Las Vegas tem donos.
Quatro, para ser mais exato. E Jessica Jackson é uma deles.
Depois de sobreviver a um atentado traumático onde perdeu os pais, ela é adotada junto com seus três irmãos pelo dono de um dos cassinos mais importantes do mundo...
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Kane
Pietra era incrível.
Eu soube disso no momento em que pus meus olhos nela, mas quanto mais a conhecia, mais eu me surpreendia com sua personalidade.
Depois que entreguei a ela o Martíni que preparei, nós conversamos um pouco e ela pareceu incomodada com algo. Eu senti vontade de perguntar o que era, mas controlei minha curiosidade. Ela me questionou sobre assuntos dos quais eu não queria falar, então não era justo fazer o mesmo com ela.
Então, em vez disso, eu a convidei para dançar e não demorou muito para que ela tomasse conta da pista de dança.
Ou melhor, da festa inteira.
Pietra se tornou a estrela da noite, e ninguém conseguia manter os olhos longe dela. E eu não os culpava. Ela era espontânea e desinibida, mais ainda depois de algumas doses de bebida. Era difícil não notá-la.
Alguns homens tentaram se aproximar, mas eu rapidamente deixei claro que ela estava comigo. Não por acreditar que tínhamos algo além de amizade, mas sim por ter quase certeza de que ela não era muito fã dos avanços masculinos.
Quando a conheci, foi tirando-a de perto do babaca do Hugo, a quem ela tentava recusar. No início, pensei que sua aversão era destinada somente a ele, especificamente – já que o homem era inegavelmente asqueroso –, mas depois, quando ela estava em meu colo e eu avancei pensando que era isso que ela também queria, Pietra recuou imediatamente e o medo em seus olhos me fez perceber que havia algo muito, muito errado.
Nós deveríamos ser apenas a diversão de uma noite, mas de repente eu estava preso a ela e sabia que com certeza não a deixaria. Eu não fazia ideia do que tinha acontecido com Pietra, mas apenas olhar seu rosto me fazia querer consertar o que quer que estivesse quebrado dentro dela. Não importava o que eu tivesse que fazer.
E então, para piorar, alguns dos desgraçados que trabalham com Caster a doparam e ver outro homem pronto para carregá-la dali acendeu um ódio profundo e irracional dentro de mim. Eu não pensei duas vezes antes de acertá-lo e tirá-lo de cima dela. Depois a peguei e a levei para minha casa. Tinha dado a desculpa sobre não saber sobre seus familiares, mas a verdade é que na hora eu não pensei em nada além de mantê-la segura. Eu a levaria para minha casa independentemente de qualquer coisa.
Depois de algumas horas bebendo e dançando, Pietra estava pronta para ir para cama. Ela tropeçava a cada três passos e seus olhos estavam sonolentos e pesados. Ela realmente teve o suficiente por hoje.
— Pra quem não queria beber até cair hoje a noite você está um pouco bêbada demais, não acha? — eu brinquei, passando uma mão em volta de sua cintura para evitar que ela caísse após outro tropeço.
