7. Um Dia na Cidade

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Chegando na sorveteria Sweetie Ice, conhecida pelos deliciosos sorvetes de variados sabores, os jovens foram até o balconista fazer o pedido.

  — Eu vou querer uma casquinha de chocolate belga. - Sam pediu.

— Anotado, e você senhor? - o moço perguntou a Max, que olhava a vitrine com todos os sabores.

— Qual você me recomenda? 

— Bom, os melhores são os de frutas vermelhas, bombom branco, pistache com amêndoas, chocolate trufado, leite condensado... - o homem citou mais diversos sabores.

— Eu quero uma bola de cada. - Max pediu.

— Sério? - ele franziu as sobrancelhas.

— Claro. - o príncipe abriu um sorriso.

— Ok, já entregaremos. - o moço abriu uma gaveta e pegou as casquinhas. 

Os dois foram para uma mesinha que ficava do lado de fora do estabelecimento e se sentaram um de frente para o outro.

  — Então, príncipe Max, o que mais eu deveria saber sobre você? - Samatha olhou diretamente em seus olhos.

— Bem...o que gostaria de saber? - Max indagou curioso.

— Desulpem a demora. - o balconista se dirigiu até a mesa e entregou a casquinha de Sam.

— Obrigada. - a jovem agradeceu lambendo a bola de sorvete.

— E a minha? - o garoto perguntou procurando-a.

— Só um momento. - o homem voltou para dentro.

— Que estraho. - Sam riu.

De repente, a porta abriu e chamou a atenção dos dois. O atendente trazia a casquinha de Max tentando ao máximo equilibrar todas as 20 bolas de sabores diferentes que ele escolheu.

— Mas o que? - a garota ficou confusa.

— Isso! - Max comemorou.

— Aqui está. - o homem entregou a casquinha a Max lentamente. — Aproveitem o encontro.

— Não é um encotro! - Sam berrou.

Ao olhar Max viu que ele estava lambuzando o rosto inteiro ao tomar o sorvete. Imediatamente, começou a gargalhar.

— O que foi? - ele perguntou.

— Sua cara. - a garota ria.

— E o que tem? - ele permaneceu confuso.

— Está toda suja. - Sam pegou um guardanapo e começou a limpar o rosto dele.

— Pode ir parando, eu não sou um bebêzinho. - ele sujou o rosto novamente.

— Acho que é sim. - a jovem limpou-o novamente.

— Obrigado. - ele riu acompanhando os risos da amiga. 

Depois de acabarem com suas sobremesas, eles voltaram para a entrada da loja e foram até o caixa pagar.

  — Quanto que deu no total, moço? - Sam pegou a carteira do bolso.

— 50 dólares. - ele estendeu a mão.

  — O QUE? MAS FORAM SÓ DUAS CASQUINHAS! - a menina indignou-se.

— É, mas o seu amigo pediu 20 bolas dos sorvetes mais caros. - o homem explicou.

  Sam tacou o dinheiro no homem e saiu da loja irritada, Max então começou a seguí-la.

  — Ta tudo bem? - o jovem perguntou inocentemente.

— Sim, você só me fez gastar metade do meu dinheiro numa sorveteria. - ela disse sarcásticamente. 

  — Ah, que bom que gostou. - ele sorriu.

— Você não entende sarcasmo? - a garota disse vermelha de raiva.

— Entendo, mas você fala de um jeito que não parece ser sarcasmo. - o príncipe explicou.

  — E o que mais você quer julgar sobre mim? - ela perguntou.

— Bem...

— Não responda, a não ser que queira levar outro tapa. - Sam o ameaçou.

— Claro. - ele calou a boca ao lembrar do tapa de mais cedo, havia doído tanto.

Depois de um tempo caminhando e sentindo a brisa batendo em seus cabelos, Sam se acalmou e virou-se para pedir desculpas.

— Max, desculpa por agora pouco, eu me irrito muito fácil e... - antes que ela terminasse a fala, um homem passou correndo e pegou sua bolsa. — AH, TA DE BRINCADEIRA, NÉ? MALDITA LEI DE MURPHY. - ela berrou.

— Deixa comigo!

Max saltou em direção ao bandido e derrubou-o no chão, então pegou a bolsa de volta.

— Você não vai pegar de volta. - o ladrão segurou a bolsa.

— E quem vai me impedir? - Max provocou.

O homem então chutou Max e se levantou novamente.

— Ah, você não fez isso. - Max se irritou pela primeira vez na Terra.

O príncipe correu o mais rápido que pode na direção do homem, que assim que o viu se aproximando começou a gritar. Max se jogou emcima do homem e o fez ralar o rosto no chão, então pegou a alça da bolsa e colocou em volta do pescoço dele.

— Ainda quer? - a raiva era vista nos olhos do príncipe.

— Não, pode pegar! - o homem estava com lágrimas nos olhos.

— BATE, BATE, BATE! - Sam torcia no fundo.

— Eu vou deixar você ir por piedade, mas não faça mais isso, pois eu te acharei, e quando eu te pegar de novo... - Max riu maléficamente.

  — Desculpa! - o assaltante saira correndo e gritando traumatizado.

— Caramba, desde quando você é tão bravo? - Sam perguntou. — Achei que eu fosse a brava do grupo.

— Era só fingimento, para assustar ele. - o garoto riu.

— E deu muito certo. - Sam bagunçou o cabelo dele.

— Toma sua bolsa. - ele entregou-a para a dona.

— Muito obrigada, meu herói. - ela sorriu.

Sam estendeu a mão e ajudou Max a se levantar. Finalmente estava nascendo uma amizade entre esses dois. Ao chegarem em casa, a garota revirou as gavetas de seu armário e pegou um celular velho.

  — Pega. - ela entregou o aparelho a Max.

  — Para o que é isso? - ele indagou.

  — Eu vou começar a ir para a faculdade amanhã, então caso tenha alguma dúvida você me pergunta por aí. E lembra, não saia do quarto. 

— Faculdade? E por que não foi ontem e hoje? - ele franziu as sobrancelhas.

— É final de semana, ué. - Sam estranhou. — Eu explico depois. - falou ao ver a cara de confuso do amigo.

— Ta bom. - ele sorriu.

— E você sabe usar isso? - a garota perguntou a vê-lo xeretando o celular.

— Claro, eu não sou um imbecíl. - Max riu.

— Ah, então tá.

E assim a noite dos dois terminara. 

Vidas CruzadasOnde histórias criam vida. Descubra agora