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Eu tinha conhecido Hayden havia mais ou menos um ano em uma boate.Foi pouco depois do diagnóstico da minha mãe. Tinha saído com meu primo Calvin e alguns amigos dele. Hayden não estava no grupo mais estudava no mesmo colégio. Era só um pouquinho mais baixo que eu, e tinha músculos de verdade, como os que vemos em atores de cinema. Não era "bombado", mas era forte. Malhado.Não ficava se exibindo, mas dava para perceber.Era completamente sexy.

Já tinha reparado nele, pois naquela época eu era mais aberto a esse tipo de coisa.Ele chamou minha atenção na pista de dança, o que soa brega, mas na verdade não foi, pois me lançou um sorriso totalmente lindo e sincero e mexeu a boca dizendo: você dança muito bem! Respondi com um obrigado animado, e depois que a música acabou ele pagou uma bebida para mim, sentamos e conversamos aos berros durante meia hora.Foi hilário, quer dizer, tivemos que gritar muito alto para superar a música e as batidas graves, totalmente exagerada.

— Quer dar o fora daqui?

Concordei e seguimos para fora do pub. Já do lado de fora passamos séculos andando, conversando sobre tudo, brincando, rindo um com outro: aí ele me perguntou se eu queria ir para casa dele. Simplesmente sorriu e perguntou. Não me olhou profundamente nos olhos, nem nenhuma dessas babaquices.

Sim, óbvio!

Respondi como se dissesse: Dã, claro que quero transar com você. Ele vibrou e me abraçou forte.Eu só tinha transado daquela outra vez, e bem, queria repetir a dose — mas de um jeito melhor. Não achava que ir para casa com alguém fosse um grande acontecimento.

Vou só mandar uma mensagem para meu primo - falei, pegando meu celular.

Disse a Calvin que estava indo para a casa cedo, depois mandei uma mensagem rápida para minha mãe, avisando que voltaria mais tarde, mas que Calvin iria me acompanhar. Guardei o celular e levantei os olhos para encontrar Hayden me encarando.

O que foi?

Ele tocou levemente a lateral do meu rosto. "Isto".E me beijou.Foi incrível, ele me envolveu com os braços, tinha a boca quente, um cheiro maravilhoso, e eu nunca tinha me sentindo tão seguro.

Quando chegamos ele fez sinal de silêncio e, rindo como idiotas, passamos sorrateiramente pela porta do quarto dos pais deles e pelas escadas barulhentas até o quarto dele.Deitamos na cama e começamos a nos beijar e, de repente, todas as cenas de sexo e porno gay que eu já tinha visto, lido ou imaginado invadiram minha mente.

Quando dei por mim, estávamos tirando a roupa e ele tropeçava pelo quarto para pegar uma camisinha na carteira. Eu só tinha transado com uma pessoa antes, mas daquela vez estava sendo totalmente diferente. Acabamos em um emaranhado de braços e pernas, suor, minha boxer pendurada no tornozelo, e ele ainda de cueca, com o pênis pendurado para fora de maneira cômica.

Uau - ele disse, arfando. — Onde está o cigarro pós transa quando você precisa dele?

— Pois é. - respondi rindo. - Esse foi o James Bond das transas.

— OO7 contra o homem com a pistola de ouro. - disse sério, o que me fez gargalhar. - Shh! Vai acordar meus pais! - falou tocando a minha boca antes de beija-la.

Depois de alguns minutos ele dormiu, e devo ter feito o mesmo, pois acordei com um susto, olhei o relógio e já eram quatro da manhã.

Tenho que ir - sussurrei com urgência no ouvido dele. Ele estendeu a mão, mas estava sonolento demais para conseguir fazer qualquer coisa além de deixá-la cair novamente na cama. Coloquei a roupa rapidamente e me abaixei para beijá-lo.Ele sorriu e se mexeu, mas não acordou.

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