Acusações

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ANASTÁSIA GREY

—Anastásia, Christian. —Elena fala se aproximando e arrastando a pequena menina junto. —Que prazer vê-los.

—Olá Elena. —Christian diz sem demonstrar sentimentos. Ele se levanta e cumprimenta-a com um aperto de mão.

—Anastásia. —Elena sussurra sorrindo.

—Oi. —Digo me levantando e lhe cumprimento com dois beijos no rosto.

—Eu não sabia que vocês estavam juntos, já faz tantos anos. —Ela sorri. —Desde que eu viajei para o exterior.

—Ah, nós... —Começo a falar, mas sou cortada por quatro crianças.

—Mamãe. —Eles dizem correndo em nossa direção e Elena nos olha incrédula.

—Vocês tiveram filhos? Quatro? —Elena pergunta ainda incrédula.

—Sim. —Digo pegando Teddy no colo.

—Deus. Ele é a cara do Christian. Vocês se casaram?

—Sim. —Christian diz me abraçando e Teddy vai para o seu colo.

—Meus parabéns a casal então... Eu nunca imaginei que você fosse casar. —Elena diz sorrindo de forma maliciosa. —Pelo menos não com uma submissa.

Sinto meu sangue esquentar e fecho os olhos contando de um até três.

—E quem foi que disse que ela foi minha submissa? —Christian diz em tom de deboche. —Acho que eu me apaixonei por ela no primeiro momento. Tanto é que nunca houve contrato DOM/SUB. Foi apenas amor, não é querida?

—Claro. —Sussurro sorrindo amplamente. —Muito amor. —Viro-me para Elena e depois encaro a menina. —Essa é sua filha?

—Claro que não! —Elena diz com nojo. —O pai de nojentinha morreu, nós éramos casados e ele deixou a guarda para mim.

Olho horrorizada para Elena e novamente para a menina que abaixa o olhar.

—Não precisa falar assim dela. Ela não tem culpa. —Digo tentando manter a calma.

—Claro que tem. Pergunte-a como o pai morreu. —Elena fala empurrando a menina para frente. —Ande Emília, fale como seu pai morreu.

Sinto meu coração disparar ao ouvir o nome da menina e tenho que fechar os olhos para não chorar.

—Eu... Ele disse que eu não poderia entrar na água... Eu entrei... —Sussurra a menina com uma vozinha linda de anjo. —Ele pulou para me ajudar, mas bateu a cabeça em uma pedra...

—Ah meu Deus! —Sussurro horrorizada. —Você tem que obrigá-la a falar isso? Isso é ridículo.

—Não querida. Ridículo é ter que aturar essa menina chorona. —Elena diz e minha vontade de dar um tapa em sua cara é enorme.

—Elena, por favor. —Christian diz e só agora noto quão bravo ele está. —Se você não quer ficar com ela, por que simplesmente não a manda para um orfanato?

Então, Deixe-me Amar-teOnde histórias criam vida. Descubra agora