Vidas Cruzadas

3. O Ataque ao Palácio Khondhorxian

Maxyndruz estava em posição de batalha, o príncipe Gloourmor o olhava seriamente aguardando um golpe. Então, antes que qualquer um atacasse, a porta no fim do corredor do cômodo abriu violentamente e vários homens do exército de Oosbroom invadiram o cômodo.

Os convidados começaram a ser jogados no chão e levar golpes no corpo até que se rendessem. O rei Lordon puxou do bolso de sua calça sua espada e começou a golpear os invasores.

— Corram! - o rei ordenou a esposa e a filha.

Como pedido, a princesa e a rainha foram rapidamente ao corredor.

— Pai! - Maxyndruz golpeou um homem que vinha por trás do pai.

— Muito obrigado, filho. - Lordon usou a lâmina para derrubar mais dois oponentes.

— O que faremos?

— Lutaremos até o fim!

No corredor, Aulora e Boorah corriam para longe dali.

— Mãe, o que faremos? - Aulora dizia com lágrimas nos olhos. — Eu não queria nada disso!

— Agora está feito, temos que procurar um lugar para nos escondermos.

Boorah parou atrás de uma parede e olhou disfarçadamente a outro corredor, haviam muitos guardas de Oosbroom circulando o ambiente. A rainha reparou do outro lado e logo notou uma escadaria que levava ao último andar do palácio.

— Filha, você irá passar para o outro lado e subir as escadas. - a rainha sussurrava.

— Não irei sem você.

— Não se preocupe, eu irei logo em seguida. - a moça confortara a filha.

Aulora segurou as bordas de seu vestido para correr sem impecilhos. Num piscar de olhos, a garota passara ao outro lado sem ser notada pelos guardas. A princesa sinalizou com a mão para que a mãe viesse atrás. Boorah olhou os guardas novamente e viu que eles estavam distraídos, então rapidamente a mulher tentara passar ao outro lado. Um dos guardas notou-a e sinalizou para que fosse atrás das moças.

— Depressa, filha! - Boorah apressava Aulora.

As duas subiam a escada o mais rápido que conseguiam, os guardas de Oosbroom estavam na cola delas. Boorah rapidamente virou-se para trás e chutou um guarda que caiu em cima dos outros, então as duas continuaram correndo.

— Vamos até o galpão! - Aulora sugeriu.

De volta ao cômodo do casamento, Maxyndruz e Lordon lutavam em conjunto para derrotar os guardas do inimigo. Lordon golpeou um deles e abaixou-se, com isso, Maxyndruz correu até lá e usou as costas do pai de impulso para seu pulo. No ar, o garoto mirou o punho para baixo, consequentemente, na queda ele destruiu o redor e desmaiou todos os oponentes.

— Boa, garoto. - Lordon acariciou o cabelo do filho.

— Não ache que acabou. - Zingraar falou em tom ríspido.

— Você é um tolo em achar que vamos deixar nosso reino assim tão facilmente. - Lordon retrucou.

— Seria bom você se render logo, pois agora irá piorar.

O homem avançou numa investida defendida pela lâmina de Lordon.

— Ache sua mãe e sua irmã filho, eu cuido dele.

— Mas...

— Não se preocupe.

— Boa sorte! - Maxyndruz recuou para o corredor.

— Atrás dele, filho! - Zingraar ordenou.

Gloourmor deu um sorriso malígno e foi atrás do rival. Zingraar e Lordon andavam em círculos sem tirar os olhos um do outro.

— Você é um ser horrível, olha o que está fazendo! Meu reino irá perecer por sua causa, uma nova guerra pode começar! - Lordon dizia tentando acalmar Zingraar.

— O acordo era claro, sua filha tornaria meu filho rei e todos ficariamos bem, mas não, ela tem que resistir.

— Uma coisa que a ensinei foi a ouvir seu coração, estou orgulhoso que minha garota me obedeceu.

Zingraar deu um salto pra frente que arremessou Lordon contra uma parede que rachou-se instantaneamente. Lordon levantou e em uma investida aproximou-se do outro fazendo um corte em seu braço.

— Inútil! Eu sou um Oosbroomer, super resistência. - Zingraar mostrou o corte se cicatrizar.

— Eu sou um Khondhorxiano, não desisto fácilmente. - o rei deu um soco no rival que o jogou para trás.

Zingraar levantou rapidamente e desviou de um soco de Lordon, que errou três golpes seguidos. O oosbroomer correu até a porta da frente onde pegou uma espada de um guarda. Lordon saltou até o rival e mostrava com o olhar que não iria fugir da luta. Um, dois golpes com a espada em que o khondhorxiano desviou, e no terceiro ele conseguiu segurar a lâmina e tirar a arma do oponente.

— Nós podíamos ter nos unido quando eu dei a chance! - Zingraar soltava toda sua fúria.

Lordon defendeu com os braços o seu rosto de um soco de Zingraar, que o derrubou com uma rasteira.

— Mas agora... - ele deu um chute na cabeça do rei. — Isso não importa... - Zingraar chutou-o novamente dessa vez afundando o piso. — Mais! - o último golpe foi o que deixou Lordon quase insonsciente. — Khondhorxian está em minhas mãos agora.

Alguns guardas de Zingraar entraram pela porta principal.

— Leve ele para as celas. - ordenou.

— Sim, senhor! - um dos criados respondeu.

— Já conseguiu o resto da família real? - Zingraar perguntou friamente.

— Estamos a procura deles.

Aulora e Boorah estavam escondidas no galpão do palácio, ambas apavoradas com o que poderia acontecer a seguir.

— Você está bem, querida?

— Preocupada com o papai e com o Maxy, me sinto culpada por esse ataque. - Aulora disse rasgando o tecido de seu vestido e deixando suas pernas a mostra.

— Não é sua culpa querida, deveríamos ter recusado a proposta de Oosbroom. Nós...estávamos com medo...medo de deixar vocês preocupados, de deixar nosso reino entrar em caos. Mas pelo visto não ajudou em nada...

— Mamãe, não seja tão dura consigo mesma. Você e o papai só queriam o melhor para o povo...é normal sentir medo, é o que você me ensinou.

— Obrigada filha, só você para me acalmar num momento desses.

O medo das duas acalmou-se ao ouvir a voz de Maxyndruz no corredor.

— Mãe...? Aulora?

— Filho! - Boorah saiu do esconderijo.

— Maxy! - Aulora abraçou-o junto da mãe.

— Você está bem? Onde está seu pai? - a rainha perguntava preocupada.

— Ele está bem...eu garanto... - Maxyndruz acalmava a mãe. — Temos que achá-lo e sair daqui o mais rápido possível.