Certezas e Dúvidas P. III

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DIA III

CHRISTIAN GREY

 

Abro meus olhos lentamente sentindo um dor de cabeça imensa. Ontem à noite eu acabei exagerando no conhaque e agora ganhei uma bela ressaca. Olho para o lado e vejo Daniel e Eliza dormindo tranquilamente. Acaricio os cabelos de Daniel e ele sorri abraçando meu braço. Sorrio e sinto um pequeno aperto. Será difícil quando eles se forem, acho que eu já me acostumei a ter que dividir cama, comida, bebida, ou quaisquer outras coisas.

Levanto-me com cuidado para não acordá-los e vou para o banheiro fazer minha higiene matinal. Quando pego minha escova sorrio ao me lembrar de Anastásia falando que a usou. Ah, garota, o que você fez comigo? Mesmo tudo não passando de uma farsa, eu estou completamente apaixonado por ela, e não me vejo sem ela daqui para frente. Esse último mês será nossa despedida, e eu sei que poderia lutar por ela, como Elliot me encorajou, mas ela não me quer, e isso é pior. Sem contar que ela merece alguém melhor do que eu. Alguém que lhe de certezas, não que a confunda mais.

Depois de tudo que ela passou, ela merece ser feliz, mas não com um cara babaca como eu.

Tomo um banho para esfriar a cabeça e depois me troco colocando apenas cueca e calça de moletom preta. Deixo as crianças dormindo no quarto e vou para a sala. Meu coração dispara quando vejo Anastásia ao pé do fogão. Ela está usando um vestido longo fino em cor creme e seus cabelos estão caindo como cascatas sobre seus ombros e seios.

Anastásia se vira e me olha, ela desliga o fogo e leva uma frigideira com ovos até o balcão.

—Bom dia. —Ela murmura servindo-se.

—Bom dia. —Sussurro me aproximando.

—Quer comer?

—Por favor. —Digo sentando-me em frente ao balcão. Ela me serve com ovos, bacon e panquecas, e um pouco de café. —Obrigada Sra. Grey.

—De nada Sr. Grey. —Anastásia se senta e começa a comer em silêncio. —Lego eu voltarei a ser Steele.

—É eu sei disso. —Murmuro com amargura.

—Isso parece te incomodar.

—Não incomoda. —Minto.

Mas é claro que incomoda. Eu amo que ela carregue meu nome, e que seja reconhecida por ele. Vai ser horrível daqui a um mês quando eu entrar naquela empresa sozinho e ver que será sempre assim daqui para frente. Ver que ela não está mais ao meu lado para me desafiar na frente dos empregados. Que ela não irá mais me abraçar quando estivermos conversando com alguém. Que eu não poderei mais segurá-la e dizer a todos que ela é minha, e quem ninguém poderá tirá-la de mim, mas... Tudo isso vai se acabar.

—Você se importa se eu passar uns dias fora?

—Fora? —Pergunto surpreso.

—Bom. Minha mãe quer fazer uma viagem para a Geórgia no próximo fim de semana. Ela quer que eu vá junto, será apenas quatro dias, e você poderá usar esses dias para se despedir das crianças.

—Mas... Você só vai embora mês que vem.

—Sim, eu sei, mas você não ficará sozinho com eles antes disso, e será bom para vocês. Você pode tentar explicar ao Daniel, será bom se você conversar com ele.

—Entendo. —Sussurro sentindo meu peito se fechar. —Tudo bem. Faça o que for melhor para você.

—Para nós... —Ela murmura.

—Tanto faz. —Digo com uma falsa calma. —Nós dois temos que estar em Boston hoje, para a convenção.

—Eu sei. A Grace disse que ficará com as crianças.

Então, Deixe-me Amar-teOnde histórias criam vida. Descubra agora