Las Vegas tem donos.
Quatro, para ser mais exato. E Jessica Jackson é uma deles.
Depois de sobreviver a um atentado traumático onde perdeu os pais, ela é adotada junto com seus três irmãos pelo dono de um dos cassinos mais importantes do mundo...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Jessica
— Inferno — murmurei desligando o aparelho depois de alguns segundos.
Meu coração acelerou dentro de mim. O que tinha acontecido?
— Pietra, está tudo bem? — Kane perguntou com o cenho franzido. — Você parece assustada.
Olhei para ele e forcei um sorriso enquanto me levantava.
— Está, está sim. Eu só... eu preciso ir. Sinto muito. Obrigada pelo almoço, estava ótimo. E por ter me trago para cá ontem. Você foi muito gentil.
Ele se levantou também, com o cenho ainda franzido.
— Tem certeza? A ligação não durou nem dez segundos e mesmo assim te deixou pálida.
— São problemas familiares — sussurrei desconfortavelmente. Não gostei do fato de ele ser tão observador assim.
Ele pareceu notar meu incomodo também, já que recuou um pouco depois disso.
— Entendo. Sinto muito. Tem algo que eu possa fazer para te ajudar? Você quer uma carona?
Neguei com a cabeça.
— Obrigada, mas não precisa — falei indo em direção a porta. — Eu posso pegar um táxi aqui na frente. Não quero te causar nenhum incomodo.
— Não causaria — ele argumentou atrás de mim, mas eu ignorei-o, abrindo a porta da entrada e saindo para o largo corredor em direção ao elevador no final dele.
— Realmente não precisa — eu disse caminhando ao seu lado. — Você já fez muito por mim. Eu me sentira mal em abusar assim da sua boa vontade.
Kane concordou lentamente com a cabeça, parecendo não acreditar em mim.
— Tem certeza que não está fugindo? — ele perguntou de braços cruzados, apoiando seu corpo contra a parede quando eu apertei o pequeno botão no painel.
Ergui a cabeça e fixei meu olhar no seu.
— Eu tenho algum motivo para fugir?
— Todos. — Sussurrou sorrindo. — Mas isso não responde a minha pergunta.
Quando as portas do elevador se abriram e eu entrei lá, virei-me para encará-lo.
