6. Se Conhecendo Melhor

45 2 0
                                    

Sam acordou com a luz do sol em seu rosto, soltou um leve bocejo e finalmente se levantou. A garota desesperou-se ao ver que as coisas de Max estavam ali mas ele não estava. Rapidamente correu para o corredor e viu a porta do quarto dos pais aberta. Assim que entrou ali viu o jovem mexendo nas coisas deles.

- Você tá maluco? Sai daí! - a garota ordenou em sussurros.

- Por que? Quero aprender mais desses objetos humanos. - ele riu.

- Porque se eles acordarem e te verem aqui vão chamar a polícia. - Sam estava quase explodindo de raiva.

- E o que é polícia? - Max questionou abrindo o guarda-roupas.

- Eu te conto se você vier comigo. - a jovem negociou.

- Certo. - ele fechou o guarda-roupas e foi para o corredor junto da menina.

- Agora volte silenciosamente para meu quarto.

Os dois se assustaram quando a mãe de Sam se levantou.

- Com quem você está falando, filha? - a mulher indagou.

- O que? Com ninguém, acho que você estava sonhando. - Sam mentiu ao ver que a mãe estava com uma máscara de dormir.

- Ah, então ta. - a moça se deitou novamente.

A jovem voltou para o quarto e trancou a porta.

- Agora vai me explicar o que é polícia? - o príncipe perguntou sorrindo.

- Irei. - a menina deu um tapa no rosto de Max.

- AH! Por que fez isso? - o jovem acariciou a bochecha.

- Porque você é um idiota, essa foi por pouco! - Sam suspirou. - E desculpe pelo tapa, foi...sem querer querendo. - explicou.

- Tudo bem, tudo bem, mas vai me contar sobre a polícia agora? - o jovem sorriu fazendo Sam rir.

- A polícia prende os bandidos e os que fazem coisas erradas.

- Mas eu não fiz nada!

- Ora, meus pais não sabem que você está aqui, achariam que você é um invasor.

- Oh, agora faz sentido.

- Bem, eu te expliquei sobre a polícia, agora tem que me contar sobre seu planeta. - Sam se sentou na cama.

- Khondhorxian é um lugar ótimo, meus pais sempre ajudaram o nosso povo. - ele se sentou ao lado da garota.- graças a uma guerra que ocorreu no passado, foi criado um tratado de paz para evitar novos conflitos. Oosbroom, nosso planeta vizinho, fez um tratado com meus pais, minha irmã deveria se casar com o filho deles, meu rival, para que ele virasse rei. Porém, minha irmã é uma mulher independente, ela se recusou, causando um ataque ao nosso palácio. Agora não sei como eles estão, provavelmente foram presos, e eu tenho que voltar para lutar e salva-los.

- Wow, isso é tão... - a jovem estava sem palavras.

- Pois é, e não ter notícias deles está me corroendo por dentro. - Maxyndruz virou o rosto.

- Bem, vocês são aliens, a tecnologia de vocês deve ser muito mais avançada que a nossa, você não tem nenhum tipo de equipamento que contate aliados? - Sam indagou.

- Você é uma gênia! - o príncipe tirou um objeto do bolso.

- O que é isso? - a menina perguntou vendo o apetrecho.

- Um intercomunicador galático. - ele colocou o aparelho no pulso.

- Parece mais um relógio. - a jovem analisou.

- Coincidentemente, ele mostra os horários também. - Max riu.

- Então, chame ajuda.

- Ok. - ele apertou um botão no centro do aparelho.

Um holograma começou a ser formado pelas laterais do relógio, com o tempo, formou-se a imagem de um homem.

- Príncipe Maxyndruz? - o homem indagou.

- Oh, céus, Jeiken! - Max animou-se.

- Onde você está?

- No planeta Terra, minha nave foi destruída enquanto eu fugia de Khondhorxian. - explicou. -E onde você está? Como estão meus pais e os khondhorxianos?

- Eu estou em Leahfing, eles abrigaram refugiados de Khondhorxian. Lá ainda estão alguns rebeldes que lutam contra os Oosbroomianos.

- E os meus pais?

- Zingraar e Boorah os aprisionaram nas masmorras do próprio palácio, estão ao máximo tentando resgata-los, o clima aqui está tenso, a qualquer momento podem declarar guerra. - o garoto explicou.

- Minhas estrelas...tenho que voltar rápido. Jeikens, ajude, minha nave quebrou, sabe como posso concerta-lá?

- Na verdade não, mas posso arranjar algum manual de instruções e ditar os passos para você.

- Que assim seja, irei desligar, assim que você tiver o manual em mãos me ligue de volta.

- Certo, majestade, até breve.

- Boa sorte ai. - Max desligou.

- Viu, a ajuda está a caminho. - Sam animou-o.

- Mas uma guerra ainda pode acontecer...e isso não é nada bom. - Max fechou o rosto, era a primeira vez que Samantha o via sério.

- Não se preocupe, Max...tudo vai dar certo. - ela segurou a mão do menino. -Agora bote um sorriso no seu rosto, vamos tomar sorvete.

- Obrigado por ser positiva. - ele sorriu. -Mas antes, o que é sorvete?

- É a melhor sobremesa do mundo. - a jovem sorriu de volta.

Sam abriu a porta do quarto e escoltou o convidado até a porta da frente.

- Samantha! Aonde vai tão cedo? - o pai da garota gritou do andar de cima.

- Tomar sorvete, volto antes do almoço. - ela gritou de volta. - Agora vamos correr antes que nos olhem pela janela. O último a chegar é a mulher do padre! - ela brincou e saiu correndo.

- Ei, espera! - o príncipe correu em direção a garota e alcançou-a facilmente, e então pegou a mão da garota e deu um salto que os levou mais a frente.

- Como fez isso? Garanto que nenhum humano é forte o suficiente para fazer isso.

- Ah, eu não contei? Todos os habitantes dos quatro impérios tem poderes. Meu planeta, por exemplo, tem o dom da força. - ele explicou.

- E eu achava que não dava pra ficar mais esquisito. - Sam saiu andando na frente.

- Mas acredita em mim, não é?

- Eu não acreditaria, mas você é de outro planeta, então está tudo bem. - ela riu.

"Acho que ela está começando a gostar de mim" pensou antes de segui-la

Vidas CruzadasOnde histórias criam vida. Descubra agora