— Então era verdade? Eu pensei que você só estivesse noiado. - a garota não parava de andar.
— O que faremos agora?
Sam saiu andando em direção a sua picape que estava estacionada na estrada ao lado.
— Aonde vamos? - o prícncipe perguntou.
— Você não vai vir comigo. - a jovem expulsou-o.
— O que? Mas você disse que iria me ajudar.
— Mas nada! Você realmente é um alien...eu to confusa! - ela gritava.
— Sam, sem você eu não vou conseguir voltar ao meu planeta, minha família está em perigo! - Maxyndruz rebateu.
— Eu tô 100% nem aí. - a garota entrou no carro.
Assim que deu marcha, olhou para Maxyndruz e viu seu rosto triste, era como um cachorrinho abandonado. A garota tentou ao máximo se manter fria mas acabou cedendo.
— Entra no carro.
— Isso! - o príncipe entrou no automóvel.
— Qual o seu nome mesmo?
— Maxyndr...
— Vou te chamar de Max. - ela cortou-o.
— Que tipo de veículo é esse? - o garoto indagou.
— É um carro... - Sam estranhou a pergunta.
— No meu planeta temos naves e transportadores...mas não carros. - ele riu.
— Ah, ta. - a jovem ignorou-o.
— Para onde estamos indo? - o príncipe questionou.
— Minha casa, lá poderemos conversar melhor e achar uma solução para o seu problema. - Sam explicou.
-----.....*.....-----
Eles chegaram na casa de Samantha após alguns minutos dirigindo, os jovens saíram do carro e ficaram parados do lado de fora.
— Droga, meus pais estão em casa. - a jovem grunhiu.
— Ótimo, vamos conhecê-los. - ele saiu na frente.
— Não! - ela segurou seu braço. — Se eu aparecer com um garoto que se diz um alien e com essas roupas eles vão achar que eu sou maluca.
— Como assim "essas roupas"? - Max franziu as sobrancelhas.
— Parece que é um modelito feito especialmente para a Lady Gaga!
— Lady quem? Ah, no meu planet é uma vestimenta super normal. - ele cruzou os braços.
— Ta, mas seja discreto. - a jovem foi andando até a porta.
Assim que abriu a porta viu que o corredor estava vazio.
— Suba as escadas e entre na primeira porta a direita. - ela sussurrou.
— Certo... - Max se preparou para correr.
Antes que ele começasse a correr, os pais da jovem apareceram e Sam tacou seu casaco em seu rosto, disfarçando-o de cabideiro.
— Por que se atrasou para o jantar, Sam? - a mãe dela olhava-a brava.
— Eu estava na faculdade fazendo um trabalho. - ela mentiu.
— E por que não nos avisou? - o pai questionou.
— É...meu celular estava sem sinal. - a jovem blefou.
Os pais dela franziram as sobrancelhas e se olharam.
— Na próxima tente nos avisar. - a mãe disse e então os dois saíram.
— Ufa, essa foi por pouco. - Sam suspirou.
— Nosso cabideiro sempre ficou aqui? - o pai voltou ao corredor.
— Eu mudo ele de lugar, não se preocupe. - a jovem disfraçou.
— Hm...venha jantar logo. - ele saiu novamente.
— Ai, Deus...vá lá e tranque a porta. - Sam mandou.
— Certo.
Maxyndruz então foi subindo as escadas lentamente até chegar no quarto da garota, onde trancou a porta como foi pedido. Ele se virou e viu vários posteres de cantores grudados nas paredes.
— Mas quem são esses? - ele se aproximou dos posteres. — Acho que a Sam não iria gostar de ter essas pessoas a observando.
E então, Max descolou todos eles e jogou na cesta de lixo do quarto da garota.
— Prontinho. - ele sorriu.
Continuou observando o quarto e encontrou globos de neve em cima de uma estante.
— Mas o que é isso? - o menino balançou o globo.
Ao ver os flocos de neve flutuando ali, seus olhos brilharam.
— Fascinante. - ele jogou-o no chão.
Do andar de baixo, Sam ouviu o barulho e se preocupou com o que estaria acontecendo.
Ao terminar de jantar, Sam lavou sua louça e subiu o mais rápido possível para seu quarto. Tentou abrir a porta e viu que estava trancada, então bateu algumas vezes nela.
— É a Sam, pode abrir Max. - a jovem sussurrou.
Assim que a porta abriu, a jovem ficou vermelha de raiva ao ver a bagunça que seu quarto estava.
— O que você fez? - ela grunhiu.
— Era tudo tão diferente, estava apenas olhando. - ele sorriu.
— Você tá maluco? Meus posteres, meus globos de neve, AAAAAAH! - ela gritou.
— Me desculpe. - o príncipe disse sinceramente.
— Não se desculpe, é minha culpa por ter deixado um louco sozinho no meu quarto. - a jovem trancou a porta.
— Louco não, apenas...excêntrico e curioso. - Max sorriu.
— Que seja. - a garota pegava as coisas do chão.
— Eu ajudo. - o garoto se ofereceu.
Enquanto os dois pegavam as coisas caídas, suas mãos acabaram se tocando. Sam tirou sua mão rapidamente e levantou.
— Não preciso da sua ajuda. - suas bochechas se avermelharam.
— Sinto muito, mas queria compensar já que você irá me ajudar. - ele sorriu novamente.
Sam apenas o ignoro, então se virou e começou a jogar os restos de seus globos de neve no lixo. Ela achava Max super estranho, parecia não achar suas atitudes erradas e estava sempre sorrindo. Seria até fofo se ela não se irritasse fácilmente. A jovem terminou de limpar o quarto e viu o horário.
— Já está tarde, vou dormir pois tenho faculdade logo cedo. - a garota explicou.
— E onde eu vou dormir? - ele perguntou.
A ruiva então se dirigiu até seu armário, onde pegou algumas cobertas e jogou-as no chão.
— Só se ajeitar aí. - ela voltou para sua cama.
Assim que Max se arrumou, ela apagou a luz e deitou na sua cama.
— Boa noite, Sam. - o príncipe sorriu.
— Boa noite. - a jovem se virou.
Max olhou para o teto e começou a pensar em seus amigos e familiares, como estariam em Khondhorxian agora? Ele fechou os olhos e cruzou as mãos.
— Espero que estejam seguros. - sussurrou no silêncio do quarto.
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Vidas Cruzadas
Roman d'amourPor muitos anos, o planeta Khondhorxian e o planeta Oosbroom viveram tranquilamente graças a existência de um tratado de paz. Assim que o acordo é quebrado, o planeta Oosbroom inicia uma guerra interplanetária desejando tomar o reindo de Khondhorxia...