Capítulo 3

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Andy

Minhas malas já estavam prontas para serem pegas. Meu pai me abraçava tão forte que me fazia perder todo o ar que estavam em meus pulmões.
Meu sorriso ia de orelha à orelha mesmo estando em um país que não compreendia nada que as pessoas em minha volta falavam.

- Não acredito que você está aqui em terras norueguesa. Andy, querido? Estou tão feliz! - Sua felicidade era contagiante. Todas as palavras que saíam de seus lábios eram motivos de sorrisos aleatórios de minha parte.

Andy - Eu estava com saudade também! - Tornei a abraça-lo. - Pena que vou passar pouco tempo aqui.

- Vamos fazer o possível para que seja eterno. A Daiene está louca pra conhecer você. - Fala cessando o abraço.

Lucas - Oi pro senhor também. - Ele revira os olhos como ironia - Eu estou aqui ao seu lado, não que seja algo de extrema importância. Mas estou aqui.
Meu pai e eu sorrimos ao vê-lo brincar. Ele se aproximou do menor e dar-lhe um forte abraço o tirando do chão.

- Okay! - Ele sorrir - Agora pode me por de volta, senhor Campbell.
Obedeceu sua ordem e assim que pegamos nossas malas seguimos para o carro do meu pai.
Entramos e antes de ir direto para sua casa ou apartamento, não sei bem ao certo onde ele está instalado. Passaríamos em um quiosque próximo ao mar para comer alguma coisa antes de seguirmos viagem.

Pai - Então seus pais estão na América? - Fala meu pai após bebericar seu suco.

Lucas - Foi essa informação que eles me passaram. Talvez possa está em Cancun ou em Dubai aproveitando o tempo sem mim.

Andy - Você exagera em tudooo, Lucas! - Sorri e ele arremessa um pedaço de tomate em mim. - O senhor mora...

Pai - Aqui bem pertinho do mar. Tenho certeza que irá amar isso aqui.

- Aposto que sim! - Sorri para ver novamente seu sorriso brilhar em seu rosto.

- É... - Ele tosse - E os meninos? Digo, como foi em ter que voltar à Liverpool; creio que eles ficaram... é...

Andy - Tudo bem, pai. - Toco em sua mão - Acho que acabou. - Olho para o horizonte onde a água do mar brilhava ao serem refletidas em meus olhos. - Pelo menos para o Christian.

Pai - Será? - Ele toca em minha mão me fazendo olha-lo.

- Como assim? - Fico confuso. - Está esta me escondendo algo?

- Claro que não... filho? - Ele sorrir me fazendo confirmar que me escondia algo- Temos que pensar positivo, não é?
Olho para o Lucas que dá de ombros enquanto sugava sua limonada pelo canudinho do seu copo.

Lucas - Que horas vamos entrar no mar? Só pra quebrar esse clima, sabe? Sorrimos mesmo achando que meu pai me escondia algo. Mas não insisto nesse assunto.

Ele pagou a conta e retornamos para o carro.
O caminho para sua casa era repleto de árvores e muita vegetação esverdeada e flores amarelas por todas as partes do local.
Lucas apontava para as criações de gado que estavam em nosso caminho. Várias vacas brancas com manchas pretas.
Passamos por um campo de fultebol e me veio a nostalgia de Londres como um flexe. Olhei para o grande campo Verde e lembrei quando os olhava da arquibancadas tentando fazer algum gol e sorrir de orelha a orelha um para o outro. Lembrava da capacidade dos nossos olhares se encontrarem no mesmo momento.
Mas quando o campo se afastou as imagens forom se apagando aos poucos. Como se restasse apenas sombras em meio à distância.
Me virei para o olhar atrás de mim e não via nada.
Lucas não prestou atenção em mim enquanto fazia isso. Estava tão destraido que não percebeu.
Tentei esvaziar minha mente sendo que era algo impossível de se fazer quando você ama uma pessoa. E esse amor cresce e se transforma em saudade. Um amor nostálgico, vivo e perpétuo. Uma chama congelada dentro do meu coração.

- A saudade é foda! - Falo do mesmo jeito que Henri e Chris falavam.

Uma lágrima escorre e eu à limpo antes que pudesse cair.
Lucas tocou em minha mão e eu me assustei no momento.
Olhei para ele e ele havia percebido que eu chorava silenciosamente.
Sorri para mostrar que estava tudo bem. Mesmo ele sabendo que não. Mesmo eu sabendo que não estava. Que estava com saudade; saudade de nós. Dos toques, dos beijos, dos bons dias de manhã, sorrisos, brigas. Do cheiro. Da nossa essência que havíamos criado para nós mesmos.

Meu pai estacionou o carro na garagem do prédio e o desligou assim que fez.
Saímos do mesmo e seguimos para dentro do edifício.
Os rapazes que trabalhavam no prédio, nos ajudou com as minhas e as malas do Lucas para levar ao nosso, digo, ao apartamento do meu pai.
Pegamos o elevador e ele digita o vigésimo terceiro andar em um prédio de trinta andares.

A música que ecoava era suave. Uma língua extremamente diferente mais que poderia compreender algumas coisas, pois meu pai estava traduzindo enquanto o elevador nos levava ao nosso andar.
Olhei para o Lucas para ver sua cara de paisagem vendo meu pai traduzir a canção.

Josh - o que foi? - Ele nos olha sem entender.

Lucas - Não sabia que você falava norueguês. No máximo um inglês errado. Mas não norueguês. - sorri ao concordar com ele.

- Eu moro aqui esqueceram? - Ele sorri e me puxa para um abraço. - O Andy aprenderá rápido, rápido.

Lucas - Se o Andy começar a falar desse jeito eu bato nele. - Sorrimos e o elevador nos deixa em nosso destino.

- Boa tarde senhor Campbell. Como vai? - Disse uma senhora assim que saímos do elevador.
Enfim um inglês.

Pai - Estou muito bem, Állice. - Um sorriso amistoso surge - Esse aqui é o meu filho Andy e o seu amigo Lucas.
A senhora nos olha e estende sua mão. Pensava que iria nos cumprimentar, mas ela passa a mesma em nossos cabelos o bagunçado.
Sorri e a comprimentei com um sorriso.

- Como vai senhora? - Pergunto.

- Eu estou ótima, querido. Quando quiser comer alguns doces ou bolo com seu amigo. Pode passar em meu apartamento quando quiserem. Adoro uma boa companhia.

Pai - Não convida não. - Ele sorrir - Andy adora doces e não irá sair de lá.
Sem falar do comilão do Lucas.

Lucas - Hey!! - Sorrir - Eu não disse nada. Andy, olha seu pai.
Sorrimos e a senhora ainda estava parada ao nosso lado.
Seus cabelos eram grisalhos e sua ele era tão rosada que chegaria ao ponto de morde-la de tão fofa.

Allice - Anda logo Fernando. - ela fala com um garoto que seguia ao nosso encontro com algumas caixas em suas mãos.

- Calma aí vó. Só espera o Gabby que está trazendo as outras coisas. - O garoto para ao lado do Lucas e o cumprimenta com a cabeça.
Olhei para ele e o mesmo me olhou e depois olhou para a sua vó. - Não sei porque de tantos doces.

Lucas - Doces? - Ele pergunta erguendo seu corpo com as pontas dos pés para ver dentro das caixas.

Allice - Pode pegar um, querido.

- Não previsa mandar suas vezes.
Sorri e ela me ofereceu mas recusei.

Fernando - Pode pegar outro se quiser. - Ele fala para o Lucas que já havia comido o bolinho.

Lucas - Okay! - E ele pega mais dois.
Após ela se despedir e entrar no elevador. Seguimos para o nosso apartamento.

Lucas - Legal ele não é? - Lucas olha para trás.

- Quem? - Pergunto.

- O papa! Claro que o garoto de quem eu roubei os doces.

- Humm! - Sorri sarcástico.

- Não mesmo! Nem me compara com você. - Ele me belisca me fazendo rir e ir para o outro lado.
Entramos no local e passamos o olho pela grande sala do seu apartamento.

- Olá! - Uma mulher com voz serena e forte caminha ate nós.

Meu Pequeno Andy 2Onde histórias criam vida. Descubra agora