Cap 1

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*Valentina Narrando*
  
       São exatamente duas 14:45 estou voando ao pouco mais de uma hora, estou aqui perdida em meio ao meus pensamentos. Pensamentos estes, que estão me deixando um tanto quanto apreensiva. Estou entrando em um território novo, longe casa, longe da minha zona de conforto e principalmente de minha família, foi difícil deixar o papai sozinho mesmo sabendo que agora ele tem a Michele pra cuidar dele e distrai-lo, difícil também deixar meus pequenos e convencê-los e convencer a mim msm que eu voltaria rápido. Esta nova fase de minha vida apesar de ter uma boa causa, sair de casa é sempre doído.             Mas em compensação, agora irei finalmente estar realizando algo que sempre sonhei : mudar a vida de pessoas de verdade, faço isso diariamente, sim, entrego diaremente projetos para empresas de alto porte, para a construção de condomínios luxuosos,mansões , shopping centers , prédios para instalação de empresas etc, sou feliz fazendo isso, amo minha profissão, todo esses trabalhos são para pessoas realizarem, mas estas pessoas em sua grande maioria não sabe o quão dificil é, que não sabem o mínimo de esforço feito por mim ou pelos peões que levantaram cada um dos tijolos e que ergueram  as paredes . Esse novo trabalho, vai ser uma realização pessoal que eu não terei nenhum retorno financeiro, mas só de ver a felicidade estampada no rosto de cada pessoa a ser ajudada por esse projeto será muito graticante e dinheiro nenhum no mundo vai poder pagar.
      O projeto é a instalação de uma sede da ONG que alguns amigos meus são responsáveis. A obra será realizada é uma favela do RJ. Confesso que fiquei um tanto quanto receiosa em quanto a isso, não é que eu tenha algo contra a favela, até mesmo porque sei que lá também vivem pessoas de bem lá e não apenas marginais como as pessoas pensam. Mas então, sou de família tradicional de Militares e Oficiais, sei atirar muito bem, fiz artes marciais e sou muito abilidosa com uma faca ou qualquer outro objeto pontiagudo. E meu receio é justamente me deparar com uma situação que eu tenha que mostrar esses meus outros talentos além da engenharia e outras "cositas mas" . Não que eu já estou querendo chegar causando ou algo do tipo , apenas não  vou deixar ninguém pisar ou passar por cima de mim . Sou tirada de meus pensamentos com a voz fina e irritante da aeromoça, nos avisando que estamos aterrissando. Até que fim cheguei às terras cariocas .

    Saio do avião e faço todos os procedimentos necessários, depois vou em buscar das minhas malas, após pega-las fiz um lanche rápido na lanchonete no aeroporto mesmo.
    Fui em direção ao saguão, enquanto enviava algumas mensagens e checava alguns. Sentei e pra esperar o Gean. Gean é meu amigo e uns dos responsáveis pela ONG .
      Fiquei observando o movimento do aeroporto, quando meus olhos rapidamente mostram-me uma visão do paraíso, que causou em mim um fogo desgraçado no mesmo instante em que nossos olhares se cruzaram. E que olhar é esse Jesus?  Ele sorriu sem mostrar os dentes e sentou à algumas fileiras a minha frente. Confesso que eu fiquei boquiaberta com tamanha beleza esbanjada por este homem, apesar de o estilo dele não ser o que me atrai. Ele é do tipo badboy, e não sou muito fã, sou fã até o último fio de cabelo do estilo lumberman .
      Mas esse badboy tá me tirando o fôlego. Ele aparentemente tem tatuagens por todo o corpo, um corpo sarado e bem define, digo isso pelo fato de que sua camisa branca está deixando em evidência toda essa gostosura.  Que pecado senhor!

Seus  cabelos loiros penteado estão  jogado pro lado e seus olhos são esverdeados

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Seus  cabelos loiros penteado estão  jogado pro lado e seus olhos são esverdeados . Estou ainda analisando o belo ser que está a alguns metros de mim, quando do nada ele vira pra mim e sorri. E eu como uma tonta olha pra trás pra ter certeza que ele sorriu pra mim mesmo. Mas quando volto minha atenção pra ele, o mesmo já não está mais, falo pra mim mesmo:
   - Claro né Valentina,achou mesmo
   

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