda mais sua situação.
Alguns serviçais correm até lá para ajudar o garoto.
Joana o olha com maldade, o garoto tinha feito com que ela se envergonhasse na frente de seus companheiros reis.
Joana fixa o olhar em Nicolas, que não sabia muito bem o que fazer, com sua forma desastrada tentava organizar o que tinha derrubado, mas o que parecia, só piorava a situação. Joana muda olhar, e direciona aos funcionários que em meio a cena nada fazem. Contudo quando percebem que a mãe estava furiosa logo se direcionam ao jovem e tratam a ajudar.
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Paralelo: Conexões Escarlate
FantasíaPensem no mundo que conhecem... pensaram? Agora descartem sem hesitar. Essa história começa em um lugar incerto, mas a incerteza não impede de existir reis, rainhas ou até mesmo criaturas jamais vistas antes. Um grande evento foi anunciado pelos cin...